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Economia

- Publicada em 15 de Março de 2021 às 09:49

IPCA para 2021 passa de 3,98% para 4,60%, projeta Focus

Relatório do Banco Central elevou projeção do índice que mede a inflação oficial do País

Relatório do Banco Central elevou projeção do índice que mede a inflação oficial do País


Marcello Casal/Agência Brasil/JC
Agência Estado
Os economistas do mercado financeiro elevaram pela décima semana consecutiva a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2021. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 3,98% para 4,60%. Há um mês, estava em 3,62%. A projeção para o índice em 2022 permaneceu em 3,50%. Quatro semanas atrás, estava em 3,49%.
Os economistas do mercado financeiro elevaram pela décima semana consecutiva a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2021. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 3,98% para 4,60%. Há um mês, estava em 3,62%. A projeção para o índice em 2022 permaneceu em 3,50%. Quatro semanas atrás, estava em 3,49%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% para ambos os casos.
A projeção dos economistas para a inflação já está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%). O BC deixou de publicar, no documento do Focus, as projeções sobre o Top 5. Estes dados podem ser consultados no Sistema de Expectativas de Mercado.
Últimos 5 dias úteis
A projeção mediana para o IPCA de 2021 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 4,10% para 4,72%, conforme o Focus. Houve 93 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,72%.
No caso de 2022, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis passou de 3,49% para 3,51%. Há um mês, estava em 3,48%. A atualização no Focus também foi feita por 91 instituições.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro elevaram substancialmente a previsão para o IPCA em março de 2021, de alta de 0,45% para 0,85%. Para abril, a projeção no Focus foi de alta de 0,34% para 0,43% e, para maio, passou de 0,24% para 0,26%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0,31% e 0,22%, nesta ordem. De acordo com o IBGE, o IPCA fechou fevereiro com avanço de 0,86% e já acumula um crescimento de 5,20% nos últimos 12 meses. No Focus desta segunda, a inflação suavizada para os próximos 12 meses saltou de alta de 3,84% para 4,27% - há um mês, estava em 3,71%.
PIB
Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano foi reduzida de alta de 3,26% para 3,23%. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,43%. Para 2022, o mercado financeiro mudou a previsão do PIB de alta de 2,48% para 2,39%. Quatro semanas atrás, estava em 2,50%.
No Focus divulgado nesta segunda-feira, 15, a projeção para a produção industrial de 2021 passou de alta de 4,37% para 4,69%. Há um mês, estava em elevação de 5,18%. No caso de 2022, a estimativa de crescimento da produção industrial subiu de 2,30% para 2,38%, ante 2,50% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 foi de 64,44% para 65,00%. Há um mês, estava em 63,90%. Para 2022, a expectativa foi de 65,50% para 66,20%, ante 65,40% de um mês atrás.
Déficit primário
O Relatório trouxe pequena alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2021. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano passou de 2,80% para 2,90%. No caso de 2022, variou de 2,10% para 2,04%. Há um mês, os porcentuais estavam em 2,70% e 2,10%, respectivamente.
Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 variou de 7,00% para 7,10% em 2021, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2022, passou de 6,60% para 6,70%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 7,00% e 6,50%, nesta ordem. O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Balança comercial
No caso do superávit comercial, a mediana do Focus seguiu em US$ 55,00 bilhões para 2021. Um mês atrás, a previsão era de US$ 57,00 bilhões. Para 2022, a estimativa de superávit permaneceu em US$ 50,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 49,85 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário em transações correntes neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2021 permaneceu em US$ 52,50 bilhões. Há um mês, estava em US$ 60,00 bilhões. Para 2022, a expectativa passou de US$ 61,90 bilhões para US$ 60,00 bilhões, ante US$ 70,00 bilhões de um mês antes.
Dólar
O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 15, pelo Banco Central (BC), mostrou alteração no cenário para a moeda norte-americana em 2021 pela quarta semana consecutiva. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do período foi de R 5,15 para R 5,30, ante R 5,01 de um mês atrás. Para 2022, a projeção para o câmbio passou de R 5,13 para R 5,20, ante R 5,00 de quatro pesquisas atrás.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano. A mudança foi anunciada em janeiro passado pelo BC. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
Selic
Os economistas elevaram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021 de 4,00% para 4,50% ao ano. Há um mês, estava em 3,75%. o caso de 2022, a projeção seguiu em 5,50%, ante 5,00% de um mês antes. Para 2023, seguiu em 6,00%, mesmo patamar de quatro semanas atrás.
Para 2024, permaneceu em 6,00%, igual a um mês atrás. Em janeiro, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central preparou o terreno para possível elevação dos juros em 2021. Isso porque a instituição deu fim ao chamado "forward guidance" (ou prescrição futura, na tradução do inglês).
Adotado em agosto de 2020, o "forward guidance" era uma indicação técnica do BC de que não pretendia elevar os juros se a inflação seguisse sob controle e o risco fiscal não se alterasse. O problema é que, nos últimos meses, a inflação ao consumidor está mais salgada, puxada por aumentos de preços em itens como alimentos e gasolina.O Copom se reúne novamente nesta semana (dias 16 e 17).
Das 54 instituições do mercado financeiro consultadas pelo Estadão, 52 esperam aumento dos juros básicos nesta reunião, sendo que 48 aguardam que a taxa suba de 2,00% para 2,50%, três veem alta de 0,25 ponto e uma espera aperto mais intenso, de 0,75 ponto. Para o fim de 2021, a mediana das apostas é de 4,5%, com expectativas indo de 3% a 6%.
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