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Economia

- Publicada em 21 de Setembro de 2020 às 16:23

Sem receita e com agenda comprometida, casas de festas infantis buscam reabertura em Porto Alegre

Com cerca de cem empresas em Porto Alegre, segmento aposta em protocolos rígidos para volta das atividades

Com cerca de cem empresas em Porto Alegre, segmento aposta em protocolos rígidos para volta das atividades


KIDS CHOICE/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Crancio
Na esteira da flexibilização de eventos corporativos e comerciais no Estado, cujo decreto é aguardado ainda para esta segunda-feira (21), o segmento de festas infantis de Porto Alegre se mobiliza para buscar junto à prefeitura da Capital a liberação de festas familiares com limitação de convidados e atividades, mas com reforço na adoção de protocolos sanitários e de proteção à Covid-19. Seguindo proposta unificada nacionalmente pela Associação das Empresas e Parques de Diversões do Brasil (Adibra), à qual está atrelado, o setor busca mostrar que a expertise obtida ao longo de anos na organização de eventos garante condições de desencadear uma reabertura segura e responsável das operações.
Na esteira da flexibilização de eventos corporativos e comerciais no Estado, cujo decreto é aguardado ainda para esta segunda-feira (21), o segmento de festas infantis de Porto Alegre se mobiliza para buscar junto à prefeitura da Capital a liberação de festas familiares com limitação de convidados e atividades, mas com reforço na adoção de protocolos sanitários e de proteção à Covid-19. Seguindo proposta unificada nacionalmente pela Associação das Empresas e Parques de Diversões do Brasil (Adibra), à qual está atrelado, o setor busca mostrar que a expertise obtida ao longo de anos na organização de eventos garante condições de desencadear uma reabertura segura e responsável das operações.
Para buscar esse objetivo, representantes de bufês e casas de festas infantis da cidade têm se reunido com vereadores e gestores de órgãos municipais para apesentar suas sugestões de protocolos. Na semana passada, o tema chegou ao Comitê Temporário de Enfrentamento ao Coronavírus da prefeitura e aos secretários do Desenvolvimento Econômico e da Saúde da Capital, que analisam a proposta. Os representantes do setor querem mostrar que listas de tarefas e condutas a serem checadas já fazem parte da rotina das casas e que, nesse sentido, a aplicação de protocolos tende a ser facilitada, apenas necessitando adequá-las à realidade, elevado o nível de segurança tanto para funcionários quanto para clientes. "É possível, ainda, estabelecer condutas operacionais que visem garantir o distanciamento social, vez que o dimensionamento e a posição de cada usuário nas atrações são definidos pelo próprio empreendimento, por meio de seus operadores e atendentes, bem como o fluxo de entrada e saída dos visitantes e clientes", aponta ofício encaminhado pela presidente da Adibra, Vanessa Costa, aos órgãos da prefeitura.
Os critérios considerados na elaboração dos protocolos de prevenção e controle sugeridos pelo setor abrangem cinco aspectos: distanciamento social, higiene pessoal, sanitização de ambientes, comunicação - com funcionários e clientes- e monitoramento. Esse último item, segundo a empresária Janaina Bercht, proprietária da casa Kids Choice, em Porto Alegre, e associada à Adibra, pode ser a grande vantagem do segmento.
"As casas de festas infantis, diferentemente das operações de eventos, conseguem ter rastreabilidade das pessoas facilmente, porque são eventos familiares que realizamos, com controle de listas de convidados e fácil identificação se necessário for. Isso nos faz ter certeza de que temos total condição de voltar a funcionar com segurança. Além disso, somos empresas com 10, 15 anos de experiência e sabemos bem a dinâmica dos nossos negócios e as vulnerabilidades que precisam ser atacadas para esse retorno com protocolos rígidos", atesta.
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Setor defende festas para público restrito e com condutas operacionais diferenciadas para obter reabertura na capital gaúcha. Crédito: Kids Choice/Divulgação/JC
Segundo Janaina, há cerca de cem empresas da área atuantes na Capital, com uma média de 30 funcionários cada, paralisadas totalmente há seis meses. Embora não haja um estudo do impacto da pandemia sobre o setor, ela aponta que cada festa infantil contratada com todas as opções básicas disponíveis (alimentação, bebida, segurança, entretenimento, recepcionistas, recreacionistas, garçons, decoração, manobristas, etc) fica em torno de R$ 6,8 mil. Considerando que cada casa costuma fazer uma entre 20 e 25 festas por mês, dá para ter uma noção do valor que deixa de circular e de gerar renda para todos os envolvidos.
Por isso, o setor acredita ser possível reabrir as casas com festas para um público menor ao habitual, entre 40 e cem pessoas. "A gente movimenta a economia da cidade, fornecedores, terceirizados, uma economia que hoje está totalmente parada por conta da pandemia. Não podemos ficar atrelados ao setor de eventos, pois operamos com público reduzido", destaca Janaina.
Ela relata ainda que a organização de uma retomada gradual do setor é fundamental para garantir a sobrevivência das casas, que tiveram de adiar as festas contratadas e já pagas neste ano para 2021, o que já faz com que comecem o próximo ano sem receita e sem a possibilidade de marcação de novas agendas. "Essa falta de expectativa é muito difícil. Estamos sem receita, sem visibilidade e as pessoas com medo. Precisamos ser liberados para mostrar à sociedade que temos protocolos para garantir a segurança das festas", comenta a empresária, que teve de renegociar o aluguel da casa, localizada no bairro Bela Vista, suspender o reduzir contratos dos 16 funcionários e parcelar outras obrigações.
Segundo a empresária, a reunião com a equipe da prefeitura foi importante para dar visibilidade ao segmento, demonstrar que ele está unido e mobilizado, e para pedir ao município que separe as casas infantis dos eventos como um todo, considerando suas peculiaridades e tamanho de público envolvido, para avaliar uma possível retomada. Conduta semelhante foi adotada pelo setor de eventos, que pediu desvinculação da área de serviços e sugeriu protocolos próprios, negociados ao longo de quatro meses com o poder público.
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Capital, os protocolos sugeridos serão analisados pelo Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus nas próximas semanas, assim que a retomada das atividades da educação no município desobstruam a pauta do grupo. No entanto, o setor também dependerá da análise do governo do Estado, que não pretende autorizar a volta de eventos sociais neste momento.
Na quinta-feira (17), ao confirmar a liberação limitada de eventos a partir desta semana, o governador Eduardo Leite foi enfático ao dizer que eventos sociais e que gerem aglomeração, como festas de casamento, formatura e aniversários, ainda continuarão proibidos. Além disso, reforçou que essa primeira retomada só será permitida mediante uma série de regras de segurança e proteção a serem divulgadas no decreto aguardado para esta segunda-feira, tais como limitação de pessoas e distanciamento entre elas, sistema de renovação de ar, cuidado nas entradas e saídas de pessoas, uso de máscara e medidas constantes de higienização.
Critérios utilizados para a elaboração dos protocolos sugeridos pelo setor:
  • Distanciamento Social - Reduzir a aproximação e o contato entre as pessoas;
  • Higiene Pessoal - Promover cultura de atenção aos procedimentos de limpeza pessoal;
  • Sanitização de Ambientes - Promover a ventilação e sanitização tempestiva do ambiente;
  • Comunicação - Garantir que funcionários e clientes conheçam os riscos e os procedimentos adotados;
  • Monitoramento - Garantir que as ações estejam efetivas ao longo do tempo e a
  • rastreabilidade de casos;
Fonte: Associação das Empresas e Parques de Diversões do Brasil (Adibra)
 
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