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Economia

- Publicada em 03 de Março de 2021 às 03:00

Cigarros ilegais tiram 173 mil vagas de emprego do Brasil, diz estudo

No País, produto contrabandeado responde por 57% das vendas

No País, produto contrabandeado responde por 57% das vendas


/DENNY CESARE/CÓDIGO 19/FOLHAPRESS/JC
Em decorrência do contrabando de cigarros, o Brasil deixa de gerar 173 mil empregos diretos e indiretos, segundo estudo feito pela Oxford Economics. As marcas contrabandeadas já detêm 57% do mercado nacional. Caso fossem substituídas pela produção nacional, o País geraria R$ 1,3 bilhão em receitas fiscais adicionais (impostos sobre a produção e associados à venda), além de contribuir com o PIB (Produto Interno Bruto) e gerar postos de trabalho formais em toda a cadeia -cultivo de tabaco, fabricação e distribuição.
Em decorrência do contrabando de cigarros, o Brasil deixa de gerar 173 mil empregos diretos e indiretos, segundo estudo feito pela Oxford Economics. As marcas contrabandeadas já detêm 57% do mercado nacional. Caso fossem substituídas pela produção nacional, o País geraria R$ 1,3 bilhão em receitas fiscais adicionais (impostos sobre a produção e associados à venda), além de contribuir com o PIB (Produto Interno Bruto) e gerar postos de trabalho formais em toda a cadeia -cultivo de tabaco, fabricação e distribuição.
"Estimamos que a substituição dos cerca de 63,4 bilhões de cigarros ilegais que circulam no país por produtos legítimos sustentaria uma contribuição adicional de R$ 6 bilhões ao PIB", afirmou Marcos Casarin, economista da Oxford Economics responsável pelo estudo.
O estudo apontou ainda que o consumidor de fato está trocando o produto nacional pelo contrabandeado. O consumo estimado subiu de 107 bilhões de unidades para cerca de 110 bilhões entre 2013 e 2019, mas as vendas de cigarros legalizados caíram 34%, enquanto os ilegais subiram 80%.
Assim, o produto contrabandeado passou a representar 63 bilhões, ante os 47 bilhões dos produtos nacionais, e chegou a 57% do mercado -em 2013, representava 33%.
O mercado brasileiro é dominado por marcas fabricadas no Paraguai, mas há produtos oriundos também de Coreia do Sul, Reino Unido e EUA à venda no país, especialmente em estados do Nordeste.
No Paraguai, a carga tributária do cigarro é de 18%, enquanto no Brasil varia de 71% a 90%, dependendo do estado, o que faz com que o produto contrabandeado custe muito menos em solo brasileiro que os fabricados por indústrias nacionais. O preço médio de um maço de cigarro no mercado ilegal chega a R$ 3,50, metade do preço do cigarro nacional mais barato praticado em alguns estados.
Os empregos são mais impactados principalmente nos estados do Sul do país, que concentram as indústrias. "O ponto do emprego é o mais chamativo porque estamos nesse momento de perda de emprego [devido à pandemia] e da saída da Ford. Outro ponto a se pensar é a arrecadação. O Brasil perdeu muito na pandemia e a conta vai ter de ser paga, aumentando impostos, o que ocorre elevando alíquotas ou a base de arrecadação. O que o estudo mostra é o que você arrecada e o quanto deixou de arrecadar", disse Casarin.
Segundo o estudo, o setor contribuiu com R$ 9,4 bilhões para o PIB, sendo a maior fatia do cultivo de folhas (R$ 3,1 bilhões), que também é a principal empregadora. Dos 251 mil postos de trabalho gerados pelo mercado legal, dos quais 186 mil em empregos diretos, o cultivo responde por 94 mil. As demais vagas estão nas fábricas e nos distribuidores.
"Estudos nossos em outros países mostram que na Malásia há até maior participação de ilegais, 59%, mas pela dimensão do Brasil, muito grande, e por termos o Paraguai ao lado, o país acaba sendo muito atingido", completou Casarin.
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