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Infraestrutura

- Publicada em 18 de Fevereiro de 2021 às 21:20

Térmica Uruguaiana segue aguardando operação

Perspectiva era que usina já estivesse em funcionamento

Perspectiva era que usina já estivesse em funcionamento


/CRISTIANO GUERRA/DIVULGAÇÃO/JC
Apesar da expectativa de que neste último final de semana a Central Térmica Uruguaiana (CTU) voltasse a operar, será necessário esperar um pouco mais para que essa situação se torne uma realidade. O empreendimento, que anteriormente pertencia ao Grupo AES, hoje é propriedade da argentina Saesa. De acordo com o presidente de Saesa, Juan Bosch, se tudo transcorrer dentro do previsto, com a conclusão de protocolos técnicos e testes, a projeção é de que a usina gere energia ainda neste mês de fevereiro.
Apesar da expectativa de que neste último final de semana a Central Térmica Uruguaiana (CTU) voltasse a operar, será necessário esperar um pouco mais para que essa situação se torne uma realidade. O empreendimento, que anteriormente pertencia ao Grupo AES, hoje é propriedade da argentina Saesa. De acordo com o presidente de Saesa, Juan Bosch, se tudo transcorrer dentro do previsto, com a conclusão de protocolos técnicos e testes, a projeção é de que a usina gere energia ainda neste mês de fevereiro.
O executivo afirma que a térmica começou as ações para comissionamento (processo que tem como objetivo verificar o funcionamento adequado da planta) no domingo (14). Ele ressalta que, após cinco anos de inatividade da unidade, determinados protocolos e procedimentos devem ser executados para que o comissionamento seja realizado em condições de segurança e confiabilidade. Ainda segundo o dirigente, nesses primeiros testes foi observada a necessidade de atualização de questões operacionais em uma subestação de energia que é operada juntamente com o Grupo CEEE. O presidente de Saesa informa que a meta é trabalhar para retomar as medidas de comissionamento o mais rápido possível.
Bosch não confirmou e nem desmentiu a informação de que os problemas da termelétrica poderiam estar relacionados também com a falta de suprimento do seu combustível, o gás natural. Dificuldades com o fornecimento desse insumo, a partir da Argentina, foram o que causaram a interrupção da operação contínua da térmica Uruguaiana, desde 2009. A geração da unidade chegou a ser retomada, em caráter emergencial, em 2013, 2014 e 2015, por períodos temporários.
A usina gaúcha foi a primeira planta a operar com gás natural no Brasil. A geradora iniciou suas atividades em 2000 e tem capacidade instalada de 639,9 MW (o que corresponde a cerca de 15% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul). Nessa volta às atividades, a tendência é que o complexo atue com cerca de um terço dessa potência. Para a próxima segunda-feira (22), está prevista a ida do embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Osvaldo Scioli, a Uruguaiana e um dos locais que serão visitados pelo dirigente será o complexo da térmica.

Editais para obras da 1ª fase da retomada de Angra 3 saem em março

Depois da aprovação da conversão em lei da Medida Provisória 998, que agora depende apenas da sanção presidencial, a Eletronuclear programa para março o início dos editais de tomadas de preços para contratação das obras de aceleração do caminho crítico da usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro, que vai garantir o cumprimento do prazo de 2026 para o início da operação da usina.
Os recursos para a obra foram liberados na última reunião do Conselho de Administração da Eletrobras, informa o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha, que acompanha de perto o processo. "Para nós é o marco do renascimento do setor nuclear brasileiro, é uma grande sinalização de que a obra não está parada e vai ajudar a atrair investidores", avalia Cunha.
O plano de aceleração do caminho crítico consiste no adiantamento das obras civis (fechamento da cúpula da usina) e montagem eletromecânica. É também uma forma de mostrar aos futuros parceiros que a construção da usina está em andamento, o que pode facilitar a segunda etapa para a construção da usina, que depende de recursos privados.
Segundo Cunha, para a primeira etapa foram liberados cerca de R$ 6 bilhões, sendo que a maior parte das obras deverá ocorrer entre 2021 e 2022. A previsão é de que esteja concluída em 2025, um ano antes da entrada em operação.
Angra 3 terá capacidade instalada de 1.405 megawatts (MW), que somada às duas primeiras usinas - Angra 1 (640 MW) e Angra 2 (1.350 MW) - vai elevar a produção de energia nuclear do País para 3.395 MW. A fonte hoje representa cerca de 3% de toda a geração de energia elétrica no Brasil.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, os planos são de construir mais oito usinas no País e adicionar 10 mil MW ao sistema, conforme previsto no Plano Nacional de Energia 2050 (PNE 2050).
A segunda etapa da obra de Angra 3, ainda sem prazo definido, que será desenvolvida simultaneamente à primeira fase, depende da contratação de consultoria pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a realização de due diligence (diligência prévia) e estruturação do funding para a entrada de sócios privados no projeto.