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Economia

- Publicada em 30 de Setembro de 2020 às 19:59

Leilão de artigos do Hotel Everest causa confusão

Aglomeração de pessoas na frente do hotel foi vetada pela Guarda Municipal

Aglomeração de pessoas na frente do hotel foi vetada pela Guarda Municipal


JOYCE ROCHA/JC
Carlos Villela
Depois de dois dias destinados para atendimento de pessoas jurídicas, o leilão de móveis e utensílios do Hotel Everest foi aberto para o público em geral nesta quarta-feira. Entretanto, problemas de organização na fila levaram ao envolvimento até da Guarda Municipal e prejudicaram o acesso ao hotel, fazendo com que parte dos produtos acabasse não sendo vendida.
Depois de dois dias destinados para atendimento de pessoas jurídicas, o leilão de móveis e utensílios do Hotel Everest foi aberto para o público em geral nesta quarta-feira. Entretanto, problemas de organização na fila levaram ao envolvimento até da Guarda Municipal e prejudicaram o acesso ao hotel, fazendo com que parte dos produtos acabasse não sendo vendida.
Cinquenta senhas de acesso foram distribuídas na fila, o que era longe de ser o suficiente para um público que dobrava a quadra da rua Duque de Caxias descendo para a avenida Marechal Floriano Peixoto, no Centro de Porto Alegre. Como o clima estava chuvoso pela manhã, ficou impossibilitado manter uma fila com distanciamento e acabou acontecendo uma aglomeração, o que chamou a atenção das forças municipais de segurança.
"O hotel é famoso, renomado e querido pela população. Recebeu políticos, personalidades, tem muita história, e as pessoas querem a oportunidade de ter uma lembrança", afirmou Julio Lovato, um dos coordenadores da venda dos produtos.
Ele conta que convidou a Guarda Municipal para entrar no hotel e mostrar que lá dentro se cumpria as recomendações sanitárias para evitar a propagação do coronavírus, mas que, para tentar dissipar a aglomeração, achou melhor fechar a porta e colocar cartazes explicando a situação. Assim, o atendimento foi feito para as 50 pessoas que já estavam lá dentro.
Entretanto, mesmo com o fechamento das portas, uma parte do público - muitos que estavam lá desde antes do dia clarear - persistiu na rua, na esperança que as portas fossem abertas e as vendas retomadas, o que não aconteceu. Segundo o leiloeiro Daniel Chaieb, o outro coordenador, optou-se por encerrar as vendas para evitar tumulto. "Não poderíamos deixar todas as pessoas entrarem no prédio sob nossa responsabilidade, seria irresponsável."
Na entrada, um cartaz também alertava que todas as televisões já haviam sido vendidas. Dentro do hotel, um outro aviso falava o mesmo sobre os radiadores. Os típicos brindes do hotel também estavam à venda: 10 unidades de pentes de cabelo com o símbolo do hotel custavam R$ 1, mesmo valor pela quantidade de pequenos sabonetes.
Cadeiras, interruptores de luz, luminárias e outros móveis decorativos também estavam entre os itens disponíveis. Ainda restaram alguns frigobares, que estavam por R$ 250, e os cofres internos dos quartos, por R$ 150. Lovato estima que em torno de 70% dos itens básicos, como louças e acessórios, já foram vendidos. Na parte que ele define como intermediária, como camas, cofres e pequenos armários, foi em torno de 50%, e 30% em produtos grandes, como ar-condicionado, portas internas e bancadas.
Na segunda e terça-feira, o principal público comprador veio do próprio setor hoteleiro, tanto da capital quanto do litoral do Rio Grande do Sul. Na visão de Chaieb, isso é sinal de investimento por parte dos empresários, que vieram comprar utensílios novos para seus hotéis, apostando em uma retomada do turismo que comece por viagens próximas. Para evitar novas aglomerações, optou-se por fazer o acesso ao local através de dia e hora marcadas, para também garantir que se atraia um público que realmente tem interesse em adquirir os produtos. O contato pode ser feito pelo telefone 99800-6494.
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