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Economia

- Publicada em 09 de Setembro de 2020 às 20:09

Carrefour limita compra por clientes em algumas de suas lojas devido à alta de preços

Limitação vale para os itens da cesta básica mais impactados pela alta de preços

Limitação vale para os itens da cesta básica mais impactados pela alta de preços


ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
O Grupo Carrefour Brasil está limitando pontualmente, em algumas de suas lojas, a quantidade de produtos que podem ser comprados pelos clientes. A limitação vale para os itens da cesta básica mais impactados pela alta de preços, informou a rede de supermercados.
O Grupo Carrefour Brasil está limitando pontualmente, em algumas de suas lojas, a quantidade de produtos que podem ser comprados pelos clientes. A limitação vale para os itens da cesta básica mais impactados pela alta de preços, informou a rede de supermercados.
"Diante do atual cenário, o Grupo Carrefour Brasil está mobilizado em todos os seus formatos para que itens essenciais da cesta básica estejam disponíveis para os brasileiros a preços justos. Para atender ao maior número de clientes, pontualmente algumas lojas estão informando a limitação quantitativa dos itens mais impactados", disse a empresa, em nota.
O Carrefour afirma ainda que segue trabalhando para reduzir os aumentos recebidos por parte dos fornecedores. E "ressalta a importância da atuação conjunta de todos os segmentos, que inclui o setor agrícola, indústria, varejo e representantes do governo, buscando as melhores soluções em benefício dos brasileiros."
Nesta quarta-feira (9), o presidente de Abras (Associação Brasileira de Supermercados), João Sanzovo Neto, esteve reunido com Jair Bolsonaro (sem partido) para discutir a recente aceleração nos preços de itens da cesta básica.
Na saída do encontro, o representante do setor supermercadista alertou a população para o risco da estocagem e sugeriu a substituição de alimentos.
"Nós vamos promover o consumo de massa, que é o macarrão, que é um substituto do arroz. E vamos orientar o consumidor a não fazer estoque. Porque quanto mais estocar, mais difícil fica a situação", disse Sanzovo Neto.
O presidente da Abras também afirmou que o setor não aceitará ser taxado de vilão da alta de preços.
"Não vamos ser vilões de uma coisa da qual não somos responsáveis, muito pelo contrário", disse. "Nós somos a ponta, nós estamos próximos ao consumidor. E, assim que sentimos que havia uma pressão muito forte de preços, fizemos um alerta ao governo", afirmou.
Na quinta-feira passada (3), a Abras e outras associações do setor de supermercados lançaram cartas públicas chamando a atenção para a alta de preço de itens da cesta básica, que chega a superar 20% no acumulado de 12 meses em produtos como leite, arroz, feijão e óleo de soja.
No dia seguinte, o presidente Jair Bolsonaro pediu "patriotismo" aos supermercadistas, dizendo que eles devem reduzir suas margens ao mínimo para evitar uma alta ainda maior do preço dos alimentos básicos.
Nesta quarta-feira, o governo decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado até 31 de dezembro deste ano. A medida busca conter a alta no preço do alimento. A redução temporária está restrita a quota de 400 mil toneladas.
Também nesta quarta, a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) do Ministério da Justiça notificou a Abras e representantes de produtores de alimentos, cobrando explicações sobre o aumento do preço de itens da cesta básica.
Mais cedo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o IPCA, índice oficial de inflação no país, fechou agosto em alta de 0,24%, acumulando avanço de 2,44% em 12 meses e de 0,70% no ano.
O grupo alimentação e bebidas registrou inflação de 0,78% em agosto e acumula alta de 4,91% nos oito meses de 2020. O arroz (com alta de preço de 3,08% em agosto) acumula avanço de 19,25% no ano, destacou o instituto.
Já o feijão, dependendo do tipo e da região, já tem inflação acima dos 30%. O feijão preto, muito consumido no Rio de Janeiro, acumula alta de 28,92% no ano e o feijão carioca, de 12,12%.
Folhapress
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