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Economia

- Publicada em 12 de Outubro de 2020 às 18:19

Aeroporto de Porto Alegre tem alta de 420% em passageiros em agosto, maior desde abril

No acesso ao portão de embarque, tela com sensor de temperatura é atração entre passageiros

No acesso ao portão de embarque, tela com sensor de temperatura é atração entre passageiros


LUIZA PRADO/JC
Patrícia Comunello
O Aeroporto de Porto Alegre, mais conhecido como Aeroporto Internacional Salgado Filho, vai aos poucos recompondo o fluxo de voos e passageiros. O desfecho do feriadão teve movimento moderado, principalmente com embarques concentrados na manhã desta segunda-feira (12). O Aeromóvel, que conecta o terminal à estação Trensurb foi reativado depois de ficar quase sete meses sem circular devido à pandemia.    
O Aeroporto de Porto Alegre, mais conhecido como Aeroporto Internacional Salgado Filho, vai aos poucos recompondo o fluxo de voos e passageiros. O desfecho do feriadão teve movimento moderado, principalmente com embarques concentrados na manhã desta segunda-feira (12). O Aeromóvel, que conecta o terminal à estação Trensurb foi reativado depois de ficar quase sete meses sem circular devido à pandemia.    
Dados das operações divulgados pela Fraport Brasil, concessionária do complexo aeroportuário, apontam que o fluxo de agosto frente ao mês de abril deste ano, momento mais crítico da pandemia para o setor, registrou alta de 420% no número de passageiros.
Nos voos, o crescimento é mais acanhado, com pouco mais que o dobro de embarques e desembarques, alta de 133%. Na comparação com julho, o movimento foi 31,5% maior no número de pessoas transportadas (151,8 mil ante 115,5 mil de julho) e 14% superior no tráfego de aeronaves - 1.814 em agosto e 1.591 em julho. 
Mas o confronto com o período pré-pandemia deste ano e com 2019 mostra que a distância é ainda colossal. O número de passageiros de cinco meses (abril a agosto) representou um quarto de tudo que foi transportado de janeiro a março (1,8 milhão contra 415,6 mil). De abril a agosto, a queda foi e 87,6% em relação aos mesmos meses de 2019, que somaram 3,4 milhões de pessoas nos voos, que foi o segundo maior volume em um mês em 2019. 
Agosto recente frente ao mesmo mês de 2019 teve quase 80% a menos de passageiros. Em agosto do ano passado, foram 231 voos ao dia, ante 60 em 2020. 
A cada mês do ano, percebe-se um avanço, mas lento. A média de voos em julho foi de 53. A Fraport traçou, na última avaliação de tráfego, que a recomposição do setor só deve ocorrer em 2025. Dois meses antes falava em 2023 e 2024.
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Thaila e a filha Thaissa vieram repatriadas da Argentina, para reencontrarem a família na Paraíba. Fotos: Luiza Prado/JC
O fluxo na área de check-in mostra também a diversidade de motivos que mobilizam os usuários. A paraibana Thaila Bezerra Carvalho e a filha Thaissa chegaram cedo ao terminal, repletas de malas. "Estamos vindo da Argentina. Somos repatriadas", conta Thaila, que estuda Medicina em Buenos Aires e tem feito aulas on-line. "Quando forem retomadas as aulas presenciais, voltamos à Argentina."
Há quatro anos ela não voltava ao Brasil e decidiu retornar agora, contando com a logística aportada pelo governo brasileiro, pois não há voos do Brasil para o país vizinho, devido ao novo coronavírus. Ela e a filha viajaram de ônibus por dois dias.
"Lá continua aumentando o número de casos, só funciona o básico. Alguns comércio está reabrindo, mas bem pouco. Agora queremos estar perto da família, e eu já tive Covid-19 lá", resume a brasileira, que embarcou para a Paraíba. "O que mais quero fazer é abraçar meus outros dois filhos que já voltaram", conta. "E teu marido", emendou Thaissa, citando o pai.
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Débora e a filha Mariana estavam voltando ao Ceará, depois de rápida viagem a Gramado onde tiveram de 'fugir' da multidão    
De volta depois de três dias em Gramado na serra gaúcha, a nutricionista Débora Alcântara e a filha Mariana embarcaram na Capital gaúcha para Fortaleza, no Ceará, onde residem. "Viemos aproveitar o feriadão, curtir um friozinho na serra", conta Débora, que atua na linha de frente de atendimento a casos de Covid-19 e não escondeu uma preocupação com a cidade serrana:
"Gramado estava lotada. Preocupantemente cheia, mas a gente fugiu da multidão, então foi bacana", descreve a nutricionista. Foi a primeira viagem desde o começo da pandemia e as duas dizem que os voos estavam lotados e não que viram muita diferença nos cuidados.
"Álcool em gel e máscara que fazem a diferença. A gente volta com medo, pois a pandemia não acabou e as pessoas parecem agir como se não tivesse acontecido", lamenta a nutricionista. Débora comenta que as duas não têm planos, por enquanto, de novas viagens e que a ida a Gramado foi "para aliviar o cansaço".
"Eu atuo na linha de frente da pandemia e estava esgotada. Foi uma forma de escape também", admite. "Amanhã (terça-feira) já estarei de plantão. Espero que as coisas não tenham piorado."  
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Operações de alimentação reabriram, mas o movimento de clientes ainda é bem fraco no terminal 
Na área de embarque, que estaria lotada em dias sem a crise sanitária numa manhã de volta de feriadão, a calmaria dominava. O fluxo aumentou, claro, em relação a meses como abril e maio, que teve fechamento de serviços e cancelamento de voos.
Serviços que haviam fechado por mais de três meses na área da alimentação já retornaram em diversos pontos do terminal, com operações de redes de fast-food e até de posições que são apostas de empreendedores locais. Um dos atrativos no portão de embarque doméstico é o telão que mede a temperatura de quem passa pelo local, antes de acessar as cancelas. Posar ou passar várias vezes em frente ao monitorar para ver a marcação diverte muitos turistas.   
A reativação da ligação por trilhos entre o terminal e a estação da Trensurb alegrou o feriadão de trabalho de Tiago Fernandes, que atua no raio-x da área de embarque do terminal. Ele pisou um pouco depois das 10h na plataforma que acessa o terminal, vindo da estação do trem, que fica a menos de um quilômetro. O serviço voltou às 9h45min.
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Fernandes trabalha no terminal e vibrou com a reativação do Aeromóvel, pois fazia o trajeto a pé entre o trem e o aeroporto
"Bah, ajuda muito. Tinha de caminhar da estação até aqui (aeroporto), é puxadinho, eram 10 a 15 minutos a pé na ida e na volta", descreve Fernandes, que mora em Canoas. "Hoje foi muito bom, graças a Deus", alivia-se o funcionário.
A vantagem é que quem desembarca na estação não paga mais para usar o veículo sobre trilho. Também que toma o transporte no aeroporto, paga um bilhete e pode seguir pela linha do trem até o destino, na Capital ou nas cidades da Região Metropolitana.
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