Recentemente, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciou a sua decisão de
reprovar a compra da Innova, companhia que tem unidade de produção de resinas termoplásticas no polo petroquímico de Triunfo, pela Videolar. A posição da autarquia gerou dúvidas no setor do plástico sobre qual seria o futuro da planta gaúcha. Questionada pela reportagem do Jornal do Comércio (JC), a assessoria de imprensa do Cade informou que a Videolar deverá se desfazer da operação, o que pode ocorrer “por meio da transferência dos ativos da Innova à sua antiga titular, a Petrobras, ou por meio da venda dos ativos da Innova ou da Videolar a um terceiro interessado, com idoneidade no ramo e capacidade em continuar operando as atividades, sujeito à aprovação prévia do Cade”.
A autarquia rejeitou a aquisição da Innova, ocorrida em 2013, por cerca de R$ 870 milhões, porque as empresas não mantiveram o compromisso de manter os volumes de produção da resina poliestireno nos patamares estabelecidos no acerto e também não comprovaram benefícios aos consumidores decorrentes da operação. Porém, o Cade ressalta que a decisão é passível de recurso.
A empresa do polo de Triunfo, atuante no setor petroquímico de segunda geração, produz etilbenzeno, estireno e poliestireno com aplicação na indústria de eletrodomésticos (linha branca), descartáveis, elastômeros, embalagens, tintas e fibra de vidro. Já a unidade da Videolar, em Manaus (AM), fabrica filmes plásticos de polipropileno biorientado, laminados plásticos em bobinas de poliestireno e polipropileno, bem como tampas plásticas para águas minerais, sucos e refrigerantes.