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Economia

- Publicada em 03 de Setembro de 2020 às 21:07

Bares e restaurantes voltam a atender à noite

Maria Fernanda, do Tartoni Restaurante, afirma que um dos desafios é trazer de volta os clientes

Maria Fernanda, do Tartoni Restaurante, afirma que um dos desafios é trazer de volta os clientes


/LUIZA PRADO/JC
Adriana Lampert
Portas abertas, estoques respostos e funcionários de volta. Desta forma os bares e restaurantes da Capital - que já estavam trabalhando de segunda a sexta-feira, das 11h às 17h - se preparam para atender ao público também à noite e aos sábados. Conforme decreto municipal do dia 1 de setembro, os estabelecimentos devem fechar as portas às 22h. A regra passou a valer na quarta-feira (2 de setembro).
Portas abertas, estoques respostos e funcionários de volta. Desta forma os bares e restaurantes da Capital - que já estavam trabalhando de segunda a sexta-feira, das 11h às 17h - se preparam para atender ao público também à noite e aos sábados. Conforme decreto municipal do dia 1 de setembro, os estabelecimentos devem fechar as portas às 22h. A regra passou a valer na quarta-feira (2 de setembro).
Apesar da ampliação do horário, a atividade segue com restrição ao número de clientes atendidos de forma simultânea, e o funcionamento está condicionado a até 50% da capacidade do local e ao cumprimento das regras de higienização e de distanciamento social. "Agora o desafio é mostrar para os clientes que é seguro voltar a frequentar os estabelecimentos", comenta a presidente da regional Sul da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel RS), Maria Fernanda Tartoni.
Proprietária do Tartoni Ristorante, localizado no Shopping Bourbon Country, Maria Fernanda conta que, apesar do decreto ter sido publicado no início da semana, ela preferiu preparar o estabelecimento para servir jantar ao público somente a partir desta sexta-feira (4). "Requer investimentos, retomada de cardápios, contatos com fornecedores. Estamos em uma grande expectativa e ao mesmo tempo aliviados por poder trabalhar nos sábados e à noite", emenda.
A dirigente da Abrasel RS admite que outro desafio será o comportamento dos clientes. "Esperamos que as pessoas respeitem e colaborem, usando máscaras, e evitem aglomerações para que, em breve, possamos trabalhar também aos domingos e após as 22h." Ela comenta que empresas menores podem não conseguir voltar a funcionar por conta do distanciamento (de dois metros) necessário entre as mesas. "Para locais pequenos isso vai ficar mais difícil de adaptar."
É o caso da loja da Butcher Burger, empresa de fast-food, localizada na Lima e Silva no bairro Cidade Baixa. "Decidimos que não iremos abrir para o público consumir na loja e continuaremos com o sistema de delivery e take away, estabelecido durante a pandemia", comenta a proprietária, Viviane Ruskovski. "Em compensação, reabrimos nossa nova loja na Fernando Machado, que havíamos inaugurado em março."
O espaço que funciona em um modelo diferente, onde um ou dois funcionários atendem o público separados por uma "portinha", é uma tendência das grandes cidades, comenta Viviane. "Não exatamente por conta da pandemia. Mas, coincidentemente, este modelo se tornou mais adequado." A proprietária do Butcher Burger também investiu em equipamentos (máscaras e protetores faciais) para os funcionários e  na demarcação da calçada, apontando o distanciamento recomendado pelos profissionais de Saúde.
De acordo com a legislação, as empresas não podem permitir mais de quatro pessoas por mesa. "Como nossa outra loja, na Lima e Silva, é muito pequena, ficaríamos com um espaço muito limitado para atendimento dos clientes. Nossa ideia é renegociar um novo ponto para esta operação", explica Viviane.
"Meu alvará permite até 200 pessoas, mas iremos trabalhar com no máximo 30 ao mesmo tempo", projeta o proprietário do Espaço 900, Thiago Braga. Localizado no bairro Cidade baixa, o bar ficou fechado durante 60 dias, logo após o primeiro decreto municipal, e vinha funcionando com serviço de tele-entrega e pague e leve.
Desde terça-feira, Braga passou a atender com as mesas dispostas para uso do público. No entanto, ele está dando preferência para clientes que reservam o almoço ou jantar. "Como precisamos cumprir um uma série de protocolos, quando há reservas, sabemos quantas pessoas virão e fica mais fácil de nos organizarmos na hora de higienizar mesas, entre outras providências", explica.
Braga comenta que o movimento ainda está fraco. Em três dias ele atendeu cinco pessoas. "Mesmo assim, estou muito feliz por retomar o meu contato com o público. Acredito que no final de semana a demanda aumente", afirma o proprietário do bar. Em seguida, ele comenta que, na quinta-feira, já tinha oito reservas, quatro para o almoço e quatro para o jantar de sexta-feira. "Acredito que durante os próximos 30 dias o movimento ainda será baixo. Mas, aos poucos, creio que acontecerá a retomada. Muita gente que trabalha na rua precisa ter onde almoçar."
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