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Economia

- Publicada em 06 de Fevereiro de 2021 às 13:51

Auxílio deve ser retomado para quem recebe ou está na fila do Bolsa Família

Guedes discute a prorrogação dos recursos com lideranças do Senado e da Câmara

Guedes discute a prorrogação dos recursos com lideranças do Senado e da Câmara


WILSON DIAS/ABR/JC
Sob pressão do Congresso, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, discute a prorrogação do auxílio emergencial com lideranças do Senado e da Câmara, mas trabalha para conter a proposta dos parlamentares de manter os R$ 300,00 pagos nas últimas parcelas. Um valor de R$ 200,00 é considerado "mais viável" pela equipe econômica, que cobra contrapartidas de medidas de ajuste fiscal.
Sob pressão do Congresso, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, discute a prorrogação do auxílio emergencial com lideranças do Senado e da Câmara, mas trabalha para conter a proposta dos parlamentares de manter os R$ 300,00 pagos nas últimas parcelas. Um valor de R$ 200,00 é considerado "mais viável" pela equipe econômica, que cobra contrapartidas de medidas de ajuste fiscal.
Para restringir o público que vai receber novamente o benefício em 2021, uma das propostas é que sejam contemplados os beneficiários do Bolsa Família e os que estão na fila aguardando para serem incluídos no programa assistencial. A interlocutores, Guedes tem dito que 20 milhões de pessoas já estão amparadas pelo Bolsa Família.
Na quinta-feira, depois de se encontrar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Guedes disse que a nova rodada do auxílio deve ficar restrita à metade dos 64 milhões de pessoas que terminaram 2020 recebendo o benefício. O ministro defende a concessão do auxílio com o acionamento do estado de calamidade pública. Isso permitiria que as despesas com a nova rodada do benefício ficassem fora do teto de gastos, regra que limita que as despesas cresçam acima da inflação.
A antecipação para fevereiro dos pagamentos do abono salarial previstos para março foi a primeira medida do protocolo da crise que vai ser adotado pelo Ministério da Economia para enfrentar o agravamento da pandemia. A medida foi publicada ontem (5) no Diário Oficial da União. A lista ainda vai incluir a antecipação do 13º para aposentados e pensionistas do INSS e a definição de uma nova rodada do auxílio.
O presidente Jair Bolsonaro tem dito que é contra a extensão, mas no Congresso governistas e opositores dão como urgente a retomada do benefício para aliviar consequências sociais e econômicas da pandemia de Covid-19. A pressão se intensificou depois das eleições do comando do Congresso.
As primeiras rodadas de conversas para viabilizar a prorrogação aconteceram na quinta-feira, com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (Progressistas-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e com o ministro da Economia. De acordo com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), a ideia é restringir os critérios que qualificam os cidadãos a receberem novas parcelas do auxílio. Ele diz que é preciso pagar apenas a quem realmente necessita. Nesse sentido, segundo ele, um bom termômetro para identificar a parcela da sociedade que deve ser auxiliada é o cadastro de pessoas que se inscreveram para o Bolsa Família. "Tem 5 milhões de famílias que estão na fila do Bolsa Família", disse.
Durante as primeiras etapas do pagamento do auxílio emergencial, quem recebe o Bolsa Família teve o benefício, em média de R$ 190,00 suspenso e passou a receber as parcelas do auxílio (primeiro, R$ 600,00 e depois, R$ 300,00). "Ele saiu do Bolsa Família e foi para o auxílio. Então, o público-alvo seria as famílias que estavam no Bolsa Família e mais as 5 milhões que estão na fila do Bolsa Família", disse Barros.
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