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Economia

- Publicada em 05 de Abril de 2021 às 19:25

Com ajuda de Treasuries e câmbio, juros têm queda limitada por cenário fiscal

Agência Estado
Os juros fecharam com viés de queda, num dia de ajustes técnicos autorizados pelo apetite ao risco no exterior, que trouxe alívio ao mercado de Treasuries e favoreceu boa parte das moedas emergentes, incluindo o real. Sem novidades no noticiário do feriado prolongado nem destaques na agenda local, o mercado tentou reduzir prêmio de risco na curva, num movimento, contudo, limitado pelas incertezas do quadro fiscal. Como a questão do Orçamento de 2021 continua em aberto e os números da pandemia não dão trégua, não há espaço para grandes ordens de venda.
Os juros fecharam com viés de queda, num dia de ajustes técnicos autorizados pelo apetite ao risco no exterior, que trouxe alívio ao mercado de Treasuries e favoreceu boa parte das moedas emergentes, incluindo o real. Sem novidades no noticiário do feriado prolongado nem destaques na agenda local, o mercado tentou reduzir prêmio de risco na curva, num movimento, contudo, limitado pelas incertezas do quadro fiscal. Como a questão do Orçamento de 2021 continua em aberto e os números da pandemia não dão trégua, não há espaço para grandes ordens de venda.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou a sessão regular em 4,605%, de 4,636% no ajuste de quinta-feira, e a do DI para janeiro de 2025 passou de 8,206% para 8,16%. O DI para janeiro de 2027 encerrou em 8,78%, de 8,794%.
Como a curva se moveu, de maneira geral, em bloco, praticamente não houve mudança no nível de inclinação em relação ao fechamento da semana passada e o volume de contratos negociados ficou abaixo do padrão da média diária dos últimos 30 dias. Na quinta-feira, as taxas fecharam a etapa regular em alta e depois subiram mais na estendida, com aumento de posições de proteção antes do feriado, quando seria divulgado o payroll americano. Como o período não trouxe fatos negativos e com a curva já bem inclinada, houve espaço para algum respiro nesta segunda a partir da queda do dólar e do juro dos Treasuries.
"Vejo hoje como um movimento técnico e não com base em fundamentos, porque na semana passada houve grande estresse nas taxas. Mas não corrigiu tudo o que subiu, pois são muitas as incertezas fiscais", disse o operador de renda fixa da Nova Futura Investimentos André Alírio.
Na Tendências Consultoria, o economista Silvio Campos Neto lembra que, de um lado, a situação ainda grave da pandemia leva à manutenção de medidas restritivas nas principais regiões, com impactos negativos na retomada da economia entre o primeiro e segundo trimestres. "De outro, o orçamento mal resolvido reforça a apreensão e mantém os investidores preparados para um desfecho adverso", escreveu.
A pesquisa Focus, com alterações apenas marginais nas medianas das principais variáveis, não foi capaz de ditar a dinâmica das taxas e a agenda mais aguardada do dia era a participação do ministro Paulo Guedes em evento da XP Investimentos, à tarde, e suas considerações sobre o imbróglio do Orçamento. O texto teve as despesas obrigatórias subestimadas para a inserção de emendas parlamentares, o que gerou muita polêmica nos últimos dias, com rumores de desentendimento entre equipe econômica e Congresso. Mas Guedes contemporizou negando haver "briga ou uma guerra" com os parlamentares e disse ver o problema mais como "de coordenação da elaboração".
Ele afirmou que "está todo mundo junto, querendo resolver" o impasse e "fazer a coisa certa", e que o governo está pedindo orientação ao Tribunal de Contas da União (TCU). Admitiu que vetar a subestimação de receitas no texto seria politicamente "desconfortável", mas também que não corrigir o problema agora pode levar a questionamentos futuros.
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