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Economia

- Publicada em 18 de Janeiro de 2021 às 03:00

Nova linha de crédito do BRDE vai atender demanda do setor cultural

Leany destacou a importância do segmento para a economia gaúcha

Leany destacou a importância do segmento para a economia gaúcha


/ITAMAR AGUIAR/PALÁCIO PIRATINI/JC
Adriana Lampert
Micro e pequenas empresas de economia criativa, com faturamento até R$ 4,8 milhões/ano e sede no Rio Grande do Sul, contam com uma nova linha especial de financiamento desde quinta-feira (14). O mecanismo ofertado pelo BRDE em parceria com o governo do Estado deve beneficiar empreendedores do setor cultural e negócios de criatividade, conhecimento e inovação.  A verba tem origem em fundings captados e recursos próprios do banco.
Micro e pequenas empresas de economia criativa, com faturamento até R$ 4,8 milhões/ano e sede no Rio Grande do Sul, contam com uma nova linha especial de financiamento desde quinta-feira (14). O mecanismo ofertado pelo BRDE em parceria com o governo do Estado deve beneficiar empreendedores do setor cultural e negócios de criatividade, conhecimento e inovação.  A verba tem origem em fundings captados e recursos próprios do banco.
Lançado em transmissão online realizada na sede do BRDE, o novo sistema de crédito integra o programa emergencial Recupera Sul da instituição e é voltado para o atendimento das demandas dos segmentos que estão sofrendo os impactos negativos da pandemia da Covid-19. Afetados pelo fechamento de bares e cancelamento de eventos e espetáculos, empresários dos segmentos de artes cênicas, audiovisual, publicidade, literatura, patrimônio, entre outras áreas do setor, que perderam a principal fonte de subsistência poderão optar por financiar capital de giro ou recursos para investimentos no período pós-pandemia (reforma das instalações, aquisição de equipamentos, ampliação da estrutura e inovação).
Financiamentos desta linha especial não necessitam de garantia real, sendo necessário apenas um Fundo Garantidor (FGI ou Fampe), no percentual de 80% do crédito, e aval dos sócios da empresa e cônjuges. Dentro desta esteira rápida, será cobrado o custo da taxa Selic somado a juros entre 4% a 6% ao ano. "Importante destacar que a liberação dos recursos será facilitada, mas sempre condicionada à análise de crédito", lembrou a presidente do banco, Leany Lemos. Segundo a gestora, a solicitação pode ser feita pela internet e a análise ocorre conforme a demanda específica.
O valor máximo por operação varia de R$ 50 mil (microcrédito) até R$ 200 mil (micro e pequenas empresas) e o prazo de pagamento é de 60 meses, já incluída a carência de até dois anos. No caso de solicitar o valor mínimo para esta linha, a empresa deve ter obtido um faturamento anual na ordem de R$ 250 mil. Leany pondera que empresas de outros portes enquadradas no setor podem solicitar financiamento de até R$ 1,5 milhão (neste caso, a avaliação ocorre de acordo com o processo das demais operações do BRDE).
A secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araújo, destaca que em outra frente, o governo gaúcho já efetuou repasses de R$ 26,6 milhões por meio de editais e R$ 1,6 milhão em renda básica, viabilizados pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, destinada aos profissionais do setor. "Além disso, em janeiro deste ano foram disponibilizados R$ 46,1 milhões aos artistas, em três editais por meio de parcerias com entidades culturais."
Entre abril e o final de 2020, o BRDE concretizou 223 operações de crédito no programa Recupera Sul, considerando somente os financiamentos até R$ 200 mil, chegando ao total de R$ 40 milhões. No âmbito da economia criativa foram já realizadas 60 operações de crédito no volume de R$ 7,6 milhões, com valor médio de R$ 127 mil. "Agora, para acessar o crédito da linha facilitada, os empreendedores de cultura receberão treinamento e orientações que ajudem no planejamento e na organização das empresas", informa Leany. 
"Continuaremos dialogando para construir novas soluções para a retomada de eventos e atividades culturais de forma a preservar vidas e a economia", afirmou o governador Eduardo Leite, ao observar que as empresas do setor estão entre as mais afetadas pela pandemia. Antes desta crise, os negócios da economia criativa respondiam por cerca de 130 mil empregos formais e eram representados por 48 mil microempreendedores individuais que atuam em segmentos como música, artes visuais, cultura popular e artesanato, entretenimento, eventos, turismo cultural, entre outros. "Considerando que a informalidade é muito grande neste setor, a economia criativa tem uma importância muito grande para o Estado, e emprega mais que indústria calçadista e automobilística. Era fundamental que o BRDE, que é um banco de desenvolvimento, entrasse com este incentivo", finaliza Leany.
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