A melhoria da competitividade gaúcha será um tema prioritário em 2021 para o Grupo de Líderes Empresariais do Rio Grande do Sul (Lide-RS), entidade que reúne cerca de 200 empresas de grande porte no Estado. A pauta, que já era debatida com o Poder Executivo e virou bandeira de gestão do presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo, será levada agora aos novos prefeitos que estão assumindo nas principais cidades do Rio Grande do Sul
Segundo o presidente do Lide-RS, Eduardo Fernandez, a melhoria da competitividade e a criação de um ambiente saudável para investimentos e negócios no Rio Grande do Sul serão temas prioritários nos diálogos da entidade com o poder público. O dirigente destacou que a primeira atividade do grupo em 2021, na segunda quinzena de janeiro, será o seminário de competitividade Ranking RS, em conjunto com a Assembleia Legislativa.
Fernandez declarou que os empresários estão muito otimistas em relação ao crescimento econômico em 2021, com a recuperação das atividades após os piores efeitos da pandemia de Covid-19. Segundo o dirigente, a entidade acredita que a economia nacional deva crescer 3,5% no próximo ano, enquanto o Estado deve ter aumento de 4,3% no Produto Interno Bruto (PIB).
“Estamos confiantes para uma retomada sustentável. Muito dinheiro foi injetado na economia, o país conta com juros baixos e o governo segue comprometido com uma agenda de reformas e de teto de gastos”, afirmou o presidente do Lide-RS. No entanto, Fernandez reconheceu que os projetos de privatizações e parcerias público-privadas (PPPs) do governo federal não tiveram muito andamento. “Esperamos que esses planos sejam retomados no próximo ano”, disse.
No Rio Grande do Sul, de acordo com Fernandez, apesar das dificuldades criadas pela pandemia de Covid-19, houve avanços importantes para as melhorias do ambiente de negócios em 2020, com o avanço de pautas como a reforma da previdência estadual, o novo código ambiental gaúcho e o comprometimento do governo de Eduardo Leite com as PPPs e as privatizações, como no caso da CEEE.
Em relação à pandemia, o presidente do Lide-RS afirmou que o setor privado não tem como suportar novos fechamentos de atividades, mesmo que haja um agravamento das condições. “Não podemos ter novos retrocessos. Isso causaria muitos danos, e haveria negócios que teriam que fechar definitivamente com novos fechamentos. Vamos respeitar todos os protocolos, mas não podemos fechar”, destacou.