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Economia

- Publicada em 19 de Novembro de 2020 às 18:55

Stemac quita dívida trabalhista da recuperação judicial até maio de 2021

Sede administrativa da empresa fica na Zona Norte de Porto Alegre, e fábrica, em Goiás

Sede administrativa da empresa fica na Zona Norte de Porto Alegre, e fábrica, em Goiás


GOOGLE/REPRODUÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Em recuperação judicial (RJ) desde 2018, a gaúcha Stemac, que fabrica grupos de geradores, adiou o prazo de quitação completa da dívida trabalhista. Em vez de dezembro deste ano, a conclusão deve ocorrer até maio de 2021, segundo o vice-presidente executivo, Valdo Marques Júnior. Os valores começaram a ser pagos em junho deste ano.
Em recuperação judicial (RJ) desde 2018, a gaúcha Stemac, que fabrica grupos de geradores, adiou o prazo de quitação completa da dívida trabalhista. Em vez de dezembro deste ano, a conclusão deve ocorrer até maio de 2021, segundo o vice-presidente executivo, Valdo Marques Júnior. Os valores começaram a ser pagos em junho deste ano.
A prorrogação foi autorizada pela Justiça, a pedido da empresa, com sede em Porto Alegre e com unidade industrial em Goiás, após revisão de desempenho financeiro do negócio em função da pandemia, esclarece Marques.
O passivo total é de R$ 14 milhões. Até outubro, foram pagos R$ 4,7 milhões, ou 34% da dívida, faltando R$ 9,3 milhões, esclareceu o vice-presidente. O executivo explica que o fluxo de quitação é de R$ 1,5 milhão mensais. A empresa tem 12 meses para honrar os débitos com trabalhadores, seguindo o acordo da RJ firmado em 2019.
O valor total pode aumentar à medida que novas ações que tramitam na Justiça, com ingresso anterior à recuperação judicial, são concluídas e os débitos são lançados para pagamento. Marques afirma que a companhia está fazendo provisionamentos para dar conta dos valores.
"Não há nenhuma verba em atraso. Estamos estritamente em dia e antecipando ", reforça o executivo. Neste fluxo, cada credor trabalhista recebe um percentual mensal, explica Marques.
No começo do ano, a Stemac revisou planos de negócios e geração de receitas, já prevendo impactos da pandemia, o que levou ao pedido para adiar o começo da quitação trabalhistas, que tem prioridade nos pagamentos.
Pelo prazo anterior, a quitação deveria ter começado em janeiro. Já débitos abaixo de R$ 10 mil já foram saldados, além de compromissos com micro e pequenas empresas.
O valor da recuperação judicial ajustado, em 2018, era de R$ 408 milhões. Após deságio e capitalização de juros, a cifra passou a R$ 223 milhões. De janeiro a outubro, foram pagos R$ 34 milhões, reduzindo o saldo total a R$ 189 milhões.
A maior parte dos débitos é com os chamados credores com garantia real e quirografários (sem garantia real), que aparecem após os trabalhistas a ordem de pagamentos da RJ. Nestes dois blocos, estão instituições financeiras, que concentram o maior crédito.
As quitações seguem as carências negociadas para cada um no plano. A dívida total, incluindo a que foi alcançada pela RJ, era de R$ 740 milhões. Débitos com tributos não são incluídos na recuperação e somavam R$ 50 milhões, que já estão sendo pagos. 
A expectativa é concluir em 2022 as últimas negociações com credores, que não estavam na lista da recuperação, e reduzir o passivo a R$ 200 milhões. Para isso, a companhia usará receita da venda de ativos não operacionais e da geração de caixa. O plano de recuperação aprovado, prevê, em média, quatro anos de carência e dez de amortização dos débitos. 
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Unidade industrial fica em Itumbiara, com mais de 65 mil metros quadrados, concentra montagem
Marques não entra em detalhes de números do desempenho da empresa, que tem cerca de 700 empregados, a maior pare na Capital gaúcha, mas diz que espera "leve crescimento" em relação a 2019. Segundo o vice-presidente executivo, as metas revisadas no começo do ano foram alcançadas até setembro e "outubro foi muito acima" do traçado.
"Novembro acompanha outubro em demanda. A economia começa a rodar, em áreas como a construção civil e até com estabilidade na política. O que esperávamos para o ano que vem, estamos tendo agora", indica Marques, comemorando a antecipação.
A Stemac não registra problemas nos contratos de fornecimento de insumos, como componentes eletroeletrônicos, que alguns ramos enfrentam devido à retomada mais rápida da atividade no pós-pandemia.
A indústria já teve mais de 2,1 mil empregados, mas passou por reestruturação de custos e tamanho com a RJ. Em 2015, a marca tinha 2,1 mil trabalhadores. O complexo de fabricação fica em Itumbiara, em Goiás, com mais de 65 mil metros quadrados, e quase 300 empregados.
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