O consórcio que ergueu a nova ponte do Guaíba, ligando Porto Alegre à Região Sul do Estado, demitiu até esta terça-feira (12) 300 trabalhadores que atuaram na construção. Responsável pela execução, o consórcio Nova Ponte do Guaíba informa que a rescisão dos contratos era prevista devido ao término da obra.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção Pesada no Estado do Rio Grande do Sul (Siticepot), a construtora Queiroz Galvão tem até 30 dias para pagar as rescisões e os direitos dos dispensados.
Cerca de 70% dos trabalhadores residem em estados do Nordeste e devem voltar para as cidades de origem. Dentre os cargos dispensados, estão principalmente pedreiros, carpinteiros e soldadores. De acordo com o presidente do sindicato, Isabelino dos Santos, ainda restam 72 funcionários contratados. As demissões começaram na quinta-feira (7).
"Se continuar alguém ali é só pessoal de manutenção e segurança, a exemplo do que fizeram no início do ano passado, quando houve problema de falta de pagamento da obra."
No final do ano passado, o Dnit ajuizou na Justiça Federal 59 processos dando a largada para a retomada do reassentamento.
Com previsão inicial de ser inaugurada em 2017, a nova ponte do Guaíba liga o eixo Norte e Sul da rodovia BR-116 e BR-290 e é uma segunda alternativa de travessia do Lago Guaíba entre a Capital e a Zona Sul do Estado.
O departamento diz que pretende concluir a obra até o final deste ano. O prazo depende, porém, da conclusão dos ramos de acesso sobre a BR-290 (freeway), serviço que está vinculado à remoção das famílias.