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Economia

- Publicada em 04 de Janeiro de 2021 às 03:00

Monitoramento de frotas garante a venda de rastreadores na pandemia

Ituran Brasil teve em 2020 seu melhor ano no mercado corporativo

Ituran Brasil teve em 2020 seu melhor ano no mercado corporativo


/Divulgação/Ituran Brasil
João Pedro Rodrigues
O mercado de rastreamento de veículos se manteve em alta no País em 2020. Apesar da diminuição no fluxo de carros particulares nas ruas em razão do isolamento social imposto para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, o setor garantiu o bom desempenho no ano devido à permanência das operações no segmento de frotas, que inclui o transporte de cargas e a locação de carros. É isto o que afirma Roberto Posternak, diretor da Ituran Brasil, multinacional israelense que atua na área de proteção e seguro contra roubo e furto de veículos.
O mercado de rastreamento de veículos se manteve em alta no País em 2020. Apesar da diminuição no fluxo de carros particulares nas ruas em razão do isolamento social imposto para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, o setor garantiu o bom desempenho no ano devido à permanência das operações no segmento de frotas, que inclui o transporte de cargas e a locação de carros. É isto o que afirma Roberto Posternak, diretor da Ituran Brasil, multinacional israelense que atua na área de proteção e seguro contra roubo e furto de veículos.
De acordo com ele, em 2020, a empresa teve seu melhor ano no mercado corporativo, porque grande parte das empresas manteve a circulação de suas frotas e necessitou fazer seu monitoramento. Além disso, o mercado de locadoras de carros registrou um crescimento no período. Segundo Posternak, de 2019 para cá, o número de montadoras que vendem veículos para locadoras cresceu em função do aumento da demanda. "Muitas pessoas estão fazendo o uso do carro, mas não estão tendo posse dele", avalia.
Outro fator que também colaborou com o desempenho da empresa e do setor foi a diminuição do poder aquisitivo dos clientes. No início da pandemia, houve uma grande procura por cancelamentos dos serviços da companhia, mas, o que seria um problema, acabou revertendo em bons negócios. O executivo explica que a alternativa, então, foi propor a redução do plano oferecido, que disponibiliza um combo de rastreamento com seguro em parceria com as seguradoras HDI, Tókio Marine, Mapfre e Liberty. Dessa forma, os clientes poderiam passar para um serviço de rastreador puro, que é mais barato.
"Em todas as crises que enfrentamos no País, as nossas vendas subiram muito, porque as pessoas se veem em um momento em que não têm dinheiro para pagar seguros tradicionais", explica Posternak. "Elas começam a fazer o downgrade (redução), diminuindo o número de serviços, mas não abrem mão de ter determinado produto. A preocupação maior é a proteção do veículo contra roubo e furto. Quanto ao resto, as pessoas vão procurar dirigir com mais cuidado", completa.
Apesar disso, no período de março a junho de 2020, a Ituran Brasil registrou uma queda de até 70% nas suas vendas. Foi só a partir de julho que a situação começou a melhorar e, agora, a empresa já apresenta o mesmo patamar de antes da pandemia.
Atuando nos mercados de varejo, seguradoras e frotas, a companhia possui alto índice de recuperação de veículos. As médias giram em torno de 90% para carros particulares, 85% para frotas e 70% para seguradoras, que registram muitos casos de fraudes.
"O fator fraude, para quem tem seguro, é muito forte. Se a pessoa está com um veículo mais velho, que é o nosso mercado, a quantidade de fraudes se acentua cada vez mais, porque são carros mais difíceis de vender", explica o diretor da Ituran. Neste caso, a pessoa compra um seguro e desaparece com o veículo para garantir o valor. Em razão disso, o índice cai.
A pandemia criou um fenômeno curioso no mercado de carros e, consequentemente, no comportamento dos criminosos. Dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) apontam que as vendas de veículos seminovos e usados avançaram 10,5% em setembro de 2020 na comparação com o mês anterior (1,397 milhão de unidades), e cresceram 12,2% em relação ao mesmo mês de 2019. Em outubro de 2020, a alta foi de 5% na comparação com setembro do mesmo ano, mas o percentual foi maior em relação a outubro de 2019, com acréscimo de 9%. Isto gera uma expectativa de aumento nos casos de roubo e fraude em 2021.
No final de novembro de 2020, a companhia anunciou um investimento de mais de R$ 500 mil em ações de marketing para a região Sul, com foco no Paraná e Rio Grande do Sul. De acordo com  Posternak, o interesse da empresa na região e, mais especificamente, no Estado se deve ao seu polo logístico e aos elevados índices de roubo e furto em municípios gaúchos.
Além disso, a alta nos preços dos seguros também são motivo de interesse na região. "Precisamos entrar em mercados onde o nosso ticket médio seja pelo menos 35% mais barato do que o do seguro completo, e os preços no Rio Grande do Sul subiram bastante nos últimos tempos", afirma. A companhia, que possui um valor de mercado em torno de US$ 440 milhões, prevê o investimento de mais de R$ 1,5 milhão na região Sul até o final de 2021, e a expectativa é faturar cerca de R$ 8 milhões.
 
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