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Economia

- Publicada em 18 de Setembro de 2020 às 03:00

Pandemia acelera migração de aplicações críticas para nuvem

Empresas tiveram que colocar na nuvem sistemas críticos para os negócios

Empresas tiveram que colocar na nuvem sistemas críticos para os negócios


FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Patricia Knebel
O crescimento da adoção de cloud vinha acontecendo em um ritmo cadenciado, até que teve um boom com a chegada da pandemia da Covid-19. E não existe nenhuma perspectiva desse ritmo diminuir, aposta o CTO de Cloud & Cognitive da IBM Brasil, Wagner Arnaut.
O crescimento da adoção de cloud vinha acontecendo em um ritmo cadenciado, até que teve um boom com a chegada da pandemia da Covid-19. E não existe nenhuma perspectiva desse ritmo diminuir, aposta o CTO de Cloud & Cognitive da IBM Brasil, Wagner Arnaut.
"As empresas entenderam que podem ter novas maneiras de trabalhar, agregar valor aos negócios e engajar os clientes por meio desta tecnologia. O crescimento será exponencial", projeta. O aumento da procura, que ocorreu a partir do primeiro trimestre, teve três motivações principais. Uma delas que foi o fato de que muitos players se viram diante do desafio de lançar novas soluções digitais rapidamente, para dar uma resposta ao que o momento do mercado estava exigindo.
A segunda foi a demanda por flexibilidade, que a nuvem oferece. "Varejistas, instituições financeiras e outras empresas tiveram um incremento da procura digital dos clientes e precisaram dimensionar melhor a sua infraestrutura", conta. E o terceiro motivador foi a agilidade para fazer essas mudanças.
Não que esse crescimento tenha sido estruturado. "Os clientes e funcionários, de repente, estavam todos em casa e era necessário lançar rapidamente soluções para atendê-los. Passado esse momento inicial, as empresas estão conseguindo se reorganizar e, em alguns casos, isso envolve criar uma estratégia clara de nuvem", relata o gestor.
Outra questão interessante é que, nos últimos anos, os movimentos de migração das empresas para a nuvem vinham acontecendo de forma constante, mas, ainda muito focados em aplicações mais periféricas, como e-mails. Com a pandemia, o mercado começou a ter que analisar, seriamente, a estratégia de levar o core do negócio para esse ambiente.
"É quase como se a pandemia tivesse forçado as companhias a colocar em cloud as suas aplicações principais para conseguirem acomodar todo volume de usuários que migrou para o mundo virtual", explica Arnaut.
Isso significa disponibilizar neste ambiente dados mais sensíveis para os negócios - o que sempre gerou receio sob o aspecto da segurança. Para o executivo, isso aponta para uma tendência. A da criação de clouds para indústrias especificas, como para a financeira ou médica, por exemplo, levando em consideração regulamentações e funcionalidades mais aderentes a cada setor. Em 2019, a IBM lançou a sua cloud própria para os serviços financeiros.
"Com o cenário atual de transformação digital, abranger no plano estratégico a cultura, processos críticos de negócios, segurança e tecnologia se tornou fundamental. As demandas dos clientes mudaram e empresas de todos os tamanhos e setores precisaram se adaptar", analisa.
Foi algo que aconteceu em todas as verticais e em empresas de todos os portes. Indústria e varejo foram duas das que precisaram se movimentar rápido, apesar de muitas já terem uma jornada anterior com cloud. O setor financeiro, que sempre foi mais conservador com essa tecnologia, também acelerou, assim como educação e saúde.
Um aspecto importante destacado pelo CTO de Cloud & Cognitive da IBM Brasil, é o fato de que a Inteligência Artificial (IA) rodando na nuvem, cada vez mais, potencializa a inovação dos negócios. Um exemplo foi o portal CoronaBr (www.coronabr.com.br), criado por especialistas em saúde e a Pixit, e que conta com a infraestrutura da nuvem pública da IBM e o Watson para atender a toda demanda de acesso.
Um enfermeiro virtual ajuda o cidadão de qualquer parte do Brasil a identificar os primeiros sintomas da Covid-19. "Cerca de 24 horas depois deles lançarem o portal, tiveram mais de 1 milhão de acessos. Em 48 horas, eram seis milhões. O fato de usarem cloud deu flexibilidade para aumentarem ou reduzirem a infraestrutura conforme os acessos", relata Arnaut.
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