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Economia

- Publicada em 29 de Abril de 2021 às 17:51

Com aval de 32 entidades, setor de eventos pede socorro e reivindica retomada no RS

Setor de eventos aposta em rígidos protocolos para buscar reabertura das atividade

Setor de eventos aposta em rígidos protocolos para buscar reabertura das atividade


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Fernanda Crancio
Com respaldo de 32 entidades dos mais diversos segmentos da economia, o setor de eventos gaúcho encaminhou ao governo do Estado, nesta quinta-feira (29), um manifesto cobrando a abertura das atividades da categoria, única totalmente impedida de funcionar por decreto estadual, e que amarga perdas ao longo de mais de 14 meses paralisada.
Com respaldo de 32 entidades dos mais diversos segmentos da economia, o setor de eventos gaúcho encaminhou ao governo do Estado, nesta quinta-feira (29), um manifesto cobrando a abertura das atividades da categoria, única totalmente impedida de funcionar por decreto estadual, e que amarga perdas ao longo de mais de 14 meses paralisada.
O documento, avalizado por entidades como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) e Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas POA), é visto pelo segmento como o último pedido de socorro ao Executivo gaúcho, depois de um ano de tratativas, elaboração de protocolos e poucas flexibilizações efetivas para a realização de eventos.
"Resolvemos fazer esse manifesto como um grito de socorro. Há mais de um ano, desde que saiu o primeiro decreto com restrições, deixamos de ser setor de eventos e nos tornamos 'setor fechado'. Nunca mais reabrimos e, a cada mudança que vem do governo, continuamos fechados", desabafa Eliana Azevedo, uma das coordenadoras do Grupo Live Marketing RS, que integra mais de 340 empresas do segmento.
No texto, os empresários e profissionais de eventos destacam que o setor foi "massacrado" e teve o trabalho "destruído" ao longo da pandemia, pedem visibilidade e cobram do governo a falta de perspectivas. "Não suportamos mais! Não aguentamos mais o descaso, não aceitamos mais o desrespeito, não aturamos mais ver empresas arruinadas e sem perspectivas, não admitimos mais ver trabalhadores em desespero, não toleramos mais viver sem dignidade”, apontam.
Os representantes de eventos enfatizam ainda que, ao compreenderem a gravidade sanitária, foram respeitosos a cada etapa da pandemia e aguardaram pela mudança de cenário, inclusive sendo o primeiro setor a sugerir protocolos e eventos-teste em busca da liberação responsável e gradual das atividades, o que acabou não se concretizando.
"A cada abertura, dependendo da bandeira eleita pelo governo, nossa esperança se acendia. Mas em seguida éramos descartados, quase como os únicos culpados e responsáveis pela tragédia consequente, por aqueles que não se sensibilizam com a necessidade constante dos cuidados exigidos: distanciamento social, uso de máscara e higiene das mãos. E a aglomeração? Em nenhum momento foi nossa! As festas clandestinas até hoje dominam os ambientes fechados ou não em todo o País, e ninguém faz absolutamente nada. E nós?", indagam.
Em um dos trechos do manifesto, chegam a apontar que se sentem criminosos e "vilões da pandemia" por quererem trabalhar e seguirem como "os únicos barrados". "Muitas perguntas ficaram ao longo do ano passado sem respostas. Porque inexistimos. E em 2021, alguns abrem, outros não. Alguns conseguem realizar eventos ou atos públicos sem restrições. Mas o setor, em sua totalidade, segue fechado. Nosso sentimento? Indignação. Não há o quê dizer", reforçam.
Por fim, o grupo pede ao governo a retomada das atividades, mediante respeito a todos os protocolos. "Por estas razões, em nome de todas as empresas de Eventos do Rio Grande do Sul, assinamos este manifesto, para reivindicar ao Governo do Estado a possibilidade constitucional de que o setor de eventos retome as suas atividades, respeitando os protocolos de segurança", encerra.
Segundo Eliana, o Live Marketing RS se sente de mãos atadas e sem saber mais o que responder às empresas que pedem ajuda, diariamente. "É uma descrença e humilhação para o setor, que não faz sentido", comenta.
Na contramão do impedimento das atividades, o setor questiona a liberação de eventos pontuais em caráter de excepcionalidade, como o Gramado Summit, em maio, que prevê reunir mais de 1,5 mil pessoas na cidade serrana. Para os representantes do segmento, não é admissível que apenas alguns possam ser realizados, em regime de exceção. "Essas coisas têm de acabar. Não queremos quo o evento de Gramado seja cancelado, mas sim que outros também possam começar a ser realizados", afirma Rodrigo Machado, outra liderança do Grupo. Eliana reitera: "Não queremos pedir excepcionalidade e sermos exceção, queremos é trabalhar".
Por meio de nota, a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do RS (Seplag) informa que mantém o diálogo com as lideranças do setor e que segue em busca de alternativas que amenizem os impactos econômico e social. Segundo a Pasta, comandada por Claudio Gastal, as medidas restritivas impostas "atendem a normas sanitárias implementadas no mundo todo".
O texto salienta ainda ações governamentais que buscam beneficiar o setor, como a inclusão do segmentos de eventos no Auxílio Emergencial Gaúcho, aprovado no início de abril, e que começará a ser pago ao longo de maio às empresas habilitadas. No entanto, reportagem do Jornal do Comércio mostrou a necessidade de ampliação das categorias beneficiadas pelo auxílio emergencial gaúcho, que não contempla grande parte dos profissionais.
A Secretaria destaca ainda que, conforme anunciado na terça-feira (2) pelo governador Eduardo Leite, está sendo preparada a reformulação do modelo do distanciamento controlado, o que, permitirá a revisão e evolução do sistema de enfrentamento à pandemia. "As restrições ou liberações para o setor de eventos também serão reavaliadas", encerra o comunicado oficial.

 

Conheça as 32 entidades signatárias do manifesto pela reabertura dos eventos no RS:

  • Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel)
  • Associação Brasileira de Eventos do Rio Grande do Sul  (Abeoc/RS)
  • Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop)
  • Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Porto Alegre (ADCE)
  • Associação da Classe Média (Aclame)
  • Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA)
  • Associação das Empresas dos Bairros Humaitá – Navegantes (AEHN)
  • Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS)
  • Associação do Comércio do Mercado Público (Ascomepc)
  • Associação Gaúcha de Empresas e Profissionais de Eventos (Agepes)
  • Associação de Marketing Promocional/ Live Marketing (AMPRO)
  • Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS)
  • Associação Riograndense de Propaganda (ARP)
  • Bento Convention Bureau (BCB)
  • Caxias do Sul, Convention & Visitors Bureau
  • Centro de Eventos da Fiergs
  • Clube de Dirigentes Lojistas (CDL/POA)
  • Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP)
  • Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul)
  • Gramado e Canela Convention & Visitors Bureau (GCC&VB)
  • Instituto Cultural Floresta (ICF)
  • Grupo de Líderes Empresariais (LIDE)
  • Porto Alegre e Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau (POACVB)
  • Sindicato Intermunicipal dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv/Fenabrave)
  • Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha)
  • Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS)
  • Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas-POA)
  • Sindicato dos Exibidores Cinematográficos do RS
  • Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes  (Sulpetro)
  • Sociedade de Engenharia (Sergs)
  • Associação Gaúcha de Painéis ao Ar Livre (Agepal)
  • Grupo de Atendimento de Veículos (GAV)
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