Depois de sofrer impactos no início da pandemia com a paralisação de obras, o setor da construção civil em Porto Alegre verificou uma retomada no segundo semestre do ano passado e tem uma perspectiva mais otimista para 2021.
Uma das empresas que pretende aproveitar a tendência positiva é a incorporadora Wolens. O grupo já conta com sete empreendimentos para serem lançados, totalizando um Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 650 milhões.
Os projetos imobiliários que serão focados pela companhia neste ano serão situados em ruas da capital gaúcha como a Padre Chagas, Barão de Santo Ângelo, Marques do Herval, Tobias da Silva, Itororó e Silva Jardim. Um outro projeto recente e que encontra-se em fase adiantada está situado na rua Luciana de Abreu, 250, bairro Moinhos de Vento.
"O Brasil, com cenário de juros baixos e as atividades com a vacina retornando a sua vida normal, oferece todos os elementos para projetarmos um ano de crescimento do setor imobiliário", aponta o sócio da Wolens Daniel Goldsztein.
O diretor da empresa Ricardo Sessegolo complementa reiterando que, no primeiro semestre de 2020, o segmento da construção civil foi bastante afetado. "Porém, no segundo semestre, com a retomada das obras, o setor apresentou uma grande recuperação dos empregos na região Metropolitana e também o retorno dos compradores em busca de um imóvel mais adequado para sua família", aponta. Ele ressalta que, com a experiência de ficar em isolamento em casa, houve a constatação por parte de muitas pessoas que o local da atual residência não atenderia às necessidades se tivessem que enfrentar um lockdown.
Para Sessegolo, os incorporadores têm que repensar o modelo de negócios e planejar imóveis com as novas exigências do mercado: ambientes mais arejados, muita luz solar e lugares com lazer ao ar livre. Outra tendência, acrescentada por Goldsztein, é quanto ao adensamento e à verticalização das cidades de maior porte. O sócio da Wolens argumenta que trazer a moradia para mais perto do trabalho e lazer das pessoas faz com que menos tempo seja gasto no trânsito e também reduz as despesas públicas com infraestrutura.