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Distanciamento controlado

- Publicada em 30 de Novembro de 2020 às 18:37

Leite limita horário de bares, restaurantes e comércio para frear pandemia

Leite fez apelo para que as pessoas colaborem por duas semanas para frear novos casos de Covid-19

Leite fez apelo para que as pessoas colaborem por duas semanas para frear novos casos de Covid-19


YOUTUBE/REPRODUÇÃO/JC
Depois de meses de flexibilização em atividades econômicas, o Rio Grande do Sul voltará a ter restrições para o funcionamento de setores do comércio e serviços. Em live realizada no final da tarde desta segunda-feira (30), o governador Eduardo Leite anunciou que lojas, restaurantes e bares terão limite de horário para permanecerem abertos.
Depois de meses de flexibilização em atividades econômicas, o Rio Grande do Sul voltará a ter restrições para o funcionamento de setores do comércio e serviços. Em live realizada no final da tarde desta segunda-feira (30), o governador Eduardo Leite anunciou que lojas, restaurantes e bares terão limite de horário para permanecerem abertos.
Até o final da primeira quinzena de dezembro, o comércio pode trabalhar todos os dias, mas somente até às 20h. Já bares e restaurantes devem fechar as portas às 22h e os serviços de tele-entrega (delivery) e pague e leve (take-away) poderão atender somente até às 23h.
As medidas valem para as cidades que estão em bandeira vermelha estão em bandeira vermelha a partir desta terça-feira (1), quando novo ciclo do mapa do distanciamento controlado entra em vigor. Dezenove das 21 regiões da Covid-19 passam a ser de alto risco. Porto Alegre também foi classificada na bandeira vermelha. Somente Guaíba e Cachoeira do Sul seguem ficaram com a bandeira laranja.
Por conta deste cenário, o governo acertou com a Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e com os representantes das 27 associações regionais a suspensão da cogestão com as prefeituras (que desde agosto possibilitava a flexibilização dos dispositivos das bandeiras) pelas próximas três semanas.
“Enquanto víamos a redução dos casos (de infectados pelo novo coronavírus), era possível que cada cidade (administrasse de acordo com a realidade local), mas agora entendemos que é preciso ter uma unidade e adotar os mesmos protocolos para todas as regiões em bandeira vermelha”, justificou Leite.
As medidas, incluindo as restrições, foram acertadas em reunião na tarde desta segunda como presidente da federação, Maneco Hassen. Além de restringir a operação de serviços de alimentação e varejo, o governo decretou que estão proibidas festas casamento, aniversários, formaturas e eventos de confraternização de final de ano, sejam públicas ou privadas, inclusive em condomínios.
Também devem ser fechadas as áreas de uso comum em prédios e clubes, a exemplo de academias, salões de festas, piscinas, quadras esportivas e outras do gênero. Academias seguem com autorização para funcionar, desde que mantendo distanciamento e seguindo os protocolos de segurança.
O conjunto das ações busca frear o ritmo de crescimento de novos casos de contaminação por Covid-19 e a pressão por internações em leitos de UTIs. "As restrições são válidas por pelo menos duas semanas, para ajudar a quebrar o ciclo de contágio", destacou Leite, emendando que a ideia é diminuir as restrições no período de Natal.
“Estamos pedindo para a população reduzir os contatos entre as pessoas e iremos fiscalizar, com a ajuda da Brigada Militar, que estará disponível para realizar uma força-tarefa junto às prefeituras.” O governador também citou o telefone para denúncias de aglomerações (150), que pode ser utilizado por qualquer pessoa, no caso de constatação de negligência das regras.
Teatros, cinemas e casas de shows estão proibidos de funcionarem. Em casos de eventos em locais abertos, como o espetáculo natalino previsto para a cidade de Gramado, onde há controle de público, a restrição fica por conta do comportamento do público.
“Não pode haver alimentação, é preciso manter distanciamento entre as pessoas, e todos devem permanecer o tempo todo de máscara.” No caso de bares e restaurantes, além do distanciamento de mesas e grupos limitados em até seis pessoas sentadas, deverá ser observado o volume da música.
“Não pode ter gente em pé na rua, nem música ao vivo ou música ambiente que prejudique a comunicação”, destacou Leite. “Por estarem sem máscara, as pessoas têm maior possiblidade de propagação das gotículas de saliva caso precisem falar mais alto umas com as outras”, explicou.

Praias serão novamente interditadas

 Não será possível banhar-se no mar ou aglomerar em grupos nenhum destes locais

Não será possível banhar-se no mar ou aglomerar em grupos nenhum destes locais


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC
O fluxo de pessoas em parques e praças deve se limitar a caminhadas e exercícios. O mesmo vale para a orla de praias. No entanto, não será possível banhar-se no mar ou aglomerar em grupos nenhum destes locais.
“Depois de oito meses de pandemia, com as pessoas cansadas das restrições, a chegada do final do ano e do verão que se avizinha, e a perspectiva da vacina, as pessoas relaxaram nos cuidados”, destacou Leite.
“Mas não há perspectiva de imunização para todos antes do segundo semestre do ano que vem”, alertou, ao justificar novas medidas de contenção do contágio do novo coronavírus no Estado. 
Ao destacar que mesmo as festas em famílias não são recomendadas neste momento, o governador anunciou a ampliação de leitos de UTIs em todas as 19 regiões classificadas com bandeira vermelha na 30ª rodada do distanciamento controlado.
Leite destacou a compra de monitores cardíacos, respiradores e camas para pacientes de Covid-19 em todos municípios. Ele ressaltou que “todo o esforço do governo é de garantir estrutura, mas há limitação das equipes por conta da pressão e do crescimento da ocupação nos hospitais.”
O governador ainda pediu que as famílias evitem reuniões com mais de dez integrantes. “Entendemos que o contágio vem de festas e aglomerações, porque quando as pessoas bebem e comem tiram as máscaras e acabam mais expostas à propagação do vírus.”

Dirigentes de entidades comerciais apoiam medidas

O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), Henry Chmelnitsky, avalia que as medidas se antecipam a um eventual de fechamento das atividades. “Melhor isto do que fecharmos. Teremos que conviver com isto por muito tempo. A população precisa se conscientizar”, reforça o dirigente.
Diante do recuo das flexibilizações, o presidente da Famurs declarou apoio e reforço a ações com a Brigada Militar para evitar aglomerações. “O momento nos exige unidade, por isso concordamos, por unanimidade, com as propostas apresentadas pelo governador”, esclareceu Maneco.
As medidas não vão atingir as aulas presenciais, disse Leite, desde que se mantenham de forma híbrida e seguindo as regras de distanciamento, higiene e segurança. As atividades chegaram a ter restrição em localidades com bandeira vermelha, mas a proibição foi removida na semana passada quando a bandeira de alto risco voltou a povoar o mapa estadual.