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Economia

- Publicada em 16 de Abril de 2021 às 16:16

Conselho da Petrobras elege Joaquim Silva e Luna para presidir companhia

Além do presidente, foram eleitos quatro diretores que substituirão os que deixam a empresa

Além do presidente, foram eleitos quatro diretores que substituirão os que deixam a empresa


STÉFERSON FARIA/AG. PETROBRAS/JC
Atualizada às 16h30min de 16/04/2021
Atualizada às 16h30min de 16/04/2021
O conselho de administração da Petrobras aprovou nesta sexta (16) a nomeação do general Joaquim Silva e Luna para presidir a companhia. Ele foi indicado em fevereiro pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir Roberto Castello Branco.
Além de Silva e Luna, o conselho nomeou quatro novos diretores, em substituição aos executivos que decidiram deixar a empresa com Castello Branco. Pela primeira vez ao menos desde 2007, a empresa não terá mulheres em cargo de diretoria.
O novo presidente da Petrobras foi nomeado ao conselho de administração da companhia na segunda (12), mas dependia da aprovação do colegiado para assumir a presidência da companhia. Entre segunda e esta sexta, a empresa foi comandada de forma interina por um dos diretores da equipe de Castello Branco.
Para as vagas abertas a direção, foram nomeados apenas funcionários de carreira da Petrobras, escolhidos pelo general durante o processo de transição, que vem sendo realizado em reuniões presenciais na sede da companhia.
Silva e Luna escolheu Rodrigo Araújo Alves para a diretoria Financeira, Cláudio Mastella para a diretoria de Comercialização e Logística, Fernando Borges para a diretoria de Exploração e Produção e Jorge Rettershaussen para a diretoria de Desenvolvimento da Produção.
Da gestão Castello Branco, foram reconduzidos os diretores de Transformação Digital e Inovação, Nicolás Simone, de Relacionamento Institucional de Sustentabilidade, Roberto Ardenghy, e de Refino e Gás Natural, Rodrigo Silva.
Este último assumiu o cargo em janeiro de 2021, após a aposentadoria de Anelise Lara, primeira indicada pelo cargo por Castello Branco.
Após a reunião, a Petrobras divulgou longa carta de agradecimento aos executivos que deixam a companhia, dois deles próximos a Castello Branco desde a passagem do executivo pela mineradora Vale.
Sobre a ex-diretora Financeira, Andrea Almeida, o texto diz que "teve papel fundamental na desalavancagem da companhia, com a determinação da meta de dívida bruta de US$ 60 bilhões, gerenciamento de passivos, redução do custo da dívida e do contencioso".
Após a saída de Lara, Almeida era a última mulher remanescente na diretoria. O comunicado da Petrobras lembra que ela foi "grande patrocinadora do Plano de Equidade de Gênero participando ativamente do Programa de Mentoria para Liderança Feminina".
Desde 2007, quando Graça Foster se tornou a primeira mulher a ocupar um cargo de direção na empresa ao assumir a área de Gás e Energia, não houve uma diretoria formada exclusivamente por homens.
A presença de Silva e Luna e sua equipe de transição na sede da companhia tem causado estranhamento entre empregados da companhia, que colocou todo o pessoal da área administrativa em home office logo no início da pandemia.
A adoção do home office e o elevado salário foram usados por Bolsonaro como justificativas para a demissão de Castello Branco, anunciada em fevereiro, em meio à escalada dos preços dos combustíveis do início do ano.
"Alguém sabe quanto ganha o presidente da Petrobras? R$ 50 mil por semana? É mais do que isso por semana", afirmou o presidente, três dias após anunciar a mudança. "E para ficar em casa, trabalhando de casa. No meu entender, não justifica."
A assembleia que aprovou a nomeação de Silva e Luna ao conselho foi precedida por uma disputa judicial com sindicatos e terminou com questionamentos de minoritários sobre a contagem dos votos depositados à distância por fundos estrangeiros.
Os sindicatos de trabalhadores da empresa tentaram suspender mudanças no plano de saúde e, consequentemente, o pagamento de dividendos aos acionistas pelo lucro de 2020, inflado pelas alterações no benefício.
Já os minoritários, que tentavam avançar sobre vagas do governo no conselho, dizem que o modelo de votação é distorcido e prometem nova ofensiva, com a renúncia do único representante eleito para forçar nova eleição.
Folhapress
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