Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 07 de Maio de 2021 às 12:30

Lucro do Banco do Brasil sobe 33% no primeiro trimestre do ano, com R$ 4,9 bi

Crescimento foi resultado de redução de 50,8% das provisões para calotes

Crescimento foi resultado de redução de 50,8% das provisões para calotes


MARIANA ALVES/JC
O lucro ajustado do Banco do Brasil, que não considera itens extraordinários, ficou em R$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 33% em relação aos últimos três meses de 2020. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve elevação de 44,7% nos ganhos da instituição.
O lucro ajustado do Banco do Brasil, que não considera itens extraordinários, ficou em R$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 33% em relação aos últimos três meses de 2020. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve elevação de 44,7% nos ganhos da instituição.
Os itens extraordinários são receitas e despesas que não são recorrentes, como ações judiciais, demandas contingentes, entre outros.
De acordo com o balanço da instituição, o crescimento em relação ao trimestre anterior se deu principalmente pela redução de 50,8% das provisões, pelo desempenho positivo da margem financeira (principal receita, com operações de crédito), e pela redução em despesas administrativas.
As provisões são recursos que os bancos precisam manter em caixa para cobrir possíveis calotes em operações de crédito. Quanto maior o risco, mais recursos precisam ser guardados.
A margem financeira bruta totalizou R$ 14,6 bilhões no primeiro trimestre, alta de 4% em relação ao mesmo período do ano passado e de 2,8% em relação ao último trimestre.
Segundo o documento, a queda na taxa básica de juros (Selic) média no período "impactou de maneira relevante as despesas de captação comercial e o resultado de tesouraria", explicando o resultado positivo.
As receitas com prestação de serviços somaram R$ 6,9 bilhões, queda de 2,7% em relação ao mesmo período de 2020 e de 6,9% em relação ao trimestre anterior. Segundo o BB, a redução é explicada pela queda nas receitas com tarifas de conta-corrente.
"A administração do Banco vem buscando constantemente aprimorar seu portfólio de produtos e serviços, assim como novas formas de rentabilizar o relacionamento com seus clientes, seja pelo aumento na comercialização ou pelo desenvolvimento de novos produtos e modelos de negócios", diz o balanço.
As despesas administrativas do banco tiveram queda de 4,8% em relação ao trimestre anterior e somaram R$ 7,7 bilhões. Já na comparação com os últimos três meses do ano passado, a redução foi de 0,4%.
O banco promoveu demissões voluntárias e enxugamento de estruturas físicas, com fechamento de agências, o que diminuiu despesas.
"O decréscimo foi influenciado, principalmente, pelas outras despesas administrativas, com retração de 10,4% na mesma comparação, e pelas despesas de pessoal, influenciadas pelo desligamento de funcionários, no escopo do Plano de Adequação de Quadros (PAQ) e do Programa de Desligamento Extraordinário (PDE) que ocorreu, em parte, no período, além das economias geradas no contexto do novo Programa de Cargos e Salários e do Programa Performa, dentre outras medidas", detalha o relatório divulgado pelo BB.
A carteira de crédito da instituição alcançou R$ 758,3 bilhões em março, crescimento de 2,2% na comparação com dezembro do ano passado e de 4,5% em relação ao mesmo mês de 2020.
Em relação a dezembro, o crescimento da carteira para famílias foi de 2,0%, puxada por crédito consignado (com desconto em folha de pagamento), com alta de 3,2%, e empréstimo pessoal, de 12,9%.
Na comparação dos 12 meses, houve alta de 14,2% no consignado e 10,3% no cartão de crédito.
Para empresas, houve crescimento de 1,4% em relação a dezembro e de 5,2% em relação a março de 2020. Nos 12 meses, a alta foi impulsionada por operações para capital de giro, com acréscimo de 24,2%.
No trimestre, a linha de capital de giro cresceu 2% e de antecipação de recebíveis, 4,2%.
O índice de inadimplência entre clientes da instituição aumentou 0,05 ponto percentual em relação a dezembro e alcançou 1,95% em março. De acordo com o banco, o crescimento dos calotes se deu nos segmentos para pessoas físicas.
Segundo o documento, o BB investiu R$ 21,4 bilhões entre 2015 e março deste ano em tecnologias e ampliou suas estratégias digitais, especialmente após a pandemia de Covid-19. Com isso, as transações realizadas por meio de canais de internet e celular representaram 90,3% de todas as operações, aumento de 3,8 pontos percentuais em relação a dezembro.
"O Banco do Brasil investe permanentemente em tecnologia com o objetivo de melhorar a eficiência operacional, reduzir as perdas operacionais, expandir os negócios e melhorar o atendimento ao cliente", afirmou o relatório.
Agência Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO