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Economia

- Publicada em 15 de Abril de 2021 às 13:39

Corsan precisa mais que dobrar investimento para atender ao novo marco do saneamento

Empresa teve recorde de aportes em 2020, no valor de R$ 417 milhões

Empresa teve recorde de aportes em 2020, no valor de R$ 417 milhões


DOUGLAS CARVALHO/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
Para atender às obrigações previstas no novo marco nacional do saneamento, que prevê a universalização do serviço no País até o fim de 2033, atingindo uma cobertura de 99% para o fornecimento de água potável e de 90% para coleta e tratamento de esgoto, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) terá mais que dobrar o volume anual de investimentos. O presidente da estatal, Roberto Barbuti, lembra que a empresa atingiu seu recorde no ano passado, aportando R$ 417 milhões, sendo que a média histórica era de R$ 300 milhões. Contudo, para alcançar as metas impostas pela nova legislação, o grupo precisará desembolsar aproximadamente R$ 10 bilhões até 2033.
Para atender às obrigações previstas no novo marco nacional do saneamento, que prevê a universalização do serviço no País até o fim de 2033, atingindo uma cobertura de 99% para o fornecimento de água potável e de 90% para coleta e tratamento de esgoto, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) terá mais que dobrar o volume anual de investimentos. O presidente da estatal, Roberto Barbuti, lembra que a empresa atingiu seu recorde no ano passado, aportando R$ 417 milhões, sendo que a média histórica era de R$ 300 milhões. Contudo, para alcançar as metas impostas pela nova legislação, o grupo precisará desembolsar aproximadamente R$ 10 bilhões até 2033.
Essa necessidade é uma das justificativas para o processo de privatização da companhia atualmente em andamento, argumenta o dirigente. Barbuti lembra que, hoje, somente, 17% do atendimento de esgoto da companhia é coletado e tratado. “É uma situação bastante preocupante e não existe outro caminho a não ser cumprir o que está no novo marco”, frisa o executivo. Ele acrescenta que as questões sanitárias, durante essa época de pandemia de coronavírus, afloram com mais importância e é necessário resgatar o déficit histórico. O presidente da Corsan cita que a cada R$ 1,00 gasto em saneamento básico, são economizados R$ 4,00 em saúde, conforme cálculos da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Barbuti reforça que, para cumprir os objetivos, a Corsan precisa ter mais eficiência, levantar recursos financeiros e aprimorar a tecnologia. Segundo ele, o repasse do comando da estatal para a iniciativa privada (o Estado ainda continuará como um acionista relevante, porém minoritário) é uma forma de se adequar a essas exigências. Outro desafio que a empresa precisa superar, ressalta o dirigente, é o volume de dívidas trabalhistas, que em média resultam em um pagamento anual da ordem de R$ 200 milhões.
Para o processo de venda avançar, o governo gaúcho ainda aguarda que a Assembleia Legislativa aprove a emenda constitucional que possibilita a retirada da necessidade de plebiscito para a alienação da estatal. Barbuti foi o palestrante de reunião promovida Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), nesta quinta-feira (15), abordando o tema “Corsan – projeto de privatização e o futuro funcionamento da companhia”.
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