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Economia

- Publicada em 29 de Dezembro de 2020 às 21:16

Construção das PCHs Chimarrão e Saltinho receberá aportes de R$ 190 milhões

Projetos serão instalados nos rios Turvo e Ituim, no Nordeste do Estado

Projetos serão instalados nos rios Turvo e Ituim, no Nordeste do Estado


/Chimarrão Energética/Divulgação/JC
Jefferson Klein
Aproveitando a vocação do Rio Grande do Sul para esse tipo de geração de energia, as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Chimarrão e Saltinho serão instaladas respectivamente nos rios Turvo e Ituim, no Nordeste do Estado. A primeira usina absorverá um investimento de cerca de R$ 60 milhões e ficará situada entre os municípios de Muitos Capões e André da Rocha. Já a segunda será entre Muitos Capões e Ipê e deverá receber um aporte de aproximadamente R$ 130 milhões.
Aproveitando a vocação do Rio Grande do Sul para esse tipo de geração de energia, as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Chimarrão e Saltinho serão instaladas respectivamente nos rios Turvo e Ituim, no Nordeste do Estado. A primeira usina absorverá um investimento de cerca de R$ 60 milhões e ficará situada entre os municípios de Muitos Capões e André da Rocha. Já a segunda será entre Muitos Capões e Ipê e deverá receber um aporte de aproximadamente R$ 130 milhões.
O projeto da PCH Chimarrão é o que está mais adiantado, inclusive a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recentemente autorizou a sua implantação e exploração. A potência instalada do complexo será de 11,5 MW (o que corresponde a aproximadamente 0,3% da demanda média de energia elétrica dos gaúchos). O sócio da Chimarrão Energética, Airton Jorge Pohl, informa que a ideia, preferencialmente, é comercializar a energia através de leilão - mecanismo promovido pelo governo federal em que vencem a disputa para fechar contratos de fornecimento para o Sistema Elétrico Interligado Nacional as iniciativas mais competitivas.
O empresário espera que seja possível participar de um certame dessa natureza ainda em 2021. Contudo, as obras da usina serão iniciadas independentemente de ter um contrato já firmado. Uma possibilidade para vender a eletricidade seria o mercado livre (formado por grandes consumidores, como indústrias e shoppings, que podem escolher de quem vão adquirir a energia).
O projeto tem licenciamento ambiental prévio e Pohl aguarda o de instalação, por parte da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), para iniciar as obras. A perspectiva é que a PCH Chimarrão entre em operação plena por volta de meados de 2023.
Enquanto a PCH Chimarrão está vinculada à Sociedade de Propósito Específico (SPE) Chimarrão Energética, a PCH Saltinho está ligada à SPE Saltinho Energética, companhias que possuem alguns investidores em comum. Ambos os empreendimentos para saírem do papel contam com a parceria da catarinense Estelar Engenharia, responsável pela gestão da implantação técnica das usinas e operações.
O diretor da Estelar Engenharia, Nelson Dornelas, detalha que o cronograma da PCH Saltinho tem em torno de um ano de diferença da PCH Chimarrão, sendo que a sua geração de energia é estimada para a metade de 2024. A unidade terá uma capacidade instalada de 27 MW de potência. No primeiro empreendimento, Dornelas calcula a geração de cerca de 100 empregos diretos nas obras e, na outra usina, em torno de 150 postos de trabalho.
O vice-presidente da Associação Gaúcha de Fomento às PCHs (AGPCH), Luiz Antonio Leão, concorda que está se visualizando um ambiente favorável para as PCHs em 2021. Entre as vantagens desse tipo de usina, de acordo com o dirigente, estão uma longa vida útil e um custo de operação menor que o de grandes complexos. O dirigente acrescenta que o Estado tem mais de 200 projetos entre PCHs e CGHs de (Centrais Geradoras Hidrelétricas) com potencial para serem desenvolvidos, sendo que cerca de 40 deles já têm processos ambientais tramitando na Fepam. As PCHs vão de 5 MW a 30 MW de potência e as CGH até 5 MW.
Leão reforça que o procedimento de liberações na Aneel e na Fepam tem ficado mais célere. Conforme o integrante da AGPCH, no Estado tem liberado, em média, duas licenças ambientais por mês para PCHs, mas o ideal seria aumentar esse número.
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