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Economia

- Publicada em 18 de Novembro de 2020 às 15:39

Setor de eventos teme novo fechamento de espaços culturais no RS

Alterações recentes de bandeiras no mapa de Distanciamento Controlado fragilizam certeza nas programações

Alterações recentes de bandeiras no mapa de Distanciamento Controlado fragilizam certeza nas programações


EMMANUEL DENAUI/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
Após seis meses parado, o setor de eventos, que retomou as atividades em setembro, corre o risco de estagnar novamente no Rio Grande do Sul. As recentes alterações de bandeiras no Mapa de Distanciamento Controlado - que colocaram sete regiões do Estado na classificação de alto risco de disseminação do coronavírus a partir desta terça-feira (17) - fragiliza a certeza nas programações agendadas para dezembro e preocupa empresários da área de shows e encontros corporativos. "Se Porto Alegre voltar a ter bandeira vermelha nas próximas semanas, como chegou a ser divulgado na prévia desta última rodada do Mapa, teremos que cancelar tudo", comenta a diretora da Capacitá Eventos, Eliana Azeredo. 
Após seis meses parado, o setor de eventos, que retomou as atividades em setembro, corre o risco de estagnar novamente no Rio Grande do Sul. As recentes alterações de bandeiras no Mapa de Distanciamento Controlado - que colocaram sete regiões do Estado na classificação de alto risco de disseminação do coronavírus a partir desta terça-feira (17) - fragiliza a certeza nas programações agendadas para dezembro e preocupa empresários da área de shows e encontros corporativos. "Se Porto Alegre voltar a ter bandeira vermelha nas próximas semanas, como chegou a ser divulgado na prévia desta última rodada do Mapa, teremos que cancelar tudo", comenta a diretora da Capacitá Eventos, Eliana Azeredo. 
Integrante do Grupo Live Marketing RS, que agrega mais de 350 empresas associadas, Eliana afirma que a "batalha" do setor tem sido árdua junto ao governo, para pensar nos protocolos que possibilitem o trabalho. "Mas a classificação de alto risco não permite nem isso", destaca. "Nossa empresa tem marcado o primeiro evento presencial para 7 de dezembro, onde devem participar 200 pessoas. Ontem colocamos os convites na rua, mas agora o cliente está em pânico, porque se tivermos que cancelar, todas as despesas já estão correndo." Ela se refere ao fato de a Capital ter sido previamente classificada com a bandeira vermelha (mas após pedido de reconsideração da prefeitura, voltou novamente à laranja), o que sinaliza a possibilidade de isso ocorrer mais adiante.
"Seria um desastre para o mercado, se isso acontecer vai derrubar o setor, justamente agora que as pequenas empresas estão conseguindo respirar", emenda Eliana. Segundo ela, têm sido "raros" os clientes que estão confirmando eventos. "Estamos perdendo negócios, porque eles não querem arriscar, é desanimador."
Pelo menos até a próxima semana, Porto Alegre, Guaíba, Passo Fundo e Caxias do Sul seguem com a classificação de risco epidemiológico médio, a exemplo de outras 10 regiões em bandeira laranja. Com 30% de ingressos vendidos dentro da capacidade permitida (de 1,2 mil lugares), o show do músico Nando Reis, agendado para o próximo dia 28 de dezembro, está na lista de eventos que podem vir a ser adiados. "Por enquanto, a prefeitura nos garante que podemos tocar normalmente", pondera o sócio-diretor da Opinão Produtora, Rodrigo Machado. "Mas é um risco que se corre."
Machado ressalta que "a princípio" se preocupou, mas foi orientado pelo poder Executivo da Capital de que não há motivo para isso. "As pessoas querem sair de casa. Penso que quando a prefeitura libera é porque considera viável, além disso os protocolos garantem a segurança de todos." Ainda que empenhado em continuar trabalhando, o sócio da Opinião Produtora releva que tudo está sendo feito conforme as liberações da prefeitura. "Neste debate com o governo do Estado, a gente não se envolve."
Com quatro eventos programados para os próximos 30 dias, o diretor da Duoetto, Roberto Rimoli, desabafa que o setor está "à mercê do espírito dos governantes". "Nos sentimos como uma folha ao vento: não podemos operar se a bandeira voltar a ficar vermelha, mas também não podemos ficar parados", diz.
De acordo com o empresário, enquanto for possível trabalhar, o protocolo segue com uso de máscara, álcool gel, venda de ingressos online, inscrição online, pagamentos online, sinalização de distanciamento, comida em embalagens individuais, entre um série de outros cuidados. "Tudo isso está encarecendo bastante os eventos, mas isso já sabemos que irá continuar mesmo com a pandemia sob controle", afirma. 
Apesar da busca por ânimo, o setor está sem "plano B". "Não há. Precisamos das coisas funcionando minimamente e mesmo assim os clientes estão reticentes a fazer eventos para publico externo, porque é todo um investimento com risco de cancelar", reforça Rimoli.
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