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Economia

- Publicada em 05 de Maio de 2021 às 03:00

Endividamento cresce entre os mais pobres com pandemia e paralisação do auxílio

Com o impacto da pandemia e do atraso na liberação do auxílio emergencial, o endividamento das faixas dos brasileiros mais pobres voltou a subir. Em abril, 22,3% dos brasileiros com renda familiar de até R$ 2,1 mil indicavam ter dívidas, patamar recorde, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).Esse percentual só havia sido verificado em junho de 2016. À época, o país estava mergulhado em crise econômica e sofria com a turbulência política gerada pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A série histórica do FGV Ibre reúne dados desde maio de 2009. Em março de 2021, o percentual estava em 22,1%. Em abril de 2020, na fase inicial da pandemia, era de 21,6%. Neste início de ano, novo avanço do coronavírus levou a medidas restritivas em diferentes regiões. Com isso, a atividade de empresas, especialmente de comércio e serviços, foi paralisada, restringindo, novamente, o faturamento dos empresários e a renda dos trabalhadores.
Com o impacto da pandemia e do atraso na liberação do auxílio emergencial, o endividamento das faixas dos brasileiros mais pobres voltou a subir. Em abril, 22,3% dos brasileiros com renda familiar de até R$ 2,1 mil indicavam ter dívidas, patamar recorde, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).Esse percentual só havia sido verificado em junho de 2016. À época, o país estava mergulhado em crise econômica e sofria com a turbulência política gerada pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A série histórica do FGV Ibre reúne dados desde maio de 2009. Em março de 2021, o percentual estava em 22,1%. Em abril de 2020, na fase inicial da pandemia, era de 21,6%. Neste início de ano, novo avanço do coronavírus levou a medidas restritivas em diferentes regiões. Com isso, a atividade de empresas, especialmente de comércio e serviços, foi paralisada, restringindo, novamente, o faturamento dos empresários e a renda dos trabalhadores.
A situação financeira foi agravada pela interrupção dos programas de estímulo à economia, incluindo o auxílio emergencial. Criado em 2020, o benefício serviu para recompor a renda, especialmente dos informais. O pagamento do auxílio só foi retomado pelo governo federal em março, com redução nos valores e no número de beneficiários.
A nova rodada do benefício terá quatro parcelas de abril a julho. O valor médio mensal é de R$ 250. A quantia pode variar de R$ 150 a R$ 375, de acordo com a composição de cada família. "Há uma combinação de fatores para explicar o aumento do endividamento. O agravamento da pandemia contribui para isso, porque consumidores, impossibilitados de trabalhar, se endividam. Também houve interrupção no auxílio emergencial e redução no valor pago", frisa Viviane Seda, pesquisadora do FGV Ibre.
Segundo Viviane, a melhora da situação depende da reação do mercado de trabalho. O número de desempregados no Brasil chegou a 14,4 milhões no trimestre encerrado em fevereiro. Trata-se do maior contingente desde 2012, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). "O mercado de trabalho precisa reagir para que as pessoas consigam se organizar financeiramente. A questão é que o mercado só vai ter retomada quando as empresas estiverem seguras para contratar. Para isso, a vacinação contra a Covid-19 precisa ocorrer de forma mais rápida", afirma Viviane.
Entre as faixas de renda pesquisadas pelo FGV Ibre, o segundo maior percentual de endividamento, em abril, foi o do grupo com renda entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil. De acordo com a pesquisa, 14,2% dessa camada tinha dificuldade para pagar as contas. Na faixa de renda de R$ 4,8 mil a R$ 9,6 mil, a porcentagem de endividados foi de 6,3%. Por fim, no grupo com ganhos acima de R$ 9,6 mil, o percentual foi bem menor, de 3,9%.
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