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Economia

- Publicada em 25 de Setembro de 2020 às 03:00

Oportunidades de emprego registram alta no Estado

Maior parte das vagas não solicita experiência prévia ao candidato

Maior parte das vagas não solicita experiência prévia ao candidato


/RICARDO GIUSTI/PMPA/JC
Carlos Villela
A oferta de vagas de trabalho no Rio Grande do Sul está crescendo, mas ainda está longe do ritmo pré-pandemia. As informações são da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS)/Sine. De acordo com a coordenadora do Departamento de Relações com o Mercado de Trabalho da FGTAS, Ana Rosa Fischer, se percebe um retorno das oportunidades, mas ainda longe do registrado em janeiro, mês que tinha 9 mil vagas abertas.
A oferta de vagas de trabalho no Rio Grande do Sul está crescendo, mas ainda está longe do ritmo pré-pandemia. As informações são da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS)/Sine. De acordo com a coordenadora do Departamento de Relações com o Mercado de Trabalho da FGTAS, Ana Rosa Fischer, se percebe um retorno das oportunidades, mas ainda longe do registrado em janeiro, mês que tinha 9 mil vagas abertas.
As oportunidades começaram a cair em fevereiro, e atingiram o nível mais baixo em abril, com apenas mil vagas disponibilizadas em todo o Estado. Desde então, o crescimento se manteve estável, com 1,8 mil vagas em maio, 3,3 mil em junho, 3,8 mil em julho e 4,9 mil em agosto. Até o momento, em setembro, o Sine tem 4,7 mil vagas disponíveis.
Ana explica que, com a flexibilização das relações de trabalho decorrentes da reforma trabalhista, muitas contratações são realizadas no chamado regime horista. Ela dá como exemplo supermercados, em que as pessoas contratadas há mais tempo eram em regime mensal, com as prerrogativas da CLT, e hoje os funcionários são contratados como horista, recebendo salário semanal pelas horas trabalhadas.
"Isso é um emprego mais precário, e essa retomada vem sendo assim. Uma coisa mais cautelosa para quem contrata, e de uma forma ainda bastante precária para os trabalhadores", afirma. A cautela dos empregadores é o que deixa a coordenadora reticente em prever um aumento de vagas a partir de janeiro, justamente pelas mudanças nos hábitos de consumo, que podem não sustentar a demanda reprimida esperada pelos empresários, e pela imprevisibilidade do vírus. "A gente já ouve falar de uma segunda onda na Europa. Nem conseguimos retomar as atividades aqui e lá já se fala em fechar de novo", diz ela.
Outro ponto que Ana Rosa destaca é a principal exigência dos empregadores. "A maior parte das vagas não pede experiência, pede escolaridade", conta. No mês de agosto, aproximadamente 68% das vagas não solicitavam experiência, e em torno de 40% delas constavam como exigência Ensino Médio completo.
Entretanto, apesar da retomada estar distante dos níveis anteriores à pandemia, isso não significa que esses níveis estavam bons como na época pré-crise econômica. "Já tínhamos um desemprego muito grande naquele momento", relembra Ana Rosa, se referindo a janeiro, "mas era melhor do que estamos hoje". Ainda assim, o número de vagas era menor do que o de outros momentos que a economia estava aquecida.
 
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