A Eletrobras e a Omega Geração finalizaram a alienação de parques eólicos da estatal localizados em Santa Vitória do Palmar e no Chuí. Conforme fatos relevantes publicados por ambas as empresas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o preço total da aquisição dos empreendimentos (em valores atualizados) pago pelo grupo privado foi de cerca de R$ 618,1 milhões.
Ao final de julho, as companhias já tinham comunicado ao mercado que estavam encaminhando a conclusão do negócio e na ocasião também foi informado que a transação envolvia que a Omega assumisse uma dívida pela participação nos empreendimentos, conforme a assessoria de imprensa dessa empresa, na ordem de R$ 837,4 milhões (considerando o balanço de junho de 2020). Os parques eólicos faziam parte de um conjunto de participações em Sociedades de Propósito Específico (SPEs) que a Eletrobras pretendia se desfazer.
Os complexos gaúchos foram agrupados em lotes para serem repassados. Na Santa Vitória do Palmar Holding, a Eletrobras detinha 78% de participação. Para comprar esse empreendimento, a Omega teve que pagar em torno de R$ 472,4 milhões. Compõe o ativo 16 parques eólicos, com 201 aerogeradores, que somam 402 MW de potência instalada (em torno de 10% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul). O início da operação da usina aconteceu em abril de 2015.
Já o segundo lote, composto por Eólica Hermenegildo 1, 2 e 3 e Eólica Chuí 9, soma 180,8 MW. Esse conjunto de usinas teve um preço de aproximadamente R$ 145,7 milhões. São 12 parques eólicos, que contam com 101 aerogeradores, tendo a geração também começado em 2015.