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Economia

- Publicada em 19 de Maio de 2021 às 16:17

Petróleo fecha em baixa, com estoques nos EUA, acordo nuclear e aversão ao risco

Barril do petróleo WTI com entrega prevista para julho recuou 3,28%

Barril do petróleo WTI com entrega prevista para julho recuou 3,28%


SPENCER PLATT/GETTY IMAGES/AFP/JC
Agência Estado
Os contratos de petróleo no mercado futuro fecharam em queda nesta quarta-feira (19) com uma série de fatores pressionando a commodity energética ao longo da sessão. O aumento dos estoques de petróleo nos EUA, ainda que abaixo das estimativas, fez com que os contratos estendessem a trajetória de queda, que já era registrada antes em meio às negociações pela retomada do acordo nuclear de nações desenvolvidas com o Irã. O clima de aversão ao risco nos mercados, com temores de inflação, e a recuperação do dólar ante moedas rivais também chegaram a prejudicar o petróleo durante o dia.
Os contratos de petróleo no mercado futuro fecharam em queda nesta quarta-feira (19) com uma série de fatores pressionando a commodity energética ao longo da sessão. O aumento dos estoques de petróleo nos EUA, ainda que abaixo das estimativas, fez com que os contratos estendessem a trajetória de queda, que já era registrada antes em meio às negociações pela retomada do acordo nuclear de nações desenvolvidas com o Irã. O clima de aversão ao risco nos mercados, com temores de inflação, e a recuperação do dólar ante moedas rivais também chegaram a prejudicar o petróleo durante o dia.
O barril do petróleo WTI com entrega prevista para julho recuou 3,28% (-US$ 2,15), a US$ 63,35, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o do Brent para o mesmo mês fechou em baixa de 2,98% (-US$ 2,05), a US$ 66,66, na Intercontinental Exchange (ICE).
A aversão generalizada a ativos de risco, antes e depois da divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), deu o tom dos mercados ao longo do dia. No caso do petróleo, pesou ainda a valorização do dólar ante moedas rivais, em movimento que perdeu força no fim da manhã de hoje.
No noticiário do setor, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA registrou um aumento de 1,32 milhão de barris de petróleo nos estoques no país. A alta - abaixo da estimativa de analistas, que previam aumento de 1,7 milhão de barris - foi suficiente para fazer com que os contratos de petróleo em Nova York e Londres chegassem a cair mais de 4%.
O avanço das negociações pela retomada do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), nome oficial do acordo nuclear que envolve países desenvolvidos, a União Europeia (UE) e o Irã, também ficou no radar de investidores. Com a volta do pacto, os EUA suspenderiam sanções à Teerã, deixando o caminho livre para que a oferta iraniana suba na segunda metade de 2021.
Economista do Julius Baer, Norbert Rücker afirma que a provável alta nas exportações de petróleo do Irã reforça a visão do banco suíço de que a alta recente nos preços da commodity foi cíclica, e não estrutural. Ainda assim, ele vê mais terreno para o petróleo subir nas próximas semanas e atingir um pico "bem acima" de US$ 70 o barril no meio de 2021.
Além das notícias envolvendo o acordo nuclear, Rücker credita a queda do óleo hoje ao recrudescimento da pandemia de covid-19 na Ásia, que tem imposto preocupação sobre a recuperação da demanda global por petróleo este ano.
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