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Economia

- Publicada em 26 de Janeiro de 2021 às 19:02

Setor de eventos busca com BRDE adequar linha de crédito aos pequenos empreendedores

Representantes do setor de eventos trataram da linha de crédito em reunião no Palácio Piratini

Representantes do setor de eventos trataram da linha de crédito em reunião no Palácio Piratini


GRUPO LIVE MARKETING RS/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Crancio
Beneficiado recentemente pela linha de crédito oferecida pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) aos empreendedores da economia criativa, o setor de eventos gaúcho busca agora adequar o benefício às peculiaridades e necessidades dos empresários do segmento, especialmente os de pequeno porte, altamente impactados pelas restrições impostas pela pandemia às atividades. Nesta terça-feira (26), em reunião no Palácio Piratini, representantes da área reivindicaram mudanças em pontos como os valores máximos concedidos e as garantias exigidas.
Beneficiado recentemente pela linha de crédito oferecida pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) aos empreendedores da economia criativa, o setor de eventos gaúcho busca agora adequar o benefício às peculiaridades e necessidades dos empresários do segmento, especialmente os de pequeno porte, altamente impactados pelas restrições impostas pela pandemia às atividades. Nesta terça-feira (26), em reunião no Palácio Piratini, representantes da área reivindicaram mudanças em pontos como os valores máximos concedidos e as garantias exigidas.
O encontro, com empresários do entretenimento, de casas de festas e de bailes, de shows, do tradicionalismo e representantes da Associação Gaúcha de Empresas e Profissionais de Eventos (Agepes), foi iniciativa do governador em exercício Ernani Polo, presidente da Assembleia Legislativa, que até quinta-feira (28) substitui o titular Eduardo Leite no cargo. Próximo ao setor de eventos, o deputado tem sido um interlocutor das demandas do segmento junto aos governos do Estado e federal, e defensor da retomada das atividades no Rio Grande do Sul. Recentemente, inclusive, Polo entregou ao presidente Jair Bolsonaro pedido dos empresários gaúchos para prorrogação do auxílio emergencial do setor de eventos.
O grupo negocia com o BRDE a possibilidade de facilitar a adesão dos diversos segmentos de eventos, divididas na concessão de crédito em grupos como audiovisual, setor de bandas e músicos, casas de festas e grandes produtoras, e, principalmente, ampliar o valor máximo de recursos concedidos e flexibilizar as garantias necessárias. Atualmente, o máximo a ser financiado para capital de giro está limitado a 20% do faturamento bruto da empresa no ano anterior. O grupo busca ampliar para 30% e já obteve retorno positivo para que o "faturamento bruto do exercício anterior" se refira a 2019, já que em 2020 não houve atividade.
Outra demanda refere-se às garantias para obtenção do empréstimo, que considera no programa "garantias imobiliárias ou de fundo garantidores", de acordo com avaliação do BRDE. A intenção do setor é ter o Estado como garantidor, possibilidade que chegou a ser levantada pelo governador no ano passado. "Não nos interessa se a linha é do BRDE ou de qualquer banco, nós queremos uma linha de crédito que não esteja nos critérios atuais, de 20% sobre o faturamento do ano anterior. Queremos uma linha maior, de 30% sob o faturamento da empresa e com bastante carência, inclusive dos juros, tendo o Estado como fundo garantidor. Em último caso, um imóvel como garantia", explica o empresário Serafim Souza, proprietário de uma casa de festas de Novo Hamburgo.
Para o coordenador do Grupo Live Marketing RS, Rodrigo Machado, sócio da Opinião Produtora, o grande problema dos empresários de eventos, principalmente os pequenos, tem sido a comprovação de renda. "A maioria do setor é informal e sofre na hora de comprovar renda bruta para conseguir o benefício. Precisamos de uma forma de ajudar os menores, que são a ponta da cadeia do setor, e os que mais sofrem no momento", avalia.
Segundo o governo do Estado, a linha especial de financiamento se soma a outras ações já adotadas para auxiliar os diferentes setores durante pandemia, e está alinhada ao contexto de recuperação da atividade econômica gaúcha. Além de crédito para capital de giro das empresas e a possibilidade de oferta para investimento pós-pandemia, o benefício tem prazos diferenciados e análise simplificada.
Por meio de nota, o BRDE destacou que a medida foi lançada há menos de duas semanas, no dia 14 de janeiro, e resulta "de uma série de reuniões com os setores, representantes da Secretaria da Cultura do Estado e técnicos do banco, onde foram apontadas as principais necessidades em termos de capital de giro e crédito para investimento no pós-pandemia".
Segundo a instituição, as taxas de juros oferecidas são mais acessíveis, entre 4% e 6% ao ano, e a linha de financiamento segue todas as normativas do Banco Central. "O BRDE renova o compromisso de realizar uma análise rápida dos pedidos de empréstimo, assim como se coloca à disposição para orientar as empresas no encaminhamento das solicitações e do próprio planejamento das empresas", reforça o texto.
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