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Economia

- Publicada em 17 de Dezembro de 2020 às 14:42

Marcopolo deixa sociedade na Índia e vende participação à Tata Motors

Companhia gaúcha firmou contrato de licenciamento para uso da marca Marcopolo pela TMML

Companhia gaúcha firmou contrato de licenciamento para uso da marca Marcopolo pela TMML


MARCOPOLO/DIVULGAÇÃO/JC
Roberto Hunoff
A Marcopolo informou que está deixando a sociedade na indiana Tata Marcopolo Motors (TMML), com sede na Índia. A oficialização foi feita em fato relevante nesta quinta-feira (17) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à bolsa de valores (B3), por ser companhia de capital aberto.    
A Marcopolo informou que está deixando a sociedade na indiana Tata Marcopolo Motors (TMML), com sede na Índia. A oficialização foi feita em fato relevante nesta quinta-feira (17) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à bolsa de valores (B3), por ser companhia de capital aberto.    
Pela venda da participação de 49% no controle da empresa, a Marcopolo receberá da acionista remanescente, Tata Motors, US$ 13,5 milhões (quase R$ 70 milhões). A decisão foi tomada ao longo dessa quarta-feira (16) pelo Conselho de Administração e liberada à noite pela companhia gaúcha. 
De forma paralela, a empresa firmou contrato de licenciamento pelo período de três anos para a utilização da marca Marcopolo pela TMML, que, em contrapartida, pagará royalties sobre a receita dos produtos vendidos nos modelos atualmente fabricados na planta.
Segundo o comunicado, as empresas continuarão mantendo um canal aberto para colaboração em projetos futuros de tecnologia em carrocerias e para prestação de serviços de consultoria técnica.
A operação não está sujeita a aprovações regulatórias e deverá ser concluída nas próximas semanas, após a realização de procedimentos societários de ambas as partes. O pagamento será realizado após a finalização dessas formalizações.
A joint venture entre as duas empresas foi formalizada em 2006 para produção de ônibus. A ideia da empresa gaúcha era ampliar sua presença mundial. À época, em comunicado ao mercado, a Marcopolo informou sobre a constituição da sociedade, com objetivo principal de montagem e comercialização de ônibus rodoviários, urbanos, mini e micro-ônibus, visando atender ao mercado da Índia e o de exportação. O investimento foi de US$ 13,3 milhões.
Coube também à empresa gaúcha o aporte de tecnologia para a montagem das carrocerias, incluindo design, métodos, processos e a gestão industrial, enquanto a Tata forneceria os chassis e responderia pela comercialização dos ônibus completos. A receita projetada para o primeiro ano de operação era US$ 98 milhões, com estimativa de US$ 395 milhões no quinto ano.
Em 2020, até setembro, a unidade da Índia participou na receita da Marcopolo com 1.627 unidades, recuo de 63%. No relatório divulgado ao mercado, a Marcopolo cita que a coligada indiana seguia com dificuldades associadas à pandemia, com o crescimento do número de casos da doença no país, afetando volumes e rentabilidade.
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