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Economia

- Publicada em 26 de Março de 2021 às 19:10

Pandemia impactou na perda de 17 mil vagas formais e 77 mil informais em Porto Alegre

Mulheres estão entre 55% dos trabalhadores que ficaram sem ocupação  formal nos últimos 10 meses

Mulheres estão entre 55% dos trabalhadores que ficaram sem ocupação formal nos últimos 10 meses


JONATHAN HECKLER/JC
De março de 2020, quando iniciou a pandemia da Covid-19, até janeiro de 2021 foram perdidos 17 mil empregos formais e 77 mil informais em Porto Alegre. Desse total, 55% dos trabalhadores com carteira assinada que ficaram sem ocupação são mulheres. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (26) pela prefeitura da Capital e embasam uma nota técnica sobre o impacto da pandemia na economia e nos setores não-essenciais da cidade.
De março de 2020, quando iniciou a pandemia da Covid-19, até janeiro de 2021 foram perdidos 17 mil empregos formais e 77 mil informais em Porto Alegre. Desse total, 55% dos trabalhadores com carteira assinada que ficaram sem ocupação são mulheres. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (26) pela prefeitura da Capital e embasam uma nota técnica sobre o impacto da pandemia na economia e nos setores não-essenciais da cidade.
O estudo, elaborado por equipe técnica da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Smdet), apontou ainda que os porto-alegrenses mais prejudicados pelas restrições impostas às atividades econômicas durante a pandemia são da população de baixa renda e com menos escolaridade. Além disso, a renda da população caiu 11,8% nesse período.
O levantamento mostra ainda que os micros e pequenos negócios, responsáveis por mais da metade dos empregos formais na cidade, são os mais prejudicados pelas medidas restritivas. Com maiores restrições financeiras, seja pela dificuldade de obtenção de crédito ou ausência de recursos próprios para capital de giro, muitos fecharam as portas ao longo do último ano. Hoje, mais da metade dos empregos formais (51,74%) concentram-se nas micro e pequenas empresas.
Das empresas que conseguiram se manter ativas durante a pandemia, 47% ainda têm dificuldade em manter os negócios. “Os números mostram que as restrições ao comércio aumentam o desemprego. Para evitar contaminações na pandemia, é essencial respeitar protocolos, permitindo que o comércio atue dentro das regras”, afirmou o prefeito Sebastião Melo.
Segundo o vice-prefeito, Ricardo Gomes, o estudo é inédito, pois traz dados da situação econômica da cidade, com destaque para os setores mais afetados pelas restrições. “Defendemos que saúde e economia andam juntas e este relatório comprova que os setores classificados como não-essenciais são fundamentais para o funcionamento da economia. O volume de empregos e a significativa massa salarial geradas são pilares da vida da cidade”, ressalta Gomes.
Segundo a pesquisa, um dos setores que registrou maiores restrições de funcionamento é o de comércio e reparação de veículos, que emprega 92.667 trabalhadores em Porto Alegre. Em segundo lugar, aparece o de alojamento e alimentação, responsável pelo emprego de 25.661 porto-alegrenses. Os dois setores, somados, correspondem a 36,06% do total dos empregos formais do município. De acordo com dados do Caged, de março de 2020 a janeiro de 2021, os setores de serviços e comércio foram os que mais perderam postos de trabalho, com saldo de negativo de 12.493.
A análise mostra ainda que das 7.069 Microempreendedores Individuais (MEIs) registradas na cidade, 62,24% são formadas por mulheres, que atuam principalmente como cabeleireiras ou outras profissões ligadas a tratamentos de beleza. Além dos prejuízos financeiros causados pela crise, muitas delas enfrentam a falta de local seguro para deixar os filhos.
As análises foram feitas com base em informações do Cadastro Único (CadÚnico), Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc), entre outros.
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