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Consumo

- Publicada em 05 de Maio de 2021 às 21:55

Dia das Mães anima comércio de Porto Alegre

Fluxo de clientes deve aumentar mais nos próximos dias

Fluxo de clientes deve aumentar mais nos próximos dias


/LUIZA PRADO/JC
O Dia das Mães, que será comemorado no próximo domingo (9), tem puxado alta tanto no volume de clientes quanto de vendas no comércio de Porto Alegre. O crescimento atende à expectativa de entidades que representam o setor, como a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), que espera um crescimento de até 15% na comercialização de produtos em todo o Estado, na comparação com 2020.
O Dia das Mães, que será comemorado no próximo domingo (9), tem puxado alta tanto no volume de clientes quanto de vendas no comércio de Porto Alegre. O crescimento atende à expectativa de entidades que representam o setor, como a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), que espera um crescimento de até 15% na comercialização de produtos em todo o Estado, na comparação com 2020.
Na Capital, levantamento realizado pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas) estima que R$ 276 milhões sejam movimentados pelo comércio neste ano. O valor é superior ao indicado na pesquisa de 2019, que projetava a movimentação de R$ 238 milhões para a data. Em 2020, por conta das restrições causadas pela pandemia, o comércio da capital esteve fechado no período em que tradicionalmente ocorre o maior número de vendas para o Dia das Mães.
O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, explica que o crescimento entre as projeções ocorreu em razão do reajuste no preço dos produtos, que tiveram aumento ao longo dos últimos dois anos, mas reforça que o fato do comércio estar aberto faz com que o consumo aumente.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Irio Piva, o funcionamento do comércio este ano, somado ao avanço da vacinação e a queda nos números de contaminações, gera expectativas positivas para o setor. "Tem um ânimo no ar", comenta.
E este ânimo já pôde ser sentido desde o último final de semana. De acordo com Piva, as lojas em shoppings, assim como as lojas de rua, tiveram bom volume de vendas durante o sábado e o domingo. O presidente da CDL POA afirma que esteve em um shopping da Capital para analisar o movimento e conversou com lojistas, que afirmaram que este foi um dos melhores finais de semana dos últimos tempos.
Segundo Kruse, desde sábado passado as vendas já tiveram um aumento e a tendência é que sigam crescendo. O presidente do Sindilojas afirma que, tradicionalmente, 50% da venda do Dia das Mães é efetuada na sexta-feira e no sábado anterior à data.
Para este ano, é esperada uma mudança no comportamento do consumidor, passando a incluir a quinta-feira entre os dias de mais movimento. E para dar conta deste aumento no fluxo de clientes, Kruse informa que os lojistas já reforçaram suas equipes. "O lojista está bem preparado", destaca.
Para Piva, este período de compras para o Dia das Mães exige que as lojas tenham produtos e funcionários suficientes, possibilitando o atendimento dos clientes sem aglomerações. Segundo ele, será necessário haver cuidado para dar segurança ao consumidor, que só entrará em lugares que se sinta seguro.

E-commerce não deve influenciar movimento em lojas físicas

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Irio Piva, destaca que as vendas online estão cada vez mais fortes, mas acredita que, para este Dia das Mães, muitos presentes serão comprados nas lojas físicas. Isso, segundo ele, ocorrerá porque as pessoas estão com 'saudade de tocar' no produto e escolher.
Em relação ao movimento de clientes, as lojas de rua podem levar vantagem quando comparadas às que ficam em shoppings. É o que explica o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas), Paulo Kruse, ao afirmar que existe um número maior de lojas de rua do que em shoppings, fazendo com que o volume de vendas seja diferente.
Outro fator citado por Kruse é o decreto estadual que permite a abertura de lojas em shoppings até às 20h. Segundo ele, quando as lojas tinham permissão para ficarem abertas até às 22h, havia uma diferença maior nas vendas, em razão do espaço de horário maior.
Piva resume afirmando que, tanto as lojas de shopping quanto as lojas de rua terão um movimento maior em razão da data, mas que cada uma conta com um público.

Cosméticos e perfumes lideram a preferência

Juarez Meneghetti acredita que avanço da vacinação tem ajudado

Juarez Meneghetti acredita que avanço da vacinação tem ajudado


MARIANA ALVES/JC
Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas) mostra itens de perfumaria e cosméticos na primeira posição entre os itens de presentes mais buscados para este Dia das Mães, com 23,7% das intenções de compra. Segundo o presidente do sindicato, Paulo Kruse, esta é a primeira vez que o setor assume a liderança, ficando à frente das roupas.
De acordo com Juarez Meneghetti, proprietário de 28 franquias do O Boticário em Porto Alegre, esta preferência já tem sido percebida nas lojas, que estão recebendo grande movimento de clientes. Para ele, o avanço da vacinação e a queda na ocupação das UTIs tem deixado as pessoas mais confiantes para irem às compras.
Segundo o empresário, o Dia das Mães costuma representar um bom volume de vendas nas lojas, mas que, quando está muito frio, acaba dividindo o movimento com o setor de roupas. Apesar disso, considera a variedade de preços um atrativo em seus estabelecimentos, que oferecem presentes que custam entre R$ 30,00 e R$ 400,00. "Uma gama de oferta bastante significativa", comenta.
Comparando o fluxo de clientes desta semana com o movimento às vésperas do Dia das Mães de 2019, Meneghetti afirma que é possível perceber uma retomada. A melhora é evidenciada através dos números. Segundo o empresário, as vendas, que chegaram a ficar cerca de 30% abaixo do que foi vendido em 2019, estão registrando apenas 15% de redução neste período. A meta é fechar as vendas para esta data comemorativa com 10% a menos do que foi vendido há dois anos.
Ainda que haja queda nas vendas, Meneghetti ressalta um ganho em produtividade, que pode ser percebido através do valor médio dos gastos. De acordo com o empresário, o tíquete médio hoje é 25% maior do que foi em 2019. Ele explica que isto não está ligado ao aumento nos preços, mas sim ao fato de que os clientes estão comprando mais produtos.
Outra mudança no comportamento do consumidor é a preferência por compras em lojas de bairro. Embora tenham uma venda de valor considerado baixo quando comparado com outras lojas da cidade, o fluxo de pessoas e o volume de vendas nas lojas de bairro conseguem se igualar ou até superar o que foi em 2019.
Já as lojas do Centro Histórico, segundo Meneghetti, tiveram uma grande perda, com queda de fluxo em torno de 35% e queda de 30% nas vendas. Esta considerável diminuição, de acordo com o empresário, está atrelada ao fato de que muitas pessoas estão trabalhando de suas casas.

No Brasil, faturamento na data pode alcançar R$ 12,2 bilhões

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima para o Dia das Mães deste ano um volume de vendas de R$ 12,2 bilhões em todo o País, o que representa queda de 2% em relação ao resultado de 2019 (R$ 12,34 bilhões). Como em maio de 2020 parte do varejo esteve fechado no período, prejudicando as vendas, a base de comparação é 2019.
Por movimentar praticamente todos os segmentos do comércio, o Dia das Mães é considerado o "Natal do primeiro semestre". O segmento de vestuário, calçados e acessórios costuma, tradicionalmente, lidera as vendas nesse período do ano. Este ano, a previsão de faturamento do segmento se eleva para R$ 4,09 bilhões segundo a CNC. Em seguida, devem vir os ramos de móveis e eletrodomésticos (R$ 2,38 bilhões) e perfumaria (R$ 1,52 bilhão).