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Economia

- Publicada em 01 de Junho de 2021 às 11:50

Renovação de aquecimento mundial e local leva B3 a novo recorde

Às 11h50min, Ibovespa subia 1,35%, aos 127.925 pontos

Às 11h50min, Ibovespa subia 1,35%, aos 127.925 pontos


MIGUEL SCHINCARIOL/AFP/JC
Agência Estado
Mais uma gama de indicadores - na China e na Europa - reforçando retomada econômica dos choques da pandemia de coronavírus sustenta os mercados de ações internacionais, as commodities e também ampara o Ibovespa, que iniciou junho com valorização e com nova marca recorde. Ontem, renovou máxima histórica ao fechar aos 126.215,73 pontos, em alta de 0,52%. Nesta terça-feira (1), entre a abertura (126.218,42 pontos) e a máxima diária (128.295,28 pontos), avançou quase 2.077 pontos, com o índice testando os 128 mil pontos. Todos os índices setoriais sobem na Bolsa brasileira.
Mais uma gama de indicadores - na China e na Europa - reforçando retomada econômica dos choques da pandemia de coronavírus sustenta os mercados de ações internacionais, as commodities e também ampara o Ibovespa, que iniciou junho com valorização e com nova marca recorde. Ontem, renovou máxima histórica ao fechar aos 126.215,73 pontos, em alta de 0,52%. Nesta terça-feira (1), entre a abertura (126.218,42 pontos) e a máxima diária (128.295,28 pontos), avançou quase 2.077 pontos, com o índice testando os 128 mil pontos. Todos os índices setoriais sobem na Bolsa brasileira.
Às 11h50min, o Ibovespa subia 1,35%, aos 127.925 pontos.
O PIB brasileiro do primeiro trimestre, informado nesta manhã, também corrobora a avaliação de que a economia está se recuperando, embora as dúvidas para os próximos trimestres existam, em razão do agravamento da pandemia de Covid-19 e da crise hídrica. No Brasil, o PIB cresceu 1,2% no primeiro trimestre ante o quarto, superando a mediana de 0,7% das estimativas na pesquisa do Estadão. Na comparação com o quarto trimestre de 2020, subiu 1,0%, também acima da mediana de 0,60%.
O desempenho melhor do que esperado do PIB do primeiro trimestre é uma surpresa boa e positiva, definiu Gustavo Cruz, da RB Investimentos. Ele lembra que há pouco menos de um mês maior parte dos economistas esperava que o PIB do período teria uma queda. "Só depois dos dados de março que as projeções começaram a melhorar. Isso dará esperança de uma recuperação mais rápida do Brasil", estima.
Para Bruno Takeo, gestor da Ouro Preto Investimentos, os resultados devem reforçar o otimismo para o Ibovespa este ano na casa entre 140 mil pontos e 150 mil pontos. Apesar da surpresa, o mercado já contava com retomada econômica, com algumas instituições já elevando as projeções para o PIB deste ano para a faixa de 5%. "Agora, se subirem para acima de 5%, em torno de 6%, pode motivar revisões também para cima do Ibovespa, para algo superior a 150 mil pontos", avalia.
O bom desempenho da economia nos três primeiros meses de 2021 deve amparar sobretudo as ações ligadas ao varejo e ao setor de consumo na B3, diz Takeo, completando que, mesmo com riscos hídricos e pandêmicos, não vê mudança de cenário no curto prazo.
"Claro que a crise hídrica tende a ser ruim para as empresas de energia, para a inflação, mas não imagino um apagão no País. Além disso, esperamos manutenção e consequente avanço da vacinação nos próximos meses. Agora, se houver mudança desse quadro, pode atrapalhar o crescimento", pondera Takeo.
Ou seja, por ora, variáveis não devem atrapalhar a expectativa positiva para o Ibovespa para junho e para este ano, em meio, especialmente, ao quadro que deve continuar promissor para as commodities.
"A redução dos riscos fiscais nos últimos dois meses, vacinação contra a Covid-19 em andamento, e dados econômicos melhores do que esperado finalmente devem permitir investidores a focar menos nas preocupações macro e mais nos fundamentos", avalia em nota a XP Investimentos, ressaltando que em 2021 o ciclo se tornou bastante favorável às commodities novamente.
A XP manteve sua projeção de 145 mil pontos para o índice brasileiro no fim de 2021, reafirmando que a estimativa é impulsionada ainda pelo forte aumento nas expectativas de lucros das empresas do índice. "As ações da bolsa brasileira não estão somente baratas no absoluto e no relativo, mas elas também estão com menor risco. As empresas do Ibovespa desalavancaram significativamente ao longo dos anos e, hoje, têm balanços muito mais sólidos do que no passado, além de continuarem a oferecer retornos atrativos", afirma a XP.
Na Europa, as bolsas sobem firmes, assim como as de Nova York, após dados econômicos. Na zona do euro, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial subiu a 63,1 em maio, atingindo recorde pelo terceiro mês consecutivo. Na Alemanha e no Reino Unido, os PMIs equivalentes também ficaram em níveis elevados, acima de 60. Já o PMI industrial chinês atingiu 52 no mês passado, maior marca deste ano. Nos EUA, o PMI industrial sobe a 61,2 em maio; previsão 60,5.
Ainda na China, o preço minério de ferro negociado em Qingdao, subiu 4,95%, a US$ 208,67. O contrato futuro negociado na Bolsa de Dalian subiu mais de 7% em meio a relatos na mídia de que o polo industrial de Tangshan planeja relaxar as restrições à produção de aço e restrições a carvão na China.
Já o petróleo avança entre 2,5% 3,0%, após o secretário geral da Opep, Mohammad Barkindo, afirmar que os estoques da matéria-prima deverão desacelerar fortemente no segundo semestre do ano, com a recuperação global da demanda. As respectivas ações (Vale e Petrobras) subiam na faixa de 1,5%. Na lista de queda, Locaweb ON cedia 2,26%, liderando a corrente as maiores perdas, enquanto Ultrapar ocupava o primeiro posto das altas (5,85%)
Os investidores devem ficar de olho, contudo, na agenda de reformas. Após o Broadcast apurar que Paulo Guedes disse a Rodrigo Pacheco, na semana passada, que o presidente Jair Bolsonaro não apoia a reforma administrativa e não vai trabalhar pela aprovação da proposta, o ministro da Economia ligou para o presidente do Senado ontem para dizer que, sim, o chefe do Planalto apoia as mudanças.
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