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habitação

- Publicada em 07 de Junho de 2021 às 19:13

Caixa flexibiliza pagamento do crédito imobiliário

O banco calcula que com essa e outras ações de renegociação, pode atingir 13 milhões de clientes

O banco calcula que com essa e outras ações de renegociação, pode atingir 13 milhões de clientes


Marcelo Camargo/Agência Brasil/JC
A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta segunda-feira, uma nova rodada de flexibilizações no pagamento do crédito imobiliário, do qual é líder no Brasil, em meio à pandemia de covid-19.
A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta segunda-feira, uma nova rodada de flexibilizações no pagamento do crédito imobiliário, do qual é líder no Brasil, em meio à pandemia de covid-19.
Para aqueles que recebem auxílio emergencial ou seguro desemprego, o banco público vai oferecer uma pausa no pagamento das prestações de até seis meses, informou o presidente do conglomerado, Pedro Guimarães.
"Conversando com os clientes, decidimos oferecer uma pausa de até seis meses para quem recebe auxílio emergencial e seguro desemprego", evidenciou o executivo.
Para o público em geral, a Caixa vai oferecer, conforme Guimarães, o pagamento parcial da prestação do crédito imobiliário. Será uma redução de até 25% da parcela por até seis meses; de 25% a 74,99% na prestação por até três meses ou uma diminuição de mais de 75% para aqueles que comprovarem perda de renda, casos estes que passarão pelo crivo do banco público.
A Caixa detinha uma carteira de crédito imobiliário da ordem de R$ 523 bilhões até maio último, um aumento de 9,1% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado, conforme Guimarães. Conhecido como o banco da habitação, a instituição somou 5,76 milhões de contratos de financiamento da casa própria no período, aumento de 5,4%, na mesma base de comparação. Tal desempenho credita à caixa 68% de market share no mercado imobiliário brasileiro.
"Temos R$ 52,4 bilhões em crédito imobiliário contratado até maio, um crescimento de 41,4% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado. Vamos superar a contratação de 2020, que já foi um ano recorde", disse Guimarães. "É um segmento de crédito imobiliário foco da Caixa e que explica nosso lucro recorde no ano", acrescentou.
Guimarães também falou sobre a nova linha de financiamento do banco, batizada de Poupança Caixa, que foi lançada em março. Segundo ele, a modalidade representou mais de 40% de todas as contratações imobiliárias do banco com recursos do SBPE, em maio.

Feirão será digital e contará com 180 mil imóveis

A Caixa Econômica Federal anunciou a realização do 1º feirão da casa própria no formato digital. O evento, tradicional na história do banco, ocorrerá entre os dias 25 de junho e 4 de julho, e deve contar com mais de 600 construtoras participantes.
Serão ofertados 180 mil imóveis em todo o Brasil. Desses, 6 mil pertencem à Caixa e terão condições especiais. O banco anunciou que financiará 100% do valor desses imóveis, que foram retomados após não terem o crédito imobiliário anterior honrado. Somente essa fatia, conforme Guimarães, pode responder por R$ 210 milhões do montante de R$ 1,2 bilhão que a Caixa pretende emprestar.
Em paralelo, a Caixa anunciou uma mudança no processo de desova dos imóveis retomados, os chamados bens não de uso próprio (BNDU). Ao invés de leiloá-los, como tradicionalmente fazem os bancos no Brasil, vai passar a financiar 100%.
O feirão da casa própria será o primeiro no modelo virtual. No ano passado, uma ação chegou a ser prevista, também digital, mas não avançou com a Caixa debruçada no pagamento do auxílio emergencial. A última edição do feirão ocorreu em 2019.
No governo Bolsonaro, o evento foi totalmente remodelado. Antes, era custeado 100% pelo banco público e as construtoras apenas atuavam como participantes. Desde 2019, o banco estatal passou o evento (e os custos) às construtoras e se tornou somente patrocinador da ação.