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Economia

- Publicada em 30 de Setembro de 2020 às 03:00

Bradesco, Banco do Brasil e Sompo também saem do consórcio do DPVAT

Pedidos ocorrem após bloqueio de R$ 4,4 bilhões pelo MPF por suspeita de fraude

Pedidos ocorrem após bloqueio de R$ 4,4 bilhões pelo MPF por suspeita de fraude


PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO/JC
Bradesco, Banco do Brasil e Sompo decidiram sair do consórcio da Seguradora Líder, responsável por gerir o seguro DPVAT, o seguro obrigatório para indenizar vítimas de acidentes de trânsito. Os pedidos de desligamento ocorrem pouco mais de um mês depois que o Ministério Público Federal pediu bloqueio de R$ 4,4 bilhões da empresa, a quem acusa de leniência com fraudes na obtenção de seguros e maquiagem nas projeções de sinistros. Na sexta-feira, a Porto Seguro comunicou ao mercado a sua saída do consórcio. Considerando as fatias acionárias das empresas que pediram desligamento, a Seguradora Líder perderá sócios que representam mais de 25% de seu capital.
Bradesco, Banco do Brasil e Sompo decidiram sair do consórcio da Seguradora Líder, responsável por gerir o seguro DPVAT, o seguro obrigatório para indenizar vítimas de acidentes de trânsito. Os pedidos de desligamento ocorrem pouco mais de um mês depois que o Ministério Público Federal pediu bloqueio de R$ 4,4 bilhões da empresa, a quem acusa de leniência com fraudes na obtenção de seguros e maquiagem nas projeções de sinistros. Na sexta-feira, a Porto Seguro comunicou ao mercado a sua saída do consórcio. Considerando as fatias acionárias das empresas que pediram desligamento, a Seguradora Líder perderá sócios que representam mais de 25% de seu capital.
Por meio de duas subsidiárias, Bradesco Auto/RE e Atlântica Companhia de Seguros, o Bradesco tem 7,7% das ações do consórcio. A Brasil Seg, do Banco do Brasil, é dona de outros 4,6%, e a Sompo, de 2,4%. A Porto Seguro era a maior acionista, com 11% divididos entre três subsidiárias. O acordo de acionistas da Seguradora Líder, formado em 2006, prevê a possibilidade de desligamentos a cada ano. Ao fim de 2019, a Líder tinha 56 acionistas.A Seguradora Líder diz que a entrada e saída das seguradoras do consórcio está prevista no acordo de acionistas e não prejudica a operação do seguro DPVAT.
No pedido de bloqueio feito no início de agosto, o Ministério Público Federal acusou o consórcio de gerir recursos públicos federais "de forma temerária, danosa e em vilipêndio aos princípios constitucionais de economicidade, transparência e legalidade". Como recebe 2% do total arrecadado pelo seguro, dizem os procuradores, o lucro de seus associados é proporcional ao valor do prêmio pago pelos segurados. Assim, diz a Procuradoria, não havia incentivos para combater fraudes nem cortar despesas.
"O incremento das despesas do Consórcio de Seguradoras, em vez de refletir de forma negativa na margem de lucros das seguradoras Consorciadas, provoca um aumento dessa margem de lucros", explicam os procuradores.
Bolsonaro tentou extinguir o seguro DPVAT em 2019, mas a medida gerou polêmica e foi derrubada pelo STF. Atualmente, a própria Líder defende o fim do monopólio na gestão do seguro obrigatório.
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