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Economia

- Publicada em 20 de Maio de 2021 às 20:39

Grupo técnico deve estudar acesso alternativo ao Cais Mauá sob trilhos do Trensurb

Uma das alternativas seria mudar a estrutura dos trilhos, que formam uma barreira na entrada do Cais

Uma das alternativas seria mudar a estrutura dos trilhos, que formam uma barreira na entrada do Cais


JONATHAN HECKLER/ARQUIVO/JC
Adriana Lampert
Dentre as diretrizes para a revitalização do Cais Mauá, em Porto Alegre, deve ganhar atenção um acesso alternativo, que facilite a entrada de carros e pedestres ao longo de um trecho de 1.250 metros, onde hoje estão os trilhos do Trensurb. Segundo o secretário extraordinário de Parcerias do Estado, Leonardo Busatto, a ideia ainda é "incipiente", e passa por pelo menos três alternativas a serem estudadas.
Dentre as diretrizes para a revitalização do Cais Mauá, em Porto Alegre, deve ganhar atenção um acesso alternativo, que facilite a entrada de carros e pedestres ao longo de um trecho de 1.250 metros, onde hoje estão os trilhos do Trensurb. Segundo o secretário extraordinário de Parcerias do Estado, Leonardo Busatto, a ideia ainda é "incipiente", e passa por pelo menos três alternativas a serem estudadas.
"Quando se analisou o projeto em parceira com BNDES e o consórcio de empresas que foi contratado na semana passada, verificou-se que o Trensurb é uma barreira física tão ou mais problemática que o próprio Muro da Mauá, porque não tem como remover dali", comenta Busatto. "As propostas que surgiram até agora passam por criar passarelas para as pessoas se deslocarem por cima da estação para acessar o Cais; ou uma elevação dos trilhos, para que o público passe por baixo; ou reservar um espaço subterrâneo para o trem", enumera o secretário.
Busatto frisa que tudo vai depender da modelagem que o BNDES apresentar no final do ano. "Por enquanto não há nenhum estudo de viabilidade técnica, e nem sequer falamos com a empresa Trensurb para saber se é tecnicamente viável", pondera novamente o gestor de Parcerias do governo do Estado. "Também não há  ideia de quais valores custariam para elevar ou enterrar a estrutura, nem como seriam pagos, pois o Trensurb é federal - isso ainda vai ser discutido amplamente."
"Quando se fala em Centro Histórico, não pode se ignorar o Cais do Porto, o rio, e o muro. Assim como não pode existir um projeto para o Cais sem considerar que o empreendimento está neste contexto, tem que tratar de forma conjunta", defende o secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cézar Schirmer. Ele acredita que levar o trilhos do trem para o subsolo no trecho entre o Mercado Público e a Rodoviária, além de caro, pode vir a gerar problemas de infiltração de água da chuva. "Outra ideia é encapsular a linha do trem e em cima fazer um parque suspenso como o The High Line, de Nova York, nos Estados Unidos".
Esta é uma proposta que a prefeitura já vem estudando desde o início da gestão, em janeiro. "Aí pode-se fazer um parque com acesso ao Cais e ao lado da avenida Mauá, mas ainda é preciso trabalhar a ideia, ver a viabilidade técnica, o projeto de engenharia, os gargalos e dificuldades, bem como a viabilidade financeira."
Uma curiosidade é que, caso se decida por retirar os trilhos da frente do Cais, a cidade ganha também mais um espaço de lazer: a Praça Edgar Schneider, situada na região das docas, em frente a um frigorífico desativado. A área de 4,2 mil metros quadrados à beira do Guaíba, dentro da estrutura do Cais do Porto, é praticamente desconhecida da população.
"Talvez o mais barato seja criar passarelas por cima da estação do Trensurb", opina Busatto. "São ideias muito preliminares que surgiram a partir dos debates da reunião de kick off (início dos trabalhos). O consórcio Revitaliza, composto por oito empresas, será o responsável pela modelagem e preparação da licitação pública, a ser realizada pelo governo do Rio Grande do Sul até o fim deste ano, com a publicação de edital. "Estamos na expectativa para conhecer o projeto, cujo potencial de impacto econômico e desenvolvimento da Capital é enorme.", destacou o governador Eduardo Leite na ocasião.
O consórcio, selecionado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre sete concorrentes, é formado por Patrinvest, Machado Meyer Advogados, Dal Pian Arquitetos, ZEBL Arquitetura, Radar PPP, Caruso Engenharia, Apsis Consultoria Empresarial e 380 Volts Comunicação. O valor global da proposta foi de R$ 4.537.200 e será pago pelo futuro administrador do cais.
A partir dos estudos técnicos, a parceria resultará na indicação da melhor destinação para o terreno que pertence ao Executivo estadual, seja por meio de alienação, concessão ou parceria público-privada (PPP), entre outras modalidades. "Queremos buscar parceiros na iniciativa privada para viabilizar entregas para a população. O Cais é das áreas mais relevantes de Porto Alegre e certamente terá um plano à altura", ressaltou o secretário extraordinário de Parcerias, que também estava presente na reunião.
O encontro, que ocorreu no Palácio Piratini, contou ainda com a participação dos secretários Claudio Gastal (Planejamento, Governança e Gestão), Artur Lemos Júnior (Casa Civil) e do procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, também esteve presente, assim como representantes do BNDES e do consórcio Revitaliza.
Nesta quinta-feira, ocorreu a primeira reunião do grupo técnico, que reúne com Consórcio de empresas, o BNDES, o governo do Estado e a prefeitura. Durante o encontro forma discutidas questões básicas como planejamento, cronograma e responsabilidades. Na próxima quinta, ocorre novo encontro. "Serão reuniões semanais", destaca Busatto. 
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