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Economia

- Publicada em 04 de Fevereiro de 2021 às 19:36

Economia de Caxias do Sul encerra 2020 com recuo de 8,3%

Comércio e serviços apresentaram retração crítica de 17,7% e 16,9%, respectivamente

Comércio e serviços apresentaram retração crítica de 17,7% e 16,9%, respectivamente


Andreia Copini/DIVULGAÇÃO/CIDADES/JC
Roberto Hunoff
A atividade econômica de Caxias do Sul encerrou o ano passado com recuo de 8,3% na comparação com 2019, resultado influenciado, principalmente pelo desempenho crítico do comércio e dos serviços, que apresentaram retração de 17,7% e 16,9%, respectivamente. A indústria, por sua vez, teve forte recuperação após a paralisação dos meses de março e abril, e chegou perto da estabilidade, com declínio de apenas 0,9%. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (4) em coletiva de imprensa virtual pelas diretorias da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e Câmara dos Dirigentes Lojistas.
A atividade econômica de Caxias do Sul encerrou o ano passado com recuo de 8,3% na comparação com 2019, resultado influenciado, principalmente pelo desempenho crítico do comércio e dos serviços, que apresentaram retração de 17,7% e 16,9%, respectivamente. A indústria, por sua vez, teve forte recuperação após a paralisação dos meses de março e abril, e chegou perto da estabilidade, com declínio de apenas 0,9%. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (4) em coletiva de imprensa virtual pelas diretorias da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e Câmara dos Dirigentes Lojistas.
De acordo com Maria Carolina Gullo, integrante da diretoria de Economia, Finanças e Estatística, a atividade industrial teve um segundo semestre de indicadores positivos em praticamente todos os meses. “Espera-se que essa retomada se consolide neste ano”, projetou. Destacou que a atividade de serviços tem mostrado dificuldades para imprimir a recuperação por ser um setor mais complexo e dependente, principalmente, de aglomerações, como a realização de eventos.
Na avaliação do assessor de economia e estatística da CDL, Mosár Leandro Ness, mesmo com a forte queda, o comércio mostrou resiliência durante a crise pandêmica. Citou, como exemplo, o fato de os empresários terem inserido o meio virtual como estratégia de venda, o que amenizou os impactos dos frequentes fechamentos em função das bandeiras do modelo de distanciamento controlado do Estado.
Mencionou como fato positivo a segunda redução seguida na base de inadimplentes do Serviço de Proteção ao Crédito. Em 2020, foi de 4,3% e, no ano anterior, de 7%. O gerente administrativo e financeiro, Carlos Alberto Cervieri, destacou como principais motivadores do declínio o uso do 13º salário e o Feirão Limpa Nome, que garantiu a recuperação de quase R$ 1,3 milhão de dívidas em atraso, entre outubro de 2020 e o início de fevereiro.
Os indicadores de emprego e comércio internacional também apresentaram desempenhos negativos. O mercado de trabalho consolidou o fechamento de 4.072 vagas no ano passado, número que, no início da pandemia, era projetado para mais de 6 mil. Já o mercado externo teve o pior desempenho desde 2008. As exportações ficaram em US$ 505 milhões, recuo de 26,3%, e as importações em US$ 269 milhões, queda de 35%. O saldo da balança comercial de US$ 235 milhões foi 12,7% menor.
Para Joarez Piccinini, também diretor da CIC, as exportações foram prejudicadas pelo Custo Brasil e pelas vendas ainda baixas para a Argentina, mesmo que a participação do país vizinho tenha dobrado, de 6,5% para 12%, na composição total. O principal mercado segue sendo o Chile, que perdeu três pontos, para 22%. Os Estados Unidos elevaram as compras, subindo dois pontos, para 14%. A maior parte das importações, 38%, alta de cinco pontos, vem da China.
Para 2021, a expectativa de crescimento está diretamente vinculada à vacinação contra a covid-19. Piccinini cita, ainda, o desequilíbrio fiscal, que pode ser equacionado a partir da aprovação de reformas, como administrativa e tributária. “Tem-se expectativa favorável com a alternância no Congresso Nacional. Os conflitos tendem a diminuir”, projetou.
O presidente da CIC Caxias, Ivanir Gasparin, reforçou que a retomada da economia e, principalmente dos empregos e do poder de compra dos consumidores, deverá ganhar impulso se o governo fizer a sua parte, implementando as reformas e investindo em obras de infraestrutura. “As reformas são uma maneira de os governos municipal, estadual e federal terem fôlego”, frisou.
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