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Economia

- Publicada em 11 de Setembro de 2020 às 10:24

Serviços sobem pelo 2º mês seguido, mas recuperação é lenta, afirma IBGE

Vendas do setor ainda se encontram 12,5% abaixo do verificado antes da crise

Vendas do setor ainda se encontram 12,5% abaixo do verificado antes da crise


JONATHAN HECKLER/arquivo/JC
Último setor da economia a iniciar retomada após o pico da pandemia, os serviços apresentaram crescimento de 2,6% em julho, informou nesta sexta-feira (11) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi o segundo mês consecutivo de alta, mas as vendas do setor ainda se encontram 12,5% abaixo do verificado antes da crise. Na comparação com julho do ano anterior, as vendas do setor de serviços têm queda de 11,9%.
Último setor da economia a iniciar retomada após o pico da pandemia, os serviços apresentaram crescimento de 2,6% em julho, informou nesta sexta-feira (11) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi o segundo mês consecutivo de alta, mas as vendas do setor ainda se encontram 12,5% abaixo do verificado antes da crise. Na comparação com julho do ano anterior, as vendas do setor de serviços têm queda de 11,9%.
O setor de serviços é o principal componente do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e o maior gerador de empregos do país. Sua recuperação é considerada fundamental para definir o ritmo de retomada da economia após as flexibilização das medidas de isolamento social. "Nesses dois últimos meses há avanço acumulado de 7,9% no setor, mas insuficiente para reverter as perdas acumuladas de 19,8% entre fevereiro e maio", disse o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo.
É nesse setor que estão atividades como bares e restaurantes, hotéis, cinemas ou salões de beleza. Com maior dependência de contato pessoal, elas tiveram grandes perdas e demoram mais a se recuperar, seja porque ainda enfrentam restrições ao funcionamento seja pelo temor de contaminação. Indústria e comércio já emendam três meses consecutivos de alta. Este último, que no PIB é parte dos serviços, já recuperou os níveis de venda pré-pandemia e está hoje perto do recorde de outubro de 2014. Lobo diz que a diversidade do setor de serviços e a dependência do contato explicam a recuperação mais lenta.
Segundo o IBGE, houve avanço em quatro das cinco atividades pesquisadas, com destaque para os serviços de informação e comunicação (2,2%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,3%). Também avançaram as atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,0%) e outros serviços (3,0%). Já os serviços prestados às famílias ainda encontram grande dificuldade: caíram 3,9% depois de crescer 12,5% em junho. É a atividade que concentra serviços ainda com restrições ao funcionamento, como bares e restaurantes, ou ainda fechadas, como cinemas e teatros.
A atividade de alojamento e alimentação, onde estão os hotéis e bares e restaurantes, recuou 5% no mês e acumula, no ano, queda de 22,6%. Segundo o IBGE, houve avanço em 20 das 27 unidades da federação, com destaques para São Paulo (1,6%) e Rio de Janeiro (3,3%). Embora o IBGE já veja sinais de "leve recuperação" no mercado de trabalho após a reabertura da economia, economistas dizem que a queda do desemprego depende da saúde do setor de serviços, responsável por 47% das vagas formais no país. Estudo do Ministério da Economia avalia que indicadores mostram que o setor evolui e a expectativa é de bom desempenho no último trimestre de 2020.
O índice de atividades turísticas do IBGE cresceu 4,8% em julho, na terceira taxa positiva seguida. O segmento de turismo havia acumulado perda expressiva entre março e abril (-68,1%), com as restrições ao transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis. Houve avanço em 9 das 12 unidades da federação, com destaque para São Paulo (5,4%) e Rio de Janeiro (11,5%), seguido por Pernambuco (18,9%), Minas Gerais (5,5%) e Distrito Federal (15,4%). Ceará (-23,0%) e Santa Catarina (-4,8%) exerceram os principais impactos negativos.
Folhapress
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