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Economia

- Publicada em 05 de Setembro de 2020 às 12:33

Projeções para a inflação de 2020 ficam mais expressivas

Oferta mais apertada já bateu no produtor e chega ao consumidor

Oferta mais apertada já bateu no produtor e chega ao consumidor


LUCIANA ALVES/DIVULGAÇÃO/JC
Com a forte demanda da China por comida, a consolidação do câmbio no patamar de R$ 5,30 está pressionando os preços dos alimentos para os brasileiros. Isso já faz os economistas revisarem para cima as projeções de inflação do ano e provoca uma queda de braço entre supermercados e fornecedores para tentar frear os repasses.
Com a forte demanda da China por comida, a consolidação do câmbio no patamar de R$ 5,30 está pressionando os preços dos alimentos para os brasileiros. Isso já faz os economistas revisarem para cima as projeções de inflação do ano e provoca uma queda de braço entre supermercados e fornecedores para tentar frear os repasses.
"A minha expectativa era de que a inflação ao consumidor ficasse até abaixo de 2%. Agora estou revendo para 2,3%, estou chegando no piso da meta", diz o economista André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas. Já o economista Fabio Silveira, sócio da MacroSector, que antes projetava inflação do ano em 2,7%, está revendo para 3,3% por causa da alta da comida. Braz observa que os preços dos alimentos no atacado subiram 15,02% em 12 meses até agosto. Os alimentos no varejo no mesmo período aumentaram 8,5%, um pouco mais da metade.
Essa alta vem sendo sentida pelos supermercados que enviaram comunicado para Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), denunciando os reajustes de preços de arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados, a alta tem sido generalizada e repassada pelas indústrias e fornecedores. "A partir do final de agosto, começamos a perceber uma elevação muito grande nas tabelas, na faixa de 20% para óleo de soja e arroz", diz o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Ronaldo dos Santos.
Ele conta que o setor também procurou o Ministério da Agricultura para tentar retirar tarifas de importação, especialmente do arroz, de 8%. Mas, a decisão do ministério, segundo Santos, foi não mexer, por enquanto, na alíquota. Santos diz que no momento não vê risco de desabastecimento e que o setor recorreu ao governo porque não quer ser responsabilizado pelas altas de preços. "Compramos e repassamos", enfatiza.
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