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negócios

- Publicada em 11 de Maio de 2021 às 21:41

Bom Princípio Alimentos mira nas exportações

Volume de produção anual da fábrica alcança 7 mil toneladas

Volume de produção anual da fábrica alcança 7 mil toneladas


/LUIZA PRADO/JC
A Bom Princípio Alimentos, com sede em Tupandi, no Vale do Caí, quer ampliar mercado via exportação de seus 600 produtos. Além da marca Bom Princípio, a empresa conta com as marcas Encosta Gaúcha, Bio Cream e Mais Cream. Hoje, o volume de produção anual da empresa é de 7 mil toneladas.
A Bom Princípio Alimentos, com sede em Tupandi, no Vale do Caí, quer ampliar mercado via exportação de seus 600 produtos. Além da marca Bom Princípio, a empresa conta com as marcas Encosta Gaúcha, Bio Cream e Mais Cream. Hoje, o volume de produção anual da empresa é de 7 mil toneladas.
A companhia, que completa 25 anos em 2021, também espera receber em 45 dias a autorização para o uso da Certificação de Sistema de Segurança Alimentar FSSC 22000 (Food Safety System Certification). A empresa passou, entre os dias 5 e 9 de abril, pela auditoria da norma internacional.
De acordo com o diretor-presidente da Bom Princípio, Alexandre Ledur, os contatos comerciais já foram iniciados com países como Dinamarca, Noruega, Inglaterra, Nova Zelândia e China. Entre os países que a empresa planeja desembarcar seus produtos, em um primeiro momento, estão Bolívia, Uruguai, Paraguai e República Dominicana, já com marcas registradas. "A certificação FSSC 22000 nos dá uma grande abertura e proporciona também uma maior confiança dos consumidores pela qualidade de nossos produtos", destaca Ledur.
A empresa investiu para preparar toda operação de exportação, em um período de 14 meses, em torno de R$ 110 mil entre contratação de equipe de assessoria para exportação, registro de marcas e capacitação de equipe interna. "Projetamos ainda, para o futuro próximo, um investimento da ordem de R$ 200 mil para capacitação e estrutura da marca já com foco também no mercado internacional", complementa ele.
A empresa, que em 2017 iniciou a sua linha de Food Service, viu mudar o foco do seu faturamento. "Até 2016, eu diria que quase 90% do nosso faturamento estava voltado ao varejo. Então 2017 começamos a trabalhar forte na linha Food Service, com o lançamento de bisnagas, tanto na linha fruta, quanto na linha leite e na linha chocolate", cita o executivo.
Ledur destaca que, atualmente, a linha de Food Service representa mais de 50% do faturamento - segundo ele, cujo sucesso é decorrente de muita pesquisa para poder descobrir quais são as necessidades dos consumidores. O empresário lembra que só em 2018 foram lançados mais de 80 itens de produtos no mercado e naquele ano também ocorreram novos investimentos, voltados à automatização da linha de conservas, ampliando a sua capacidade produtiva.
A Bom Princípio, hoje, fabrica geleias e doces de frutas, doces de leite, conservas, linha festas, produtos diet e zero lactose e ampla linha Food Service, como os recheios prontos sabor chocolate, recheios de frutas, geleias de brilhos, linha festas e doce de leite para confeitaria. E também terceiriza para outras empresas, como a Santa Clara e Fritz e Frida.

Linha funcional está entre os lançamentos previstos

Para 2021, a Bom Princípio pretende lançar novos produtos dentro da chamada linha funcional, direcionada para aqueles consumidores que se preocupam com a saúde ou que têm alguma restrição, como por exemplo, ao açúcar. Também está prevista a ampliação do parque fabril. "As máquinas compradas para a fábrica de chocolates vão aumentar a capacidade de produção e envase, (serão mais três dosadoras e nova linha de produção", informa Alexandre Ledur.
"Este início de ano foi bem desafiador e, agora, com avanço da vacinação contra a Covid-19, acreditamos que o segundo semestre deste ano será melhor", diz o diretor-presidente. Ele estima que 2021 deve ser semelhante ao ano anterior, ou seja, com dificuldades no primeiro semestre e melhora no segundo.
Ledur lembra que a cadeia produtiva precisa de andar em sintonia e o que se viu em 2020 foi um descompasso entre a demanda maior dos consumidores e a diminuição da oferta de matéria-prima, como papel e papelão dos fornecedores. "Até o final de 2021, espero que acabe voltando a uma normalidade de consumo, essa é a expectativa de todo o mercado", comenta.
A empresa iniciou as suas atividades no município de Bom Princípio em 1996 criada por Alexandre Ledur, Jandir Lunkes (que hoje é o diretor vice-presidente de agronegócios) e por Beno Lunkes, que já não participa mais na sociedade. Ledur conta que, no começo, os doces eram produzidos em quatro grandes tachos e a distribuição do produto era feita por eles nos mercados. "Nós começamos com doce de morango, goiaba, figo, abóbora e uva, aproveitando a safra destas frutas e sempre procurando buscar cada vez mais sabor aos produtos".
Em 2009, a Bom Princípio Alimentos instalou o seu parque fabril em Tupandi. As instalações começaram a produzir inicialmente com produção de doces de frutas e de doce de leite e, após um ano, iniciou as atividades da fábrica de conservas e no ano seguinte, com a fábrica de chocolates, todas funcionando em um mesmo endereço.