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Economia

- Publicada em 13 de Setembro de 2020 às 21:36

Estaleiro Rio Grande diversifica operação

Embarques de gado e de sucata metálica são operações em andamento no complexo da Ecovix

Embarques de gado e de sucata metálica são operações em andamento no complexo da Ecovix


/Ecovix/divulgação/jc
Jefferson Klein
Após sentir fortemente o impacto do retrocesso da indústria naval no Brasil, o Estaleiro Rio Grande administrado pela empresa Ecovix está atuando em outras atividades, como a movimentação de cargas, para evitar a estagnação. No momento, duas operações estão em andamento no local, os embarques de gado e de sucata metálica, que devem ser finalizados entre esta segunda-feira (14) e o próximo sábado (19).
Após sentir fortemente o impacto do retrocesso da indústria naval no Brasil, o Estaleiro Rio Grande administrado pela empresa Ecovix está atuando em outras atividades, como a movimentação de cargas, para evitar a estagnação. No momento, duas operações estão em andamento no local, os embarques de gado e de sucata metálica, que devem ser finalizados entre esta segunda-feira (14) e o próximo sábado (19).
O carregamento dos bovinos é a maior ação da história do porto rio-grandino dessa natureza, com em torno de 25 mil animais sendo destinados à Turquia e ao Líbano. Outra mercadoria já transportada no passado pela estrutura do estaleiro foi a madeira. Essas iniciativas acontecem em regimes excepcionais, comenta o diretor operacional da Ecovix, Ricardo Ávila. Como a empresa não é um terminal regulado, somente movimenta cargas autorizadas pela Portos RS, autarquia estadual responsável por gerenciar o porto gaúcho.
O executivo enfatiza que a ideia não é concorrer com os terminais privados já constituídos ou com o porto público. "Por exemplo, se o navio vem fazer o carregamento e excede o calado do porto público, pode ser permitida pela Portos RS a atracação no estaleiro", frisa Ávila. De acordo com o dirigente, o complexo da Ecovix pode operar com calado de 12,2 metros enquanto que o cais do porto público com profundidade em torno de 9,4 metros.
"Assim, a gente ajuda o porto a não perder cargas e para o estaleiro é uma fonte de receita, além de movimentar a estrutura", salienta o diretor da companhia. Nos últimos 12 meses, o estaleiro operou em média uma embarcação por mês. O cais da estrutura possui 360 metros de extensão, contudo é possível atracar dois navios de até 200 metros cada um. Ávila explica que no processo de embarque ou desembarque a popa ou a proa do navio podem ficar um pouco para fora da amplitude do cais.
Outra frente em que a Ecovix está atuando é na disputa pela construção de um navio antártico, encomendado pela Marinha brasileira. Nessa empreitada, o grupo conta com a parceria da companhia chilena Asmar, que tem mais experiência nesse tipo de atividade. Ávila detalha que agora a ação encontra-se na etapa de orçamento do projeto e o prazo para entregar as propostas se encerra no dia 11 de novembro. O executivo destaca que essa espécie de navio é diferente de uma embarcação FPSO (unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo), cuja construção seria originalmente a vocação do estaleiro. A demanda da Marinha não é por um navio quebra-gelo, e sim de apoio, mas que precisa ser feito com aço que possa suportar baixíssimas temperaturas e outras condições adversas.
Segundo o diretor da Ecovix, ainda é cedo para estimar os valores desse empreendimento e quantos trabalhadores estariam envolvidos nos serviços. Hoje, são aproximadamente 200 funcionários fixos que atuam no estaleiro.
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