Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 22 de Novembro de 2020 às 20:58

Assintecal quer ampliar mercados

Berwanger comenta que é fundamental para o setor buscar diferenciações nos seus produtos

Berwanger comenta que é fundamental para o setor buscar diferenciações nos seus produtos


ASSINTECAL/DIVULGAÇÃO/JC
Patricia Knebel
Sustentabilidade, internacionalização e as oportunidades geradas pela feira Inspiramais serão o tripé estratégico que deverá puxar a retomada nacional e internacional do setor de componentes para couro, calçados e artefatos no Brasil.
Sustentabilidade, internacionalização e as oportunidades geradas pela feira Inspiramais serão o tripé estratégico que deverá puxar a retomada nacional e internacional do setor de componentes para couro, calçados e artefatos no Brasil.
A aposta é do empresário Gerson Luis Berwanger, que assumiu recentemente a presidência da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) para o período 2021-2022. "Apesar da pandemia, devemos fechar o ano com 30% de aumento no faturamento do setor em relação a 2019. Não perdemos o ano graças à retomada que começou a acontecer a partir de agosto", relembra.
Porém, uma questão segue preocupando: a falta de matéria-prima, como fios para produção de tecidos e PVC. Isso fez com que os custos aumentassem entre 20% a 25% em todas as matérias-primas. "Só a espuma subiu 60%, enquanto o PVC teve um incremento de 20% em função do dólar e do efeito da lei da oferta e procura", analisa o gestor, que é presidente da Bertex Produtos para Moda e atuou como vice-presidente executivo da Assintecal na última gestão.
Uma forma de driblar essa questão do custo, destaca, é ajudando as empresas do setor a se posicionarem no mercado com produtos de qualidade, e não necessariamente de preços mais baixos. "A palavra chave hoje em dia é sustentabilidade. Se você desenvolve um sapato com componentes biodegradáveis, sem metais pesados, isso já abre uma oportunidade de mercado. É o que os americanos e europeus estão fazendo. Aí, a briga não é mais por preço", analisa Berwanger.
Um maior espaço para a exportação dos produtos brasileiros é um dos reflexos esperados com esse novo posicionamento. Em 2019, 390 empresas participaram do By Brasil Components, Machinery and Chemicals - programa de incentivo às exportações, realizado entre Assintecal e Apex-Brasil.
Foram comercializados 180 tipos de materiais para países como China, Argentina, Colômbia, México, Paraguai, Peru, Alemanha e Índia, gerando mais de US$ 300 milhões. "Hoje, exportamos mais para as Américas, mas pretendemos ampliar o alcance", afirma.
Neste sentido, outro projeto que está abrindo as portas do mercado internacional é a Inspiramais, feira que a cada semestre promove o lançamento de materiais desenvolvidos para os segmentos de calçados, confecção, móveis e bijuterias. Em 2020, o que parecia que seria um problema, acabou se refletindo em novas oportunidades. A edição deste ano foi totalmente virtual e permitiu aos players do setor a aproximação com outros países. "Chegamos a lugares que nunca tínhamos atingido antes, como China, Hong Kong, Vietnã, Europa e Estados Unidos. Marcas famosas, como a Zara, participaram do Inspiramais", destaca. Antes, os participantes eram da América do Sul e México.
A expectativa é ter outra edição no final de janeiro de 2021. "Realizamos a primeira feira virtual do cluster calçadista do mundo e queremos continuar apostando nisso, mas com um modelo híbrido, mesclando o presencial para alguns clientes mais próximos", projeta Berwanger.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO