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Economia

- Publicada em 07 de Janeiro de 2021 às 21:19

Importação de energia da Argentina segue em alta

Conversora de energia Enel Cien está localizada em Garruchos

Conversora de energia Enel Cien está localizada em Garruchos


/Divulgação Enel Cien
Jefferson Klein
A transmissora e conversora de energia Enel Cien, situada na cidade gaúcha de Garruchos, tem operado constantemente na importação de eletricidade da Argentina para o Brasil desde meados de outubro do ano passado e a perspectiva é de que o cenário permaneça dessa maneira, pelo menos nas próximas semanas. A atividade tem sido viabilizada pela comercializadora do grupo Enel e atingiu, em novembro, o maior volume de energia movimentado pela conversora em um mês, desde sua inauguração em 2000, somando 1.161 GWh.
A transmissora e conversora de energia Enel Cien, situada na cidade gaúcha de Garruchos, tem operado constantemente na importação de eletricidade da Argentina para o Brasil desde meados de outubro do ano passado e a perspectiva é de que o cenário permaneça dessa maneira, pelo menos nas próximas semanas. A atividade tem sido viabilizada pela comercializadora do grupo Enel e atingiu, em novembro, o maior volume de energia movimentado pela conversora em um mês, desde sua inauguração em 2000, somando 1.161 GWh.
No total do ano de 2020, o volume líquido de energia vindo da Argentina pela unidade no Rio Grande do Sul foi de cerca de 2,3 mil GWh, contra apenas 45,29 GWh no ano anterior. A head de suporte a vendas da Enel Trading, Thays Martins Marchesano de Araújo Soares, lembra que somente em 2000 e 2001, quando o Brasil passou por um período de crise hídrica, os números foram maiores. A marca de 2,3 mil GWh corresponde a aproximadamente 15% da carga de toda a Região Sul do Brasil.
O diretor de gestão e comercialização de energia da Enel Trading, Javier Florencio Alonso Perez, complementa que a importação de energia deve continuar elevada pelo menos por mais três ou quatro semanas. Contudo, é difícil prever se o cenário irá durar por muito mais tempo, pois dependerá da incidência de chuvas ou não, principalmente, na região Sudeste brasileira, que apresenta importantes reservatórios hidrelétricos. Ele destaca que a importação é adotada para reestabelecer o equilíbrio energético de uma região. O uso de uma conversora é necessário porque o sistema elétrico argentino trabalha com uma frequência de 50 hertz e o brasileiro com 60 hertz.
No caso do Brasil, o diretor da Enel Trading recorda que o País teve um último inverno muito seco, o que fez com que os reservatórios hidrelétricos não alcançassem níveis muito altos. Em situações como essas, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no sistema interligado, permite a prática da aquisição de energia proveniente de outros países.
Uma condição que favorece à troca de energia entre Argentina e Brasil é o fato que na nação vizinha a maior demanda energética é verificada no inverno, com o gás natural sendo muito utilizado para o aquecimento de residências e estabelecimentos comerciais. Já os brasileiros registram seus picos de consumo no verão, com o maior uso de aparelhos de ar-condicionado.
 
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