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Indústria

- Publicada em 10 de Dezembro de 2020 às 21:18

Operações no polo químico gaúcho começam em 2021

Localizado no município de Montenegro, complexo irá ocupar uma área de 700 hectares

Localizado no município de Montenegro, complexo irá ocupar uma área de 700 hectares


/polo de quimica/divulgação/jc
O chamado Polo Integrado da Química RS, que está sendo desenvolvido em uma área de quase 700 hectares no município de Montenegro, na divisa com Triunfo, já verifica empresas encaminhando a implementação de suas fábricas no local. Uma delas, a Sulboro, que atua no segmento de fertilizantes à base de boro, espera iniciar as atividades em sua nova sede dentro do complexo até o final do próximo ano. A notícia é recebida com entusiasmo entre os envolvidos com o polo químico, pois havia o receio de que os impactos da pandemia do coronavírus pudessem adiar para 2022 as operações no espaço.
O chamado Polo Integrado da Química RS, que está sendo desenvolvido em uma área de quase 700 hectares no município de Montenegro, na divisa com Triunfo, já verifica empresas encaminhando a implementação de suas fábricas no local. Uma delas, a Sulboro, que atua no segmento de fertilizantes à base de boro, espera iniciar as atividades em sua nova sede dentro do complexo até o final do próximo ano. A notícia é recebida com entusiasmo entre os envolvidos com o polo químico, pois havia o receio de que os impactos da pandemia do coronavírus pudessem adiar para 2022 as operações no espaço.
No caso específico da Sulboro, a companhia, hoje instalada em Canoas, percebeu que necessitava expandir sua capacidade produtiva. "E nessas horas o empresário precisa procurar boas condições para fazer a instalação e desenvolver seu potencial", comenta o diretor da empresa, Fabio Barp. Em uma primeira etapa, o investimento na implantação da unidade do grupo no polo químico será de cerca de R$ 8 milhões, mas existe a possibilidade de que outras ampliações da planta ocorram mais adiante. O executivo informa que a questão logística, com a proximidade do terminal hidroviário Santa Clara, foi um fator fundamental na escolha.
Além da Sulboro, o grupo Hipermix iniciou recentemente a terraplenagem de sete hectares no polo para a construção de uma fábrica de cimento e argamassa. O presidente do Sindicato das Indústrias Químicas do Rio Grande do Sul (Sindiquim), Newton Battastini, projeta que o complexo possa atrair para a região investimentos superiores ao patamar de R$ 200 milhões. Na tarde dessa quinta-feira (10), a iniciativa foi apresentada por lideranças empresariais e políticas a potenciais investidores, através de uma live realizada no YouTube.
Na ocasião, Battastini recordou que a ideia nasceu no início de 2017 pela necessidade de se ter um local para as empresas químicas poderem se instalar com segurança e infraestrutura, aproveitando a sinergia de ter prestadores de serviço próximos e uma logística adequada (o polo encontra-se perto dos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário). Ou seja, o empreendimento trabalha com o conceito de cluster (agrupamento de companhias inter-relacionadas em uma área em comum).
"É a oportunidade de reunir toda a cadeia da indústria química agregando competitividade", destacou durante a live o governador Eduardo Leite. Um dos incentivos que o governo gaúcho propõe para as empresas virem para o polo é cobrar valores módicos pelos terrenos (que são de sua propriedade), ficando em até 10% do preço normal de mercado.
Leite ainda enfatizou a relevância da indústria química para o Rio Grande do Sul e seu potencial de crescimento. O setor no Estado verifica um faturamento anual de mais de R$ 67 bilhões e propicia cerca de 18 mil empregos diretos. Também participante do evento, o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Ciro Marino, acrescentou que a localização do polo químico também é estratégica quanto às oportunidades futuras de fornecimento de um insumo muito importante para esse segmento: o gás natural. Além de projetos quanto à gaseificação de carvão mineral que estão sendo conduzidos no Estado, ele ressalta que existe a possibilidade do Rio Grande do Sul ser abastecido, nos próximos anos, com gás da gigantesca jazida de Vaca Muerta, situada nas províncias argentinas de Neuquén e Mendoza.