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Economia

- Publicada em 20 de Outubro de 2020 às 16:38

Liberadas no RS, casas de festas infantis começam a preparar ampla retomada para novembro

Festas podem ocorrer a partir desta terça-feira, com limitações e regras de proteção à Covid-19

Festas podem ocorrer a partir desta terça-feira, com limitações e regras de proteção à Covid-19


KIDS CHOICE/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Crancio
Aguardando há mais de sete meses um aceno do poder público para voltar a trabalhar, o setor de festas infantis teve dupla comemoração nesta terça-feira (20). Isso porque foram publicados na noite de segunda-feira (19) os decretos estadual e municipal que liberam atividades do segmento, mediante restrições. Com as regulamentações, as mais de 200 casas de eventos registradas no Rio Grande do Sul, sendo a maior parte delas situadas em Porto Alegre, já preparam a retomada das festas a partir de novembro.
Aguardando há mais de sete meses um aceno do poder público para voltar a trabalhar, o setor de festas infantis teve dupla comemoração nesta terça-feira (20). Isso porque foram publicados na noite de segunda-feira (19) os decretos estadual e municipal que liberam atividades do segmento, mediante restrições. Com as regulamentações, as mais de 200 casas de eventos registradas no Rio Grande do Sul, sendo a maior parte delas situadas em Porto Alegre, já preparam a retomada das festas a partir de novembro.
Segundo representantes da área, ambos os decretos contemplaram as sugestões de protocolos encaminhadas pelo setor e elaboradas com apoio da Associação das Empresas e Parques de Diversões do Brasil (Adibra). No entanto, há pontos que desagradaram alguns empresários, como o fato de o decreto estadual vincular a retomada das festas à volta das aulas nos municípios gaúchos, questão ainda em análise em algumas prefeituras. Outro item conflitante é o teto de público e de funcionários permitido no decreto estadual- 70 pessoas para as cidades em bandeira laranja no distanciamento controlado, e 100 pessoas para as localidades com bandeira amarela. No caso do decreto da Capital, alguns questionamentos acerca da limitação de lotação máxima de cem pessoas simultâneas, não excedendo a 50% da capacidade máxima de ocupação do local, também vêm sendo levantados.
Apesar disso, para a grande maioria dos empresários o momento é de comemorar e arregaçar as mangas. "Estamos muito felizes pela retomada e por ela ser efetivamente viável", comenta Janaina Bercht, uma das representantes do segmento em Porto Alegre e proprietária da casa de festas Kids Choice. Segundo ela, os decretos já permitirão reorganizar as festas que estavam agendadas para o mês de novembro, já que as de outubro já foram adiadas.
Para Serafim Marques, proprietário da Doce Folia Casa de Festas, de Novo Hamburgo, e um dos articuladores do movimento em defesa do setor, os decretos representam um recomeço para o segmento, que há meses luta para tentar se manter diante das medidas restritivas e evitar o fechamento de diversas casas tradicionais no Estado. "Sabemos que nada será como antes, que as restrições, impasses e limitações existem, mas temos de recomeçar. Não concordamos com a vinculação da volta às aulas, mas vamos lidar com isso e começar devagar", comenta o empresário.
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Entre as medidas obrigatórias estão higienização das mãos antes e depois de acesso aos brinquedos. Crédito: Kids Choice/Divulgação/JC
De acordo com ele, algumas cidades, como é o caso de Gravataí, já aguardam a liberação das festas por parte das prefeituras. Mas outras que não retomarão às aulas agora, como é o caso de São Leopoldo, terão de ser mobilizadas caso a caso. O movimento do setor, agora, é no sentido de buscar um entendimento junto aos prefeitos e tentar viabilizar as atividades em todo o Estado o quanto antes.
Apesar da ampla vontade de trabalhar, os empresários das casas de festa terão ainda de driblar outras dificuldades, como o aumento dos custos operacionais para se adequarem aos protocolos, medidas de higiene e necessidade de ampliação de equipes. "As restrições, sem dúvida, aumentam nossos custos, há mais gastos com limpeza e funcionários, e isso tudo não será fácil e pode até inviabilizar algumas festas. O setor não está em crise, mas em calamidade, e muitas empresas com CNPJ bloqueado por inadimplência, mas vamos em frente", pontua Marques.
Pelo decreto estadual, foram liberadas as atividades de eventos infantis em buffet, casas de festas ou similares em regiões que estejam há pelo menos 14 dias seguidos em bandeira laranja ou amarela. Cada festa poderá ter duração máxima de quatro horas e manter regras como manutenção de janelas e portas abertas, demarcação de distanciamento de dois metros entre mesas, fluxo único para entrada e saída do local, bem como de entrada e saída dos brinquedos. Além disso, alimentos não poderão ser expostos, inviabilizando as tradicionais mesas de doces, e medidas de higienização dos espaços e brinquedos deverão ser reforçadas.
Ainda aguardam a liberação das atividades os segmentos de eventos sociais - formaturas, casamentos, etc- e de casas de bailes e festas com banda. O primeiro tem reunião com a Secretaria Estadual da Saúde agendada para esta quarta-feira (21) à tarde. O segundo, já liberado de realizar evento-piloto para testagem de protocolos, aguarda pela publicação do novo decreto estadual, o que deverá ocorrer na próxima quinta-feira (22).

Algumas medidas para o atendimento nas casas de festas*

  • • Uso obrigatório de máscara, com exceção no momento do consumo de alimentos ou bebidas, e mediante recolocação imediata;
  • • Registro dos contatos de todos os presentes, para rastreabilidade em caso de confirmação ou suspeita de Covid-19;
  • • Reforço na comunicação visual e sonora dos protocolos;
  • • Distanciamento de dois metros na interação de artistas com público, vedado o contato físico;
  • • Disponibilização de álcool em gel em diferentes locais;
  • • Monitor orientando sobre o uso da máscara e a correta higienização das mãos antes e depois de acessar os brinquedos
  • • Proibida a exposição de alimentos (mesas de doces e salgados) e bebedouros
* para cidades em bandeira amarela e laranja/ Fonte: Governo do Estado
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