A Imóveis Crédito Real começou 2021 expandindo sua atuação para a região central do Rio Grande do Sul. Esta foi a primeira de uma série de empreitadas que a empresa pretende investir no decorrer do ano e é resultado de parceria com a Imobiliária Taperinha, líder do setor em Santa Maria. Atuando na cidade agora como Taperinha Crédito Real, a primeira unidade da Crédito Real fora da Capital representa um aumento de 18% no total de imóveis administrados pela empresa em solo gaúcho. Segundo o diretor superintendente, Carlos Eduardo Ruschel, as cidades de Pelotas, Passo Fundo e Novo Hamburgo também estão na mira da empresa. Para o segundo semestre, a Crédito Real estuda um passo a mais dentro do plano de expansão. "A ideia é levar uma loja para fora do Estado, mas ainda não definimos qual a estratégia nem onde será."
Jornal do Comércio - O que pesou na decisão de iniciar a expansão da empresa no Estado por Santa Maria?
Carlos Eduardo Ruschel - Sempre tivemos interesse naquela cidade, por conta da população, com grande volume de estudantes, e pela economia local, que também conta com profissionais do Exercito, Aeronáutica e indústria. É uma cidade polo, um mercado pujante. No que se refere à parceria com a Imobiliária Taperinha, já tínhamos uma aproximação entre as empresas, que entendemos terem um formato de trabalho parecido. Estamos iniciando este mês um período de transição da operação, que une a familiaridade com a região e o conhecimento da equipe local da Taperinha ao know how da Crédito Real, bem como sua visibilidade e abrangência em nível estadual. Através desta união, a carteira de clientes de locação e vendas da Taperinha, passa a ser trabalhada pela nova operação Taperinha Crédito Real. Esta adição representa um crescimento de 18% no total de imóveis locados administrados pela Crédito Real, que já é líder do segmento no Rio Grande do Sul, além de reforçar a quantidade de ofertas de imóveis para locação e vendas.
Jornal do Comércio - Atualmente a empresa conta com quantas filiais? Pretendem continuar expandindo pelo Estado? Onde?
Ruschel - Hoje temos 22 endereços de atendimento, sendo seis lojas próprias e 16 franquias. Sobre expansão, estamos sempre de olho no mercado. Para o primeiro semestre deste ano, estamos mirando em cidades de até 250 km de distância de Porto Alegre, a exemplo de Pelotas, Passo Fundo, e Novo Hamburgo. E para o segundo semestre a ideia é levar uma loja para fora do Estado, mas ainda não definimos qual a estratégia nem onde será.
Jornal do Comércio - Como estão os negócios da Crédito Real, neste momento de pandemia?
Ruschel - A pandemia foi um acelerador do futuro, trouxe um desafio enorme para todas as empresas, que é usar a tecnologia no dia a dia. Com isso, muitas pessoas trabalhando em home office precisaram mudar para residências maiores, para poder administrar o espaço de trabalho, mesmo com os filhos ou pais, ou outros moradores em casa. Nos primeiros três meses a empresa teve que se reorganizar, não sabíamos onde estávamos pisando. Mas logo os negócios passaram a acontecer. Se por um lado, no setor de locações quem foi demitido procurou por apartamentos menores ou entregou o imóvel para ir morar com os pais; por outro houve busca do nosso setor de vendas, para um upgrade na moradia de pessoas com maior poder aquisitivo ( não exatamente classe A). Do grupo de nossos quatro vetores de negócios (que inclui administração de condomínios e corretora de seguros), a locação e as vendas foram impactados positivamente. Em outubro, batemos recorde histórico de locações, com 290 contratos fechados em um mês. Em vendas, o ticket médio subiu em 50% a partir de agosto e o volume superou 70% frente ao segundo semestre de 2019. O mercado está aquecido tanto para as vendas, como para as locações - estas últimas cresceram 25% no segundo semestre de 2020. Imaginamos que 2021 seguirá no mesmo ritmo.
Jornal do Comércio - Com os decretos que fecharam o comércio e serviços, muitas empresas entregaram os imóveis. Como foi este movimento na Crédito Real?
Ruschel - As novas locações em curto prazo têm sido mais residenciais. No entanto, o imóvel comercial também passou a ser procurado em agosto e setembro, com a retomada de negócios já redesenhados para a pandemia. Um exemplo é o do restaurante Copacabana, que saiu do ponto onde estava há anos e alugou um outro imóvel para trabalhar o delivery. Em dezembro a quantidade de locações comerciais foi igual à de 2019. Neste sentido, já conseguimos superar (qualquer perda) e voltamos aos patamares de antes da pandemia.
Jornal do Comércio - Como se dividem os eixos de negócios da Crédito Real?
Ruschel - Somos principalmente uma administradora de imóveis onde as locações representam 50% dos negócios, seguidas de pela administração de condomínios (25%), vendas (15%) e corretora de seguros (10%).