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Economia

- Publicada em 29 de Novembro de 2020 às 22:31

Térmica de Uruguaiana será ativada em dezembro

Autoridades realizam uma solenidade de reinauguração na sexta-feira passada

Autoridades realizam uma solenidade de reinauguração na sexta-feira passada


EVANDRO KONDACH/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
Primeira usina a funcionar com gás natural no Brasil, com a operação iniciada em 2000, a termelétrica de Uruguaiana teve na sexta-feira uma solenidade de "reinauguração". O empreendimento, anteriormente pertencente ao Grupo AES, foi comprado em setembro pela argentina Saesa e deve ser ativado para operar na primeira quinzena de dezembro.
Primeira usina a funcionar com gás natural no Brasil, com a operação iniciada em 2000, a termelétrica de Uruguaiana teve na sexta-feira uma solenidade de "reinauguração". O empreendimento, anteriormente pertencente ao Grupo AES, foi comprado em setembro pela argentina Saesa e deve ser ativado para operar na primeira quinzena de dezembro.
A unidade interrompeu sua geração de energia em 2009, devido ao corte do fornecimento de gás natural proveniente da Argentina, que enfrentava na ocasião problemas quanto à oferta desse combustível. A planta chegou a retomar a produção, por momento intercalados, entre 2013 e 2015, em caráter emergencial. Entre os participantes da cerimônia dessa sexta-feira, estavam o secretário estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior, e o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Retomada da Produção de Gás pela Termo Uruguaiana, deputado estadual Frederico Antunes (PP).
Lemos detalha que a térmica está no momento passando por testes para garantir que a estrutura esteja adequada para a operação. O dirigente ressalta que a Saesa, por ser uma empresa argentina, tem melhores condições de negociar o abastecimento de gás oriundo do país vizinho. Conforme o secretário, recentemente o governo da Argentina divulgou seu planejamento para a área de gás e destacou que estava na pauta a exportação do insumo, ou seja, a escassez do combustível não aparenta ser mais uma dificuldade.
Apesar de ter condições técnicas para enviar energia tanto para o Brasil como para a Argentina, a perspectiva é que o mercado brasileiro seja a prioridade da usina. Lemos reforça que a termelétrica concede uma maior segurança para o sistema elétrico nacional, em particular para o Estado, por ser uma geração que não oscila com as condições climáticas (como é o caso da solar, eólica e hídrica). "O Rio Grande do Sul tem 80% da sua energia como renovável, mas a gente tem que saber que a térmica é necessária porque, quando a renovável não der o suporte, é preciso ter eletricidade para evitar um colapso", argumenta.
Já o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Retomada da Produção de Gás pela Termo Uruguaiana informa que a usina voltará a operar com uma capacidade de 250 MW (o que corresponde a cerca de 7% da demanda média de eletricidade do Rio Grande do Sul). Quando começou suas atividades, há duas décadas, o complexo tinha potência instalada de 639,9 MW.
Antunes frisa que a retomada da termelétrica marca uma vitória para o Estado que chegou a correr o risco de perder o empreendimento. "A ideia era desmontar a usina (quando estava sob o controle do grupo AES) e mandar os equipamentos para outro local", recorda. O deputado acrescenta que o contrato inicial de gás para alimentar a planta tem duração até maio, entretanto já está sendo analisada uma sequência de novos acertos de fornecimento do combustível.
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