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Economia

- Publicada em 31 de Maio de 2021 às 03:00

Sindigás projeta alta no GLP de até 2,5% no ano

No Brasil, fator cambial impacta no custo final do produto

No Brasil, fator cambial impacta no custo final do produto


MARIANA ALVES/JC
Jefferson Klein
Depois de já registrar uma elevação das vendas no ano passado de cerca de 3%, fechando em 7,51 milhões de toneladas de gás liquefeito de petróleo (GLP), o popularmente chamado gás de cozinha, a expectativa do setor é de um novo incremento para 2021. Conforme o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello, a perspectiva é de um aumento entre 1,5% e 2,5%.
Depois de já registrar uma elevação das vendas no ano passado de cerca de 3%, fechando em 7,51 milhões de toneladas de gás liquefeito de petróleo (GLP), o popularmente chamado gás de cozinha, a expectativa do setor é de um novo incremento para 2021. Conforme o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello, a perspectiva é de um aumento entre 1,5% e 2,5%.
Em 2020, o dirigente recorda que o consumo de GLP foi puxado, especialmente, pelo segmento de embalagens de até 13 quilos, que teve um crescimento, em relação a 2019, de 5,3%. Entre as razões para esse comportamento, Mello cita o fato de que a população ficou mais em casa, devido à pandemia de coronavírus, o que refletiu no consumo residencial. O auxílio emergencial, concedido pelo governo federal, também contribuiu para a elevação das vendas.
Mello argumenta que, no começo da pandemia, muitos consumidores acabaram comprando mais botijões para fazer "estoques". Passado o momento inicial de maior isolamento social (entre abril e julho do ano passado), o dirigente comenta que o mercado começou a normalizar, mas ainda verificando um crescimento real de demanda, principalmente, com o gás de cozinha comercializado através de vasilhames de até 13 quilos. "Quando analisamos os primeiros meses (de impactos da Covid-19), a gente não sabia se o aumento de demanda representava a elevação do consumo ou do estoque em casa", lembra o presidente do Sindigás.
Não é apenas o volume de GLP comercializado que vem subindo, seus preços também acompanham essa linha. De acordo com levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em maio deste ano o custo médio do botijão de 13 quilos para o consumidor no Rio Grande do Sul era de R$ 82,69, sendo o valor mínimo verificado de R$ 69,00 e o máximo de R$ 95,00. No mesmo mês de 2020, o preço médio cobrado pelo produto era de R$ 69,02, sendo R$ 59,00 o mínimo e R$ 88,00 o máximo.
Segundo Mello, o custo do gás de cozinha começou a subir em junho do ano passado e essa movimentação se estendeu até março de 2021. Entre os fatores que explicam esse panorama, aponta o dirigente, estão o reaquecimento das economias na China e na Índia, que pressionaram os estoques globais de GLP, assim como o inverno rigoroso no hemisfério Norte. No Brasil, o fator cambial também influiu no custo. Sobre projeções, o presidente do Sindigás diz que é muito difícil precisar como será o comportamento dos preços futuros, contudo a perspectiva é que o custo internacional fique estável ou até caia.
Quanto ao mercado gaúcho, questionado sobre o que pode mudar para o cenário do GLP se confirmada a aquisição da refinaria Alberto Pasqualini (Refap), de Canoas, pelo Grupo Ultra, Mello considera que uma empresa abranger um mercado regional com dominância, não a isenta de pressões competitivas. Os seus clientes, caso o preço estipulado seja muito elevado, poderão recorrer a compras em outros estados ou até mesmo importações. O dirigente também não acredita que possam ocorrer distorções mercadológicas devido ao fato do Grupo Ultra ser o controlador da distribuidora Ultragaz.
 
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