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Economia

- Publicada em 19 de Janeiro de 2021 às 16:50

Solidez fiscal é a base para o RS se tornar mais competitivo

O Estado avançou muito em privatizações, PPPs e concessões, além das reformas, afirmou Leite

O Estado avançou muito em privatizações, PPPs e concessões, além das reformas, afirmou Leite


ITAMAR AGUIAR/PALÁCIO PIRATINI/JC
Roberta Mello
O desafio de reverter a queda do Rio Grande do Sul do sétimo para o oitavo lugar no ranking de competitividade dos estados brasileiros, de acordo com estudo do Centro de Liderança Pública (CLP), foi tema de um seminário promovido nesta terça-feira (19) pela Assembleia Legislativa em parceria com o Grupo de Líderes Empresariais (Lide/RS). O caminho mais promissor para tornar o estado mais atraente e competitivo estão a busca por maior solidez fiscal.
O desafio de reverter a queda do Rio Grande do Sul do sétimo para o oitavo lugar no ranking de competitividade dos estados brasileiros, de acordo com estudo do Centro de Liderança Pública (CLP), foi tema de um seminário promovido nesta terça-feira (19) pela Assembleia Legislativa em parceria com o Grupo de Líderes Empresariais (Lide/RS). O caminho mais promissor para tornar o estado mais atraente e competitivo estão a busca por maior solidez fiscal.
A fragilização da estrutura fiscal vem comprometendo historicamente a capacidade de investimentos no Estado, lembrou o governador Eduardo Leite. O RS ocupa a última posição quando apenas esse indicador é analisado, conforme o CLP. Hoje, apresentamos a pior situação fiscal do Brasil. E resolvê-la não é um fim em si mesmo, disse Leite, pontuando que desse equilíbrio depende desde o pagamento dos servidores até a construção de estradas.
A partir desse reajuste nas contas será possível a retomada dos investimentos em infraestrutura, por exemplo, quesito em que o Estado ocupa o 19º lugar no ranking. “Uma posição que nos constrange. Logo um setor em que o Estado já esteve entre as primeiras colocações”, disse o presidente da Assembleia Legislativa Ernani Polo. “Esperamos que após as extinções de autarquias e fundações, concessões e privatizações que já aconteceram e, principalmente, as que estão a caminho, esse cenário se altere para melhor”, declarou Polo
A recuperação passa pelas concessões, privatizações e parcerias público-privadas (PPPs), concordou Leite. Porém, "nem tudo pode ser privatizado", pontuou. "Eu vejo que tem gente que aposta em quebrar o governo. Não para prejudicar o governador, mas talvez para acabar com uma lógica de funcionamento da máquina pública. Mas (essas pessoas) não se dão conta de que chutar o pau da barraca faz a lona cair sobre todos nós, argumentou, 
O governador salientou que o RS vem encarando importantes reformas e fez a reforma tributária mais completa, reconhecida pelo próprio CLP. No entanto, não pode abrir mão de resultado financeiro na hora de discutir tributação sob risco de não conseguir garantir o cumprimento dos seus deveres com todas as áreas e regiões gaúchas. 
O presidente do Líde/RS, Eduardo Fernandez, defendeu a construção de uma cultura de governança e gestão de excelência para além da prestação de serviços de qualidade, essenciais à população. “Queremos ver o nosso Estado assumindo protagonismo, melhorando sua imagem em nível nacional e internacional”, afirmou. “Em todo e qualquer segmento, temos gestores capacitados, engajados na liderança das boas práticas, que, de fato, beneficiam a base econômica e a qualidade de vida da população”, disse, defendendo ainda um maior alinhamento entre gestores públicos e privados.
O head de Competitividade do CLP, José Henrique Nascimento, chamou atenção, ainda, para os desafios relacionados ao saneamento básico e ao empreendedorismo no Rio Grande do Sul. Segundo José, são “dois fatores motrizes de competitividade fundamentais para o desenvolvimento do estado” em que os gaúchos ainda têm espaço para melhorar.
 
O ranking do Centro de Liderança Pública analisa a capacidade competitiva dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal. São 69 indicadores divididos em dez pilares, como Sustentabilidade Ambiental, Capital Humano, Educação, Eficiência da Máquina Pública, Segurança Pública. O estudo serve tanto para balizar os gestores públicos de cada estado quanto na hora de investidores e fundos alocarem seu capital.
 
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